Tudo começou quando um grupo de crianças rezava o terço em frente a um santuário mariano na capital venezuelana, Caracas. Alguns dos presentes lembraram as palavras do padre Pio: “Quando um milhão de crianças rezarem o Terço, o mundo mudará”. Desde então, a campanha rapidamente se espalhou pelo mundo.
Como explica o presidente internacional da Fundação de direito pontifício Ajuda à Igreja que Sofre (ACS – sigla em inglês), cardeal Mauro Piacenza, “vendo à nossa volta tantas guerras e maldades, perseguições, doenças e medos que pesam sobre o nosso mundo, as pessoas podem perguntar-se: ‘é mesmo Deus que está no comando?’. Sim, é Ele, mas também devemos procurar suas mãos estendidas em nossa direção e nos agarrar a elas. Deus nos alcançou através de Maria. Acreditamos que, se rezarmos fielmente o Terço juntos, a Santa Mãe de Deus nos conduzirá como uma grande família nos braços amorosos de nosso Pai Celeste”.
Neste ano de 2022 muitas guerras e desastres naturais afetaram diversos países ao redor do mundo e são sempre recordados pelo Santo Padre em suas orações e audiências.
Perante a situação de guerra, violência e grave pobreza que reina em países como a Ucrânia, Nigéria, Mianmar ou Paquistão, bem como no Oriente Médio e nas regiões africanas do Sahel, a ACS quer confiar de forma especial às mãos poderosas e amorosas do Divino Pai e à intercessão da Mãe de Deus todos aqueles lugares onde as pessoas não podem viver em paz.
No caso da Ucrânia, a população tem sentido os efeitos devastadores de um conflito geopolítico com a Rússia, iniciado em fevereiro de 2022. Bombardeios em diversas cidades por parte da Federação Russa já provocaram milhares de mortes. Após a Audiência Geral do dia 5 de outubro, Papa Francisco convidou os fiéis a rezarem pela paz no Leste Europeu:
“E não nos esqueçamos de rezar pela martirizada Ucrânia, sempre pedindo ao Senhor o dom da paz.”
Na Nigéria, a população teme o avanço dos pastores Fulani que, fugindo da desertificação no Norte do país, usam a violência para conseguir as terras dos agricultores, deixando mortos e feridos e destruição por onde passam. Desde 23 de junho foram massacrados mais de 200 agricultores em alguns vilarejos do estado central de Plateau. Situação semelhante vive a população de Mianmar onde o conflito civil, entre o exército birmanês e as forças de resistência, iniciado em fevereiro de 2021, já causaram muitas perdas humanas e destruição de templos religiosos.
No caso do Paquistão, a preocupação provem das consequências dos desastres naturais. As enchentes ocorridas em agosto afetaram severamente 6,4 milhões de pessoas, incluindo 3,4 milhões de crianças. Essas chuvas, “sem precedentes em 30 anos”, segundo o primeiro-ministro Shehbaz Sharif, destruíram ou danificaram seriamente mais de 1 milhão de casas e devastaram grandes áreas de terras agrícolas essenciais para a economia do país. “Olhando para as dificuldades e a luta pela sobrevivência, pode parecer que tudo está sem esperança ou que as pessoas estão experimentando uma secura espiritual. Ao invés disso, podemos dizer que as pessoas, nesta crise, mostram uma profunda fé em Deus, acreditam na Providência e encontram em Deus a rocha para avançar e olhar para o futuro”, diz o arcebispo de Karachi, Dom Benny Travas.
Por isso, de maneira especial, a ACS convida todas as paróquias, escolas e grupos de crianças e famílias a participarem deste momento de oração junto à Mae de Deus, confiando em sua poderosa intercessão por todas as realidades de guerra e sofrimento no mundo.
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