Ser devoto é amar a Deus e nos dedicarmos inteiramente a Ele, servindo-O de “todo o coração, com toda a alma e toda a força” (Dt 6, 5). Deus deve ser o fim último de toda e qualquer devoção.
A devoção a Nossa Senhora é um caminho para aprendermos a amar mais a Jesus. A Virgem Maria sempre foi toda voltada para Deus e assim devemos ser também. No entanto, nossa natureza corrompida pode dificultar esta união e por isso é bom contarmos com o auxílio da Imaculada.
O próprio Cristo incentivou a devoção mariana, quando do alto da cruz disse: “Mulher, eis aí o teu filho” e “filho, eis aí a tua mãe” (Jo 19, 26-27). São João Damasceno dizia que ser devoto da Virgem Santíssima “é uma arma de salvação que Deus dá àqueles que quer salvar”, isso porque Nossa Senhora como a Mãe de Deus se tornou também mãe de toda a Igreja e recebeu a missão de gerar os seus membros, tal como gerou o Verbo Encarnado em seu ventre.
O primeiro milagre de Jesus se realizou através da intercessão da Virgem Maria. Assim, Nossa Senhora é aquela que se coloca diante de seu Filho para pedir por nós e nos ensinar o que precisa ser feito para que a graça aconteça: “Fazei tudo o que Ele vos disser” (Jo 2,5).
Dessa forma, ser devoto de Nossa Senhora é também contar com sua intercessão diante de toda ‘a falta de vinho’ em nossa vida e nos esforçarmos em imitar suas virtudes, como filhos que aprendem tudo de sua mãe, para assim nos aproximarmos mais de Jesus Cristo.
A Virgem Maria foi escolhida por Deus para participar do seu Plano de Salvação. Quando recebe a visita do Arcanjo Gabriel, ele a saúda “cheia de graça” (Lc 1, 30), isto é, cheia de Deus, repleta da Graça Divina! Desse modo, ela se torna para nós um modelo a ser imitado: de fé, esperança, obediência, confiança, santidade, união com Jesus, doação e força no sofrimento.
Isabel impelida pelo Espírito Santo também a bendiz: “bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre” (Lc 1, 42). E Maria, imediatamente mostra que tudo o que possui vem de Deus: “a minha alma engradece ao Senhor, e meu Espírito exulta de alegria em Deus, meu salvador, porque olhou para a humilhação de sua pobre serva” (Lc 1,46). Essa atitude de Nossa Senhora revela que ela nada guarda para si, assim, todas as orações dirigidas as Ela, são imediatamente entregues a Deus.
E é por isso que “TODAS AS GERAÇÕES A PROCLAMARÃO BEM-AVENTURADA” (Lc 1, 48)
O Catecismo da Igreja Católica, no número 971 nos diz que a Santíssima Virgem é legitimamente honrada com um culto especial pela Igreja. Com efeito, desde remotíssimos tempos, a Bem-aventurada Virgem é venerada sob o título de ‘Mãe de Deus’, sob cuja proteção os fiéis se refugiam suplicantes em todos os seus perigos e necessidades. Esse culto embora inteiramente singular, difere essencialmente do culto de adoração que se presta ao Verbo Encarnado e igualmente ao Pai e ao Espírito Santo, mas o favorece poderosamente.
Rogai por nós Santa Mãe de Deus!
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