“Foi um susto muito grande. Nunca passamos por isso aqui na nossa região. Quando vi, estava vindo lá do morro aquela nuvem branca com barulhos da mata caindo e derrubando tudo. Quando o vento chegou aqui foi pior ainda, as árvores começaram a cair em cima das nossas casas e nossa principal preocupação era com as crianças”. Foram com estas palavras que dona Benilda Aparecida Sampaio, uma das líderes da ocupação urbana Mestre Moa, relatou os rastros deixados pelo Ciclone na comunidade localizada no município da Palhoça (SC), na Grande Florianópolis.
Após uma semana, o estado de Santa Catarina ainda busca contabilizar os estragos deixados pelo “Ciclone Bomba” que atingiu todas as regiões catarinenses no último dia 30 de junho. Com rajadas de ventos atingindo uma velocidade superior a 130km/h, o ciclone extratropical, que é composto por uma área de baixa pressão, começou a se formar no norte da Argentina e se deslocou para o Oceano Atlântico, passando pela Região Sul do país.
A ocupação Mestre Moa conta com cerca de 30 famílias residentes. Em cerca de 80 por cento das casas houveram algum dano grave na estrutura e em todas aconteceram destelhamentos. Atendendo a área de atuação da Cáritas Brasileira em Santa Catarina ‘Meio Ambiente Gestão de Riscos e Emergências’ e em sintonia com a Ação Emergencial Solidária da Igreja no Brasil ‘É Tempo de Cuidar’, a equipe do secretariado regional da Cáritas está acompanhando de perto a comunidade. Já foram entregues mais de 120 folhas de telhas, cerca de 3 mil tijolos, mais de 200 tábuas de madeira, além de areia, brita, cimento, vergalhões de ferro, pregos, janelas e outros materiais para a reconstrução das casas.
A Rede Cáritas em Santa Catarina, composta por seis entidades membros, está em processo de conclusão de um diagnóstico com os reais dados dos estragos deixados pelo ciclone no estado e o que já foi destinado para as vítimas através dos recursos da Rede.
Confira no vídeo abaixo uma reportagem com depoimentos dos moradores da ocupação urbana Mestre Moa: CLIQUE AQUI
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