A palavra “anamnese” provém do grego e significa trazer de novo à memória, recordação, reminiscência. Na liturgia católica ela se aplica na recordação perfeita e viva dos acontecimentos centrais da fé cristã: o nascimento de Jesus, a vida pública, o anúncio da Boa-nova, a paixão, a ressurreição, as aparições, a ascensão e todas as coisas que Ele fez e ensinou enquanto conviveu com os apóstolos. Tudo isso é feito em obediência ao mandato recebido de Cristo Senhor e por sua graça.
A Instrução geral do missal romano esclarece bem o sentido da anamnese: “Em obediência ao mandato, recebido de Cristo Senhor através dos Apóstolos, a Igreja celebra a memória do mesmo Cristo, recordando de modo particular a sua bem-aventurada paixão, gloriosa ressurreição e ascensão aos Céus” (cf. IGMR 79, e).
Esclarece também que no memorial a Igreja oferece a Deus Pai, no Espírito Santo, a hóstia imaculada. Seu desejo é que os fiéis não somente ofereçam a hóstia imaculada, mas aprendam a oferecer-se também a si mesmos e, por Cristo mediador, esforcem-se por realizar de dia para dia a unidade perfeita com Deus e entre si, até que finalmente Deus seja tudo em todos (cf. IGMR 79, f).
Para exemplificar, destacamos a anamnese e a oblação da Oração Eucarística II: “Celebrando, pois, a memória da morte e ressurreição do vosso Filho, nós vos oferecemos, ó Pai, o pão da vida e o cálice da salvação; e vos agradecemos porque nos tornastes dignos de estar aqui na vossa presença e vos servir”.
Valdeci Toledo
Texto adaptado da edição de agosto da Revista Ave Maria. Para ler os conteúdos na íntegra, clique aqui e assine.
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