Colaboradores que estão retornando gradativamente ao trabalho presencial na sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) participaram nesta quinta-feira, 10 de março, de uma formação sobre a Campanha da Fraternidade 2022, que tem como tema “Fraternidade e Educação” e o lema “Fala com sabedoria, ensina com amor” (Provérbios 31, 26).
O subsecretário adjunto geral e secretário-executivo de Campanhas da CNBB, padre Patriky Samuel Batista apresentou os principais pontos da CF2022 que quer promover diálogos a partir da realidade educativa do Brasil, à luz da fé cristã, propondo caminhos em favor do humanismo integral e solidário na educação.
De acordo com padre Patriky, é importante proporcionar na sede da entidade, em Brasília (DF), aquilo que a CNBB propõe para Igreja no Brasil. O momento de formação da CF e a vivência do itinerário quaresmal vai contar ainda com a celebração eucarística na próxima sexta-feira, 18 de março e um momento de confissão para os colaboradores.
“Acredito que esses momentos são importantes para cuidar da vida espiritual e do compromisso social da fé, afim de que possamos melhorar ainda mais os nossos relacionamentos aqui (sede) enquanto comunidade de colaboradores e nosso compromisso cidadão, além de esclarecer e motivar a importância da coleta da solidariedade e do Fundo Nacional de Solidariedade. É algo assim é muito importante, um desejo da presidência favorecer esses momentos de oração, convívio e fraternidade entre os colaboradores”, apontou.
A Campanha da Fraternidade é o modo com o qual a Igreja no Brasil também vivencia a Quaresma. Há quase 60 anos, a experiência das campanhas mostra um processo no qual a fé vai iluminando a vida. A colaboradora e encarregada da acolhida, Luisa Vidal Giampaolo, destacou a importância de conhecer a proposta da campanha e como são empregados os recursos da coleta.
“É muito importante pra nós católicos e colaboradores, que muitas vezes não entendemos os detalhes, não entendemos o porquê a Campanha da Fraternidade existe, o porquê ela engloba tantas vertentes pra ajudar nossa sociedade. O que me chamou muito atenção foi a questão da comunicação assertiva, de escutar não só para dar uma resposta, mas escutar para entender o que não está nas palavras”, disse.
Luisa desacatou ainda que esses momentos de espiritualidade fazem toda a diferença na rotina de trabalho.
“A rotina engole tanto a gente e às vezes acabamos esquecendo desses momentos, deixando pra depois, pra amanhã e é muito importante estar conectada e relembrar os porquês desses propósitos pra levar pra vida mesmo, não só na nossa rotina este trabalho, mas pra gente conseguir viver melhor e com mais harmonia com nossos colegas, em sociedade, com nós mesmos”, ressaltou.
A cada ano, a Campanha da Fraternidade destaca um tema diretamente ligado às realidades muito próximas dos brasileiros. Essa é a terceira vez que a temática da educação será abordada na Campanha da Fraternidade. O tema já foi objeto de reflexão e ação eclesial em 1982 e 1998. De acordo com a introdução do texto-base, foi “a realidade de nossos dias que fez com que o tema educação recebesse destaque, um tempo marcado pela pandemia da Covid-19 e por diversos conflitos, distanciamentos e polarizações”.
A CF acontece nas dioceses e espaços católicos de todo o país. Inspirada no Papa Francisco que propôs um novo Pacto Educativo Global, esta campanha quer promover diálogos a partir da realidade educativa do Brasil, à luz da fé cristã, propondo caminhos em favor do humanismo integral e solidário na educação.
A presidência da CNBB justifica, na apresentação do texto-base da CF, que se trata de uma campanha que, mais do que abordar outro aspecto específico da problemática educacional, vai refletir sobre os fundamentos do ato de educar na perspectiva católico-cristã.
Nessa perspectiva, a educação é compreendida não apenas com um ato escolar, com transmissão de conteúdo ou preparação técnica para o mundo do trabalho, mas de um processo que envolve uma “comunidade” ampliada que inclui todos os atores (família, Igreja, Estado e sociedade).
A CF 2022 é impulsionada pelo Pacto Educativo Global, convocado pelo Papa Francisco. Na carta convocação ao Pacto, o Santo Padre apresenta elementos constitutivos de uma educação humanizada que contribua na formação de pessoas abertas, integradas e interligadas, que também sejam capazes de cuidar da casa comum já que a “educação será ineficaz e os seus esforços estéreis se não se preocupar também em difundir um novo modelo relativo ao ser humano, à vida, à sociedade e à relação com a natureza”, conforme explicitado na Encíclica Laudato Si’, 2016, nº 215.
Mais informações no site oficial: campanhas.cnbb.org.br
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