A Pastoral da Comunicação (Pascom-Brasil), em parceria com o Setor de Campanhas e a Assessoria de Comunicação da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) oferece, mais uma vez, a série de vídeos “Fraternidade em Ação”, na qual são apresentados alguns dos projetos apoiados com os recursos do Fundo Nacional de Solidariedade (FNS). De Goiânia (GO), é partilhada a experiência do projeto “Reciclando a vida, resgatando a dignidade”, promovido pela Associação Grupo Aids, Apoio, Vida, Esperança (Grupo AAVE) com pessoas soropositivas.
A iniciativa recebeu recursos do Fundo Nacional de Solidariedade, que é fruto da Coleta Nacional de Solidariedade, realizada em todo o Brasil no Domingo de Ramos, como gesto concreto da Campanha da Fraternidade.
Iniciado em agosto do ano passado, o projeto “Reciclando a vida, resgatando a dignidade” segue até o dia 31 de julho deste ano, com o objetivo de “contribuir para a geração de renda e autossustentabilidade das pessoas soropositivas e para a superação da miséria, da fome, além minimizar os impactos da pandemia e desemprego para essa população soropositiva da grande Goiânia”, explicou a Assistente social do Grupo AAVE, Maria Suely de Sousa.
Por meio da coleta seletiva de materiais recicláveis, pessoas que vivem com HIV/Aids puderam acessar recursos e alimentos para garantir a alimentação básica. Os materiais recicláveis são entregues na sede da associação e ali pesados, registrados e armazenados. Por meio de uma empresa de reciclagem, é feita a venda do material. O valor arrecadado durante um mês e os recursos gerados são repassados aos atendidos, de acordo com um sistema de pontuação que permite a troca por alimentos a escolha deles.
“Com o subsídio do FNS, a gente é capaz de dar mais alimento, fazer com que participem mais do projeto. Além do alimento, é possível que o beneficiário conte com uma bonificação em dinheiro realizada com apoio do Colégio Agostiniano”, contou Suely.
O Grupo AAVE existe desde 1995 e atende 200 famílias na região metropolitana de Goiânia. No atendimento, há o incentivo para a produção de artesanato e a oferta de oficina de informática. Nas formações, os atendidos também são convidados a refletir sobre a contribuição da coleta para o meio ambiente.
“A gente percebe que esse projeto é muito importante para a subsistência do soropositivo e para o meio ambiente”, salienta a assistente social.
Os recursos destinados a projetos sociais em todo o Brasil são oriundos da Coleta Nacional de Solidariedade, realizada anualmente no Domingo de Ramos, em todas as comunidades católicas do país. Este é o gesto concreto da Campanha da Fraternidade e forma dois fundos caritativos: o Fundo Nacional de Solidariedade (FNS) e o Fundo Diocesano de Solidariedade (FDS), os quais têm por objetivo promover a sustentação da ação social da Igreja Católica do Brasil.
Dos valores arrecadados na Coleta Nacional de Solidariedade, 60% do total forma o FDS, em cada diocese. Os outros 40% são enviados para a CNBB, formando o FNS, gerido por um conselho gestor. Compõem este conselho o secretário-geral da CNBB, o presidente e o assessor da Comissão para a Ação Sociotransformadora, o ecônomo, o subsecretário adjunto geral, profissionais do Departamento Social, o secretário de Campanhas e um representante dos secretários executivos dos Regionais da CNBB.
A Campanha da Fraternidade 2023 foi refletida e vivenciada sob o tema “Fraternidade e fome”, diante da situação de retorno do país ao Mapa da Fome. Com três reuniões realizadas durante o ano, o Conselho Gestor do FNS aprovou 240 projetos, distribuindo R$ 6.577.799,88.
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