Celebramos hoje o Jubileu de Prata de Ordenação Sacerdotal de Frei Silvio Ferrari, O.Carm., pároco da Igreja Nossa Senhora do Carmo, em Vila Kosmos (RJ). A data será comemorada com a Santa Missa, às 19h, na Igreja Matriz.
Natural de Jundiaí (SP), Frei Silvio ingressou no Carmelo em 1980. Em entrevista ao canal “Olhar Jornalístico”, do Frei Petrônio de Miranda, O.Carm., Frei Silvio conta que entre 16 e 17 anos sentiu um forte desejo de ser padre. Como ainda não conhecia a vida religiosa, pensou inicialmente apenas em ingressar num seminário. Um encontro, porém, mudou a sua vida: uma conversa com Dom Gabriel Paulino Bueno Couto, O.Carm., na época Bispo de Jundiaí, que lhe convidou a conhecer a Ordem do Carmo. “Ele me perguntou: ‘Porque você não vai ser Carmelita?’ E eu vi que desejava sim entrar para uma Ordem contemplativa e viver uma vida em comunidade. Dom Gabriel me orientou a participar de um encontro vocacional”, contou.
Como trabalhava numa indústria, Frei Silvio aproveitou o período de férias para participar de uma convivência e uma experiência vocacional no Convento de Itu, onde ficou por 20 a 30 dias. “Depois de um acompanhamento, fui aprovado e ingressei na Ordem do Carmo”, lembrou.
Ele contou o que o atraiu ao Carmelo: “Nossa espiritualidade em si, que é muito rica e profunda. É a espiritualidade de Elias e Maria que me cativou e me cativa hoje, assim como o testemunho de muitos confrades que vivem, que se esforçam para viver o nosso Carisma. Isso me motiva e me inspira a continuar gostando sempre mais do Carmelo. É uma espiritualidade da busca, temos que buscar constantemente. É uma fonte, da qual precisamos sempre beber”.
Uma grande paixão pela vida missionária
Após o período de formação, Frei Silvio foi ordenado sacerdote em 13 de dezembro de 1992. Ele falou sobre a escolha da data: “É dia de Santa Luzia que para mim é uma grande seguidora de Jesus, exemplo de amor e fidelidade a Cristo”.
Depois de ordenado, Frei Silvio foi enviado em missão para o Rio de Janeiro. Passou inicialmente 40 dias no Convento do Carmo em Angra dos Reis e em seguida veio para sua primeira paróquia, a Igreja Nossa Senhora do Carmo, em Vila Kosmos, onde assumiu o ofício de pároco após a morte de Frei Constâncio. Nessa missão permaneceu por cinco anos, sendo transferido em seguida para a Basílica do Carmo (SP), permanecendo lá por 2 anos como pároco.
“Após esse período fui enviado para a cidade de Jacobina, no interior da Bahia, onde tínhamos uma missão. Para mim foi uma ótima experiência. Encontrei um povo bom, receptivo, mas também com grandes desafios, marcado pelo coronelismo, que era muito forte na região”, descreveu Frei Silvio.
Passado um ano na missão em Jacobina, ele foi para Moçambique, na África. Ao retornar ao Brasil, foi para o Convento de Unaí, permanecendo nesta cidade por oito anos e meio.
“E depois de todo esse tempo, novamente fui enviado para Vila Kosmos, onde já estou há sete anos. É uma paróquia muito dinâmica e ativa, com uma comunidade atuante e com muitos trabalhos sociais”, disse.
Transcorridos 25 anos da sua ordenação sacerdotal, se tivesse que recomeçar, o que Frei Silvio faria? Em resposta a essa pergunta, o frade respondeu:
“Eu seria carmelita. Sempre digo aos jovens vocacionados: ‘Vinde e vede. Venha conhecer a nossa fonte’. Sim, vale a pena ser carmelita. Vale a pena continuar a servir a Jesus e peço a Deus que continue me sustentando. Tenho meus defeitos, mas tenho muita sede de Deus. Estou aqui contando com a graça de Deus para que me sustente a cada dia. Quero dizer o meu sim a Deus a cada dia. Quero viver a minha vocação hoje e procurar corresponder a vontade de Deus onde eu estiver.”
Fonte: Entrevista concedida a Frei Petrônio de Miranda, O.Carm., no canal “Olhar Jornalístico”, em 30 de novembro de 2017.
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