O presidente do Conselho Pontifício para a promoção da Nova Evangelização, D. Rino Fisichella, na abertura do Congresso Internacional dos Catequistas com um pedido de que a catequese se transforme e que sejam os bispos os primeiros a dar o exemplo e a «atuar». «Adotar um novo modelo de transmissão da fé é o nosso dever, e nós, os bispos, devemos ser os primeiros a atuar, pois fomos convidados a renovar a fé no Corpus Domini. Devemos fazer a nossa obrigação de participação para que o nosso ministério episcopal possa recolher a Palavra de Deus e a pôr em prática», referiu o prelado, que deu o exemplo do Papa Francisco como alguém que quer chegar às pessoas. «Chegou o tempo do bispos assumirem o seu compromisso nas nossas comunidades. O Papa recebe todas as semanas as pessoas na Praça de S. Pedro», disse D. Rino Fisichella.
Perante uma plateia de quase 2 mil catequistas de todo o mundo, o presidente do Conselho Pontifício para a Promoção da Nova Evangelização começou por afirmar o «primado da evangelização sobre a catequese, algo que considerou «óbvio», mas cuja afirmação traz, segundo o prelado, consequências. «Pensar que a Igreja deve empreender um caminho de Nova Evangelização e que a catequese pode manter as mesmas características do passado é um risco que devemos evitar. Ligar ambas implica uma interpretação renovada do processo catequético à luz da Nova Evangelização, e portanto, ser um instrumento ao serviço da comunidade cristã para ir ao encontro dos crentes e de todo os que andam à procura do sentido da própria vida», explicou D. Rino Fisichella.
Explicando que a Igreja «sempre evangelizou», o prelado referiu que esta é a sua «natureza», e não apenas uma das suas funções. Neste sentido, «nasceu num passado recente um chamamento para a nova Evangelização que a Igreja é chamada a assumir» num contexto que não lhe é tão favorável como antigamente, começando logo pela comunidade dos crentes, cuja fé é «uma brasa», e não «um fogo». «Um dos objetivos da Nova Evangelização é renovar a fé dos cristãos e aproximá-los da comunidade. Os cristãos têm a fé como uma brasa, acesa mas sem chama, sem sentido para a vida do quotidiano. A catequese é chamada a encontrar métodos e conteúdos que sejam uma etapa adequada para o que se pretende da Nova Evangelização», que possa «reacender esse fogo».
Em conclusão, D. Rino Fisichella referiu que «o mundo dá sinais de recusa de Deus, mas continua a procurá-lo de maneiras inesperadas». Por isso, pediu o prelado, «que os catequistas possam iluminar o mundo com a sua própria Palavra».
O Congresso Internacional dos Catequistas teve início hoje, quinta-feira, e irá decorrer até dia 28, sábado, altura em que iniciará a peregrinação dos catequistas, que terminará no domingo, dia 29, com a eucaristia presidida na Praça de S. Pedro, em Roma, pelo próprio Papa Francisco. O ponto alto do congresso será a catequese que o Papa Francisco irá proferir amanhã, sexta-feira, aos catequistas. A Família Cristã está a acompanhar os trabalhos e vai trazer-lhe todas as notícias.
Ricardo Perna
Fonte: Família Cristã
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