VIGÁRIO
substantivo masculino
1. Aquele que substitui outro.
2. Religioso que, investido dos poderes de outro, exerce em seu nome suas funções.
O Concílio Vaticano II, na Lumen gentium, recorda que o Papa, “em virtude do seu cargo de vigário de Cristo e pastor de toda a Igreja, tem nela pleno, supremo e universal poder que pode sempre exercer livremente” (n. 22). Por isso, ele “é perpétuo e visível fundamento da unidade, não só dos bispos, mas também da multidão dos fiéis” (n. 23).
Portanto, o Papa é vigário de Cristo enquanto exerce sua autoridade sobre toda a Igreja. Seu ministério é somente uma das maneiras em que Cristo se torna presente em sua Igreja, a guia e a mantém unida. Jesus, por exemplo, está presente em sua Palavra, na assembleia que celebra a liturgia e, sobretudo, na Eucaristia.
O Papa e os bispos exercem sua autoridade em nome de Cristo, como seus vigários, ao serviço de toda a Igreja. Isso não significa que sejam imunes a fraquezas, erros, pecados.
A assistência do Espírito Santo é garantida quando administram os sacramentos, assim como para o Papa quando define uma doutrina em matéria de fé e de moral ex cathedra, ou seja, em virtude da sua suprema autoridade apostólica.
João Paulo II, ao responder a Vittorio Messori no livro “Cruzando o limiar da esperança”, disse que a expressão “vigário de Cristo”, mais que uma dignidade, “alude a um serviço: pretende sublinhar as tarefas do Papa na Igreja, seu ministério petrino, com a finalidade do bem da Igreja e dos fiéis.
São Gregório Magno entendeu muito bem isso: entre todas as atribuições relacionadas à função de Bispo de Roma, ele preferiu sempre a de Servum servorum Dei (Servo dos servos de Deus).
Por Antonio Rizzolo via Aleteia
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