1ª LEITURA – APOCALIPSE 7,2-4.9-14
“Vi uma multidão imensa de gente de todas as nações, tribos, povos e línguas.”
A Solenidade de Todos os Santos nos quer lembrar de nossa vocação batismal para a santidade. Tal realidade nos faz considerar que o Criador não nos trouxe ao mundo para depois nos aniquilar com a morte. Fomos criados do nada por um simples ato de sua vontade com uma finalidade: Ele quis, desde toda a eternidade, que existíssemos, amou-nos e deseja que sejamos santos como Ele é santo!
São Pedro, em sua primeira carta, dirigida a todos os cristãos, afirma: “A exemplo da santidade daquele que vos chamou, sede também vós santos em todas as vossas ações” (1Pd 1,15).
Com a graça de Deus, a maneira de sermos santos é por meio de todos os nossos atos bem feitos, menos o pecado. Desde as ações mais humildes e corriqueiras até as mais complexas, podemos nos santificar, fazendo-as com a máxima perfeição possível. É que estamos continuamente unidos ao corpo místico de Cristo, que é a Igreja, cuja cabeça é Jesus, dando a todas as nossas ações dimensões universais.
O autor do Apocalipse nos conta em sua visão que os santos são incontáveis: “Vi uma multidão imensa de gente de todas as nações, tribos, povos e línguas” (v. 9).
SALMO 23(24),1-4AB.5-6 (R. 6)
“É assim a geração dos que procuram o Senhor!”
2ª LEITURA – 1JOÃO 3,1-3
Veremos a Deus tal como é.
Deseja, pois, a santa Igreja que veneremos tantos cristãos, homens e mulheres, que talvez nunca sejam canonizados, mas que viveram vidas santas.
Como já meditamos na leitura anterior, no Sacramento do Batismo recebe-se a vida de Deus gratuitamente, por meio da infusão dos dons do Espírito Santo nas pessoas. Sobre esse assunto, sirva-nos de exemplo o episódio da visita de Nicodemos, príncipe do fariseus, a Jesus. Ele desejava saber, entre outras coisas, o que o Mestre queria dizer quando falava que era necessário nascer de novo para poder ver o Reino de Deus.
Foi quando Nosso Senhor comparou o modo de agir da terceira Pessoa da Santíssima Trindade à ação do vento: “O vento sopra onde quer; ouves-lhe o ruído, mas não sabes de onde vem, nem para onde vai. Assim acontece com aquele que nasceu do Espírito Santo” (Jo 3,8).
Daí se compreende que o Espírito Divino entre gratuitamente no coração dos ateus que negam ter fé em Deus, mas que a demonstram ter por seus gestos de caridade. Eles, às vezes, têm mais sensibilidade para ajudar a quem precisa muito mais depressa do que nós, cristãos, que recebemos o Batismo mas nos damos mil desculpas para não praticar a caridade.
ACLAMAÇÃO AO EVANGELHO (MT 11,28)
Aleluia! Aleluia! Aleluia!
“Vinde a mim, todos vós que estais cansados e penais a carregar pesado fardo, e descanso eu vos darei, diz o Senhor.”
EVANGELHO – MATEUS 5,1-12A
“Alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos Céus.”
A prática da caridade se apresenta de variadas maneiras em nossa vida se houver de nossa parte um propósito sincero e generoso de ajudar os outros. No Evangelho de hoje, a comunidade de São Mateus nos apresenta uma lista de virtudes, apresentadas em forma de nove bem-aventuranças, resumidas num só mandamento: amar o próximo como Cristo nos amou (cf. Jo 13,34-35).
A primeira delas (“Bem-aventurados os que têm um coração de pobre, porque deles é o Reino dos Céus!”) (v. 3) resume todas as demais, pois ter “coração de pobre” significa que uma pessoa, que tanto pode ser rica como pobre, é desprendida dos bens, poucos ou muitos que possui.
Nnão é só desprender-se dos bens materiais, mas também do próprio tempo para ajudar os outros. Assim, quando temos sensibilidade e nos compadecemos de alguém que sofre material ou espiritualmente, temos necessariamente de sacrificar nossos afazeres, nosso tempo para “gastá-lo” com quem precisa de nossa ajuda.
Além disso, é preciso ter mansidão e paciência para saber ouvir, consolar, ser manso, ter fome de justiça, ser misericordioso, ser puro de coração, portador da paz de Cristo, mesmo perseguido por causa da justiça, caluniado e falsamente desacreditados por amor ao nosso Mestre! Alegremo-nos e exultemos porque será grande nossa recompensa nos Céus! (cf. v. 12).
SUGESTÃO DE REFLEXÃO
Estou convencido de que todas as minhas ações estão ligadas ao corpo místico de Cristo, com repercussões universais? Compreendo que todos os atos de caridade são inspirados pelo Divino Espírito Santo? Sou desprendido dos bens que possuo e os divido com quem precisa?
LEITURAS PARA A 32ª SEMANA DO TEMPO COMUM
1ª LEITURA – DANIEL 12,1-3
Nesse tempo, teu povo será salvo.
No domingo passado, veneramos todos os santos, inclusive aqueles que nunca serão canonizados, mas que viveram segundo a sua fé em Deus, Nosso Senhor, e por isso nunca perderam a esperança nele. Situação semelhante encontramos hoje nesta leitura.
O profeta Daniel nos narra visões e sonhos que teve em época de desolação. Era época em que o rei perseguia os que seguiam a religião e obedeciam aos mandamentos do Senhor. Muitos até abandonavam a religião e perdiam a fé enquanto outros, corajosamente, confiantes no Senhor, preferiam morrer a abandonar sua religião.
Vivemos agora vendo a maldade, a corrupção e a violência aumentarem ao nosso redor, dando-nos, talvez, a falsa impressão de que o mal se propagará cada vez mais, sem limites.
Essa é a grande tentação em que podemos cair se não estivermos bem ligados ao Dono da Messe que, pelo Batismo, chamou-nos para trabalhar junto com Ele. Nosso Senhor nos preveniu sobre a natureza do seu Reino com uma comparação: quando seu Reino é anunciado é como a menor de todas as sementes, mas, pela graça do Senhor, que já venceu o mundo do alto da cruz, torna-se grande a ponto de até acolher os pássaros.
SALMO 15(16),5.8-11 (R. 1A)
“Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio!”
2ª LEITURA – CARTA AOS HEBREUS 10,11-14.18
Com esta única oferenda,
Jesus levou à perfeição definitiva os que Ele santifica.
Cristo bem sabe que somos imperfeitos e, infelizmente, muitas vezes pecamos, afastando-nos do seu caminho. Mas Ele, ao morrer na cruz para nos salvar, já nos perdoou, pois com um único sacrifício de si próprio já nos obteve o perdão de nossa faltas.
Esse sacrifício definitivo e único é bem diferente dos sacrifícios da antiga lei, quando os sacerdotes ofereciam o sangue de animais primeiramente pelos próprios pecados e depois pelos do povo. Como Nosso Senhor nos ensinou nas Sagradas Escrituras, Ele quer mais o amor que os sacrifícios e o conhecimento de Deus mais do que os holocaustos (cf. Os 6,6).
Por isso, o autor escreveu a respeito: “Enquanto todo sacerdote da antiga aliança se ocupava diariamente com seu ministério e repetia inúmeras vezes os mesmos sacrifícios que, todavia, não conseguiam apagar os pecados, Cristo ofereceu pelos pecados um único sacrifício” (vv. 11 e 12).
O motivo é que o sangue de animais não poderia purificar nosso coração, só o sacrifício de um Deus feito homem conseguiria obtê-lo. Arrependamo-nos, pois, de nossas faltas para que recebamos de Jesus o perdão que Ele nos conseguiu, uma vez por todas, oferecendo-se ao Pai como vítima por nós.
ACLAMAÇÃO AO EVANGELHO (LC 21,36)
Aleluia! Aleluia! Aleluia!
“É preciso vigiar e ficar de prontidão;
em que dia o Senhor há de vir, não sabeis não!”
EVANGELHO – MARCOS 13,24-32
Ele reunirá os eleitos de Deus, de uma extremidade à outra da Terra.
O tema das leituras deste domingo é a firme esperança em Nosso Senhor. Os cristãos da comunidade de São Marcos, para os quais havia sido escrito este Evangelho, estavam com a fé colocada à prova porque estavam sendo perseguidos, presos e até mortos pelo simples fato de serem cristãos.
Perguntavam então eles, uns aos outros, como o Reino de Deus, prometido por Jesus, iria se instalar no mundo diante de tantas dificuldades. O autor, então, usando imagens de mudança, lembrou-lhes de que o Mestre já os tinha advertido sobre os tempos difíceis pelos quais teriam de passar.
O Sol, a Lua, os astros e outros fenômenos da natureza, adorados pelos pagãos, iriam ser abalados e o Reino de Deus seria expandido na Terra. Nosso Senhor lhes tinha prometido: “Em verdade vos digo: não passará esta geração sem que tudo isso aconteça” (v. 30). De fato, como sabemos, o Evangelho, a princípio dirigido somente aos judeus, foi depois levado aos pagãos e dessa forma anunciado em todo o mundo.
Nossa vida também é marcada por decepções, sofrimentos de toda a espécie, parecendo-nos que o mal está vencendo o mundo. Jesus nos convida a mantermos nossa fé nele e em sua Palavra, dando testemunho fiel do seu Evangelho onde a divina providência nos tiver colocado.
SUGESTÃO DE REFLEXÃO
Diante das dificuldades da vida, renovo sempre minha esperança, pois sei que Jesus está comigo para me ajudar? Arrependo-me de meus pecados para poder receber o perdão de Jesus? Mantenho a minha fé em Jesus quando sou provado pelo sofrimento?
LEITURAS PARA A 33ª SEMANA DO TEMPO COMUM
15. SEGUNDA: 1Mc 1,10-15.41-43.54-57.62-64 = Uma cólera terrível se abateu sobre Israel. Sl 118(119). Lc 18,35-43 = O que queres que eu faça por ti? Senhor, eu quero enxergar de novo. 16. TERÇA: 2Mc 6,18-31 = Martírio do ancião Eleazar, exemplo para toda a nação. Sl 3. Lc 19,1-10 = O Filho do Homem veio procurar e salvar o que estava perdido. 17. QUARTA: 2Mc 7,1.20-31 = O Criador do mundo vos dará de novo o espírito e a vida. Sl 16(17). Lc 19,11-28 = Por que tu não depositaste meu dinheiro no banco? 18. QUINTA. Dedicação das basílicas de São Pedro e São Paulo, aps.: At 28,11-16.30-31 = Em seguida, fomos para Roma. Sl 97(98). Mt 14,22-33 = Manda-me ir ao teu encontro, caminhando sobre a água. 19. SEXTA. Santos Roque González, Afonso Rodriguez e João del Castillo, presbs. mts.: Fl 2,12-18 = Trabalhai para a vossa salvação. Deus é quem realiza em vós tanto o querer como o fazer. Sl 26(27). Jo 15,18-21; 16,1-3 = Se me perseguiram a mim, também perseguirão a vós. 20. SÁBADO: 1Mc 6,1-13 = Triste morte de Antíoco Epífanes. Sl 9A(9). Lc 20,27-40 = Deus não é Deus dos mortos, mas dos vivos.
1ª LEITURA – DANIEL 7,13-14
Seu poder é um poder eterno.
Chegamos ao fim deste ano litúrgico celebrando a Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo. É mais do que justo comemorá-lo com esse título de Rei do Universo, porquanto foi Ele quem o criou. Festejamos essa realidade magnífica quando, todos os dias, rezamos: “Na verdade, o Senhor é o grande Deus, o grande Rei, muito maior que os deuses todos. Tem nas mãos as profundezas dos abismos, e as alturas das montanhas lhe pertencem; o mar é dele, pois foi ele quem o fez, e a terra firme suas mãos a modelaram” (Salmo 94(95), vv. 3-5).
Seu reino se caracteriza pelo serviço. Como Ele disse, “Não vim para ser servido, mas para servir” (Mt 20,28). Todos os povos estão sob os desígnios de sua providência, mas, infelizmente, seus governantes seguem quase sempre pela via da prepotência, fundamentados no princípio do mais forte. Jesus, ao contrário, veio até nós para iniciar um reino em que os pobres e fracos não sejam maltratados, mas servidos! Não obstante toda a violência e a corrupção que aumentam ao nosso redor, o Reino de Cristo crescerá cada vez mais e tem uma duração eterna, enquanto todos os outros reinos passam.
SALMO 92(93),1ABC-2.5 (R. 1A)
“Deus é rei e se vestiu de majestade, glória ao Senhor!”
2ª LEITURA – APOCALIPSE 1,5-8
Visão: o Filho do Homem e sua realeza eterna.
“Cristo é o príncipe dos reis da Terra” (v. 5). Os governos agem mais para ser servidos do que para servir à comunidade, sendo que essa última é a finalidade para a qual o Pai, que está nos Céus, confiou-lhes o dom da autoridade (cf. Jo 19,11).
Mesmo em meio às injustiças, e até em meio às perseguições dos reis da Terra, nosso onipotente Deus bem sabe, em seus desígnios eternos, como tirar proveito delas para executar seu plano de amor, de paz e de fraternidade entre todas as nações. Não se perturbe, portanto, nosso coração e, diante dos problemas, renovemos nossa inteira confiança na ação de Deus no mundo.
Outra revelação do Apocalipse que nos alegra e nos cobra responsabilidade é que Jesus, Nosso Senhor, fez de nós membros desse seu Reino como sacerdotes (cf. v. 6). Os sacrifícios que devemos elevar ao Pai são todos os atos de doação que praticamos em favor do próximo. Seja, pois, o nosso lema: “A caridade em primeiro lugar!”.
Por fim, todos os homens poderão ver Cristo vir como vitorioso. Sua vitória, portanto, não será a vingança (como infelizmente nós fazemos, às vezes, com quem nos ofende), mas, por sua graça, converterá seus inimigos após terem reconhecido seus erros!
ACLAMAÇÃO AO EVANGELHO (MC 11,9.10)
Aleluia! Aleluia! Aleluia!
“É bendito aquele que vem vindo, que vem vindo em nome do Senhor
e o Reino que vem, seja bendito, ao que vem e a seu Reino, o louvor!”
EVANGELHO – JOÃO 18,33B-37
“Tu o dizes: eu sou rei!”
Pelas reflexões que Deus Nosso Senhor nos mostrou pelos textos bíblicos das leituras anteriores, chegamos à conclusão de que o Reino de Deus não se assemelha em nada com os reinos desta terra. Por isso, compreendemos melhor o que Jesus quis dizer quando revelou a Pôncio Pilatos que “O meu Reino não é deste mundo” (v. 36).
Portanto, o Reino de Deus não se mede pelo número de cristãos, a beleza das construções de nossas igrejas e de seu patrimônio, nem pela eficiência de suas organizações materiais, tampouco ainda pela impressão que pode oferecer às autoridades deste mundo.
O Reino de Deus estará entre nós quando servirmos ao nosso irmão, seja ele pobre ou não. O Reino do Senhor se manifesta pelo respeito que temos uns para com os outros, onde há comum união pelo diálogo, pelo encontro, abençoado pela promessa que Jesus nos fez: “Onde dois ou três de vós estiverdes reunidos em meu nome [ou seja, na caridade, no perdão, na compreensão], aí estarei no meio deles” (Mt 18,20).
Meditação especial merece o perdão aos nossos irmãos como nos foi apresentado pelo Mestre: “Amai vossos inimigos, fazei bem aos que vos odeiam, orai pelos que vos maltratam e perseguem” (Mt 5,44). Assim, o Reino de Deus estará entre nós e crescerá por sua graça.
SUGESTÃO DE REFLEXÃO
Sirvo aos irmãos, principalmente aos mais pobres necessitados de ajuda, quer material, quer espiritual? A exemplo de Deus, que está sempre disposto a me perdoar, perdoo a quem me ofendeu? Faço o bem, mesmo a meus inimigos?
LEITURAS PARA A 34ª OU ÚLTIMA SEMANA DO TEMPO COMUM
22. SEGUNDA: Dn 1,1-6.8-20 = Não se achou ninguém, dentre todos os presentes, que se igualasse a Daniel, Ananias, Misael e Azarias. Cânt.: Dn 3,52-57. Lc 21,1-4 = Jesus viu também uma pobre viúva que depositou duas pequenas moedas. 23. TERÇA: Dn 2,31-45 = Deus do Céu suscitará um reino que nunca será destruído. Cânt.: Dn 3,57-61. Lc 21,5-11 = Não ficará pedra sobre pedra. 24. QUARTA: Dn 5,1-6.13-14.16-17.23-28 = Banquete do rei Baltazar: o reino será dividido! Cânt.: Dn 3,62-67. Lc 21.12-19 = Todos vos odiarão por causa do meu nome. Mas vós não perdereis um só fio de cabelo da vossa cabeça. 25. QUINTA: Dn 6,12-28 = O meu Deus enviou seu anjo e fechou a boca dos leões. Cânt.: Dn 3,68-74. Lc 21,20-28 = Jerusalém será pisada pelos infiéis, até que o tempo dos pagãos se complete. 26. SEXTA: Dn 7,2-14 = Eis que, entre as nuvens do céu, vinha um como filho do homem. Cânt.: Dn 3,75-81. Lc 21,29-33 = Quando virdes acontecer estas coisas, ficai sabendo que o Reino de Deus está perto. 27. SÁBADO: Dn 7,15-27 = Seja dado o reino e o poder ao povo dos santos do Altíssimo. Dn 3,82-87. Lc 21,34-36 = Ficai atentos a fim de terdes força para escapar de tudo o que deve acontecer.
1ª LEITURA (ANO C) – JEREMIAS 33,14-16
“Farei brotar de Davi a semente da justiça.”
Com este domingo, inauguramos um novo ano litúrgico que não coincide com o começo do ano civil. Quando iniciamos uma caminhada, temos um propósito dentro do coração, assim, devemos aproveitar este início para formulá-lo na nova caminhada com Cristo.
A santa Igreja nos dá, duas vezes no ano, a oportunidade de refletirmos se o caminho pelo qual estamos seguindo é o de Jesus. A primeira é na chegada do Menino Jesus, no Natal, e a outra é na Quaresma, tempo de penitência para festejar Jesus ressuscitado. Durante quatro semanas, portanto, prepararemo-nos, com a graça de Jesus Menino, para sua chegada, ou advento, durante esse tempo, que também se passou a chamar de Advento.
Esta primeira leitura nos apresenta o profeta Jeremias, que anuncia que o Senhor fará brotar “um rebento justo que exercerá o direito e a equidade na Terra” (v. 15). Essa promessa do Senhor foi dirigida aos israelitas que voltaram do exílio na Babilônia e tinham encontrado a cidade de Jerusalém em ruínas e por toda a parte a desolação, o que os levou a pensar que Deus os havia abandonado.
Também nós, talvez afastados da nossa religião há algum tempo, possamos cair na tentação do desânimo, mas hoje renovemos nossa confiança em Deus, pois Ele, neste Natal, está pronto para nos receber de volta com seu perdão e bondade.
SALMO 24(25),4BC-5AB.8-10.14 (R. 1B)
“Senhor meu Deus, a vós elevo a minha alma!”
2ª LEITURA – 1TESSALONICENSES 3,12–4,2
“Que o Senhor confirme os vossos corações na vinda de Cristo.”
São Paulo se dirige aos tessalonicenses (e a nós) sobre a melhor maneira de nos prepararmos para o Natal: “Que o Senhor vos faça crescer e avantajar na caridade mútua e para com todas as pessoas” (v. 12).
Por certo, já praticamos a caridade, principalmente junto aos nossos familiares. Todavia, o apóstolo nos pede que examinemos melhor nossa consciência para verificar, por exemplo, se não nos deixamos levar por velado sentimento de vingança com alguém, ou alguns, que terão nos dirigido alguma palavra que nos tenha ofendido; talvez nosso orgulho nos terá levado a evitá-los como se não fossem pessoas da família.
Peçamos a Jesus Menino que nos conceda sua graça a fim de sabermos superar esse mau sentimento e voltemos a nos relacionar com tais parentes, de tal modo que possamos tornar nossas as palavras do apóstolo: “Que o Senhor confirme os vossos corações e os torne irrepreensíveis e santos na presença de Deus, nosso Pai, por ocasião da vinda de nosso Senhor!” (v. 13).
Certamente, desejamos nos preparar para o Natal, com o coração purificado pelo Menino Jesus, para receber suas graças e sua bênção. Contudo, vale aqui o que São Paulo escreveu em outra carta aos cristãos de Corinto: “Convém lembrar: aquele que semeia pouco, pouco ceifará. Aquele que semeia em profusão, em profusão ceifará! (2Cor 9,6).
ACLAMAÇÃO AO EVANGELHO (SL 84,8)
Aleluia! Aleluia! Aleluia!
“Mostrai-nos, ó Senhor, vossa bondade
e a vossa salvação nos concedei!”
EVANGELHO – LUCAS 21,25-28.34-36
A vossa libertação está próxima.
Em linguagem apocalíptica, com figuras que naquele tempo as pessoas bem compreendiam, Jesus quer nos comunicar a grande mudança que haverá no mundo com a chegada do seu Reino de Amor. Portanto, as imagens empregadas por Jesus não são para profetizar choques de astros e queda de estrelas, mas referem-se à chegada do mundo novo do Evangelho que sempre deverá ser o nosso guia e nossa luz em meio a tanta violência e crimes das mais variadas espécies. É importante alimentarmos em nosso coração a importância da oração confiante e filial no meio do aparente caos provocado pelos próprios homens.
A solução não é entregar-se a bebidas e comidas para enfrentar as forças do mal, como Nosso Senhor nos previne: “Velai sobre vós mesmos, para que os vossos corações não se tornem pesados com o excesso do comer, com a embriaguez e as preocupações da vida para que aquele dia não vos apanhe de improviso. Como um laço cairá sobre aqueles que habitam a face da Terra” (vv. 34 e 35).
Tampouco devemos nos fechar em nossa vida como se nossos irmãos não estivessem passando por dificuldades. Pelo contrário, Nosso Senhor nos manda vigiar para ter sensibilidade para o sofrimento deles, vigilância que só teremos se não abandonarmos a oração.
SUGESTÃO DE REFLEXÃO
Neste Advento, faço meu propósito de rever se minha caminhada é com Jesus? Rezo para Deus me ajudar a vencer minhas tentações de vingança? Estou consciente de que, para ajudar os irmãos que de mim necessitarem, preciso manter em dia minhas orações?
LEITURAS PARA A PRIMEIRA SEMANA DO ADVENTO
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