Mais uma vez, podemos aprender com Jesus. Certa vez, Eles estava com seus discípulos, mas uma grande multidão o cercava. Era muita gente querendo ver e ouvir Jesus (cf. Mt 12,46-50; Lc 8,19-21).
Na catequese, acolhemos inúmeras famílias e, com elas, anunciamos Jesus. Sempre, quando falamos dele, convidamos nossos catequizandos e famílias para escutarem sua voz. A catequese é uma ação eclesial! “A Igreja transmite a fé que ela mesma vive, e o catequista é um porta-voz da comunidade e não de uma doutrina pessoal (cf. CR, 145)” (Diretório nacional de catequese, 39).
Uma das tarefas fundamentais, para a catequese, é despertar nos catequizandos abertura para a vida comunitária: “Se a fé pode ser vivida em plenitude somente dentro da comunidade eclesial é necessário que a catequese cuide com carinho dessa dimensão. Os evangelhos ensinam algumas atitudes importantes para a vida comunitária: simplicidade e humildade, solicitude pelos pequenos, atenção para os que erram ou se afastam, correção fraterna, oração em comum, amor fraterno, partilha de bens (cf. At 2,42-47; 4,32-35)” (Diretório nacional de catequese, 53.e).
A comunidade cresce com a acolhida das famílias que são tocadas pelo amor de Deus e abrem o coração para escutar e praticar a sua Palavra.
APRENDENDO COM JESUS!
No Evangelho de Mateus 12,46-50, o texto fala que a mãe de Jesus estava do lado de fora da casa e queria falar com Ele. Assim como ela e alguns de seus seguidores, muita gente queria falar com Jesus. Buscar uma palavra de motivação, de atenção e perdão era o que o povo mais queria quando clamavam por piedade ou misericórdia. A Palavra de Jesus vem acompanhada de ação, ou seja, de uma proposta de mudança ou compromisso. Já no Evangelho de Lucas 8,19-21 o texto fala que a mãe de Jesus quer vê-lo. Outra necessidade daquele povo era ver Jesus. Em outras palavras, todos queriam encontrá-lo.
Como nossa catequese favorece aos nossos catequizandos esse encontro pessoal com Jesus? Como possibilitamos esse momento de proximidade com Ele?
Os evangelhos dizem que muitos estão à procura de Jesus e querem falar com Ele. Nós, catequistas, somos instrumentos de fé e, como pontes, falamos de Jesus e falamos com Jesus.
Falamos de Jesus quando:
Mas também falamos com Jesus quando:
O nosso compromisso com a catequese faz de cada um de nós discípulos missionários, fiéis ouvintes e praticantes da Palavra de Deus. Sabemos que existe muita gente distante do Senhor. Nos textos de Mateus e Lucas, como vimos, a mãe de Jesus e toda a multidão estão “do lado de fora”! Estar do lado de fora remete aos que estão distantes, carentes e esperançosos de mais vida; de um momento ao lado de Jesus, pois só Ele tem “palavras de vida eterna” (Jo 6,68).
À luz da pedagogia de Jesus, a catequese “exerce, ao mesmo tempo, as tarefas de iniciação, educação e instrução (cf. DGC, 68)” (Diretório nacional de catequese, 41).
DE OLHO NA RESPOSTA DE JESUS – SUA CATEQUESE!
Diante da afirmação de que mãe e irmãos estavam querendo falar (ver) Jesus, Ele respondeu dizendo: “Quem faz a vontade de meu Pai que está nos Céus, este é meu irmão, minha irmã e minha mãe” (Mt 12,50), ou seja, aqueles que “ouvem a palavra de Deus e a praticam” (Lc 8,21).
Jesus, o catequista da Palestina, dialogando ensina:
Para formarmos uma comunidade fiel a Jesus e ao seu chamado, temos que testemunhar o nosso compromisso com a Palavra de Deus.
“O catequista é alguém chamado por Deus, com as suas habilidades e experiência humana, pelas quais o Espírito age. Para a sua missão, parte de um saber específico que se alicerça no seu ser catequista, procurando um contínuo crescimento humano e espiritual, para ser testemunha da fé e guardião da memória de Deus, mestre e mistagogo, mediador e acompanhante. Apaixonado e enamorado por Cristo, o catequista busca, nessa relação e na abertura ao Espírito, a criatividade para a sua ação.” (Papa Francisco)
Catequistas, sejam praticantes da Palavra, não meros ouvintes! Assim, ninguém ficará do lado de fora.
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