O sarampo é uma grave doença infectocontagiosa causada pelo vírus do gênero Morbillivirus, da família Paramyxoviridae. Sua transmissão se dá pelas secreções das vias respiratórias que são expelidas na tosse, espirro, conversa, entre outros meios.
A doença é uma das principais causadoras da mortalidade infantil em países de terceiro mundo. No Brasil, graças aos alertas e às fortes campanhas de vacinação infantil, a taxa de mortalidade é de 0,5%. Em 2016, o país recebeu o certificado de eliminação do sarampo da Organização Mundial da Saúde (OMS) como reconhecimento ao esforço em erradicar a doença. Porém, a partir de 2018, o vírus voltou a circular no país e no mundo com grande força. Segundo a Organização Mundial da Saúde e o Fundo de Emergência Internacional das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), os casos de sarampo em todo o mundo aumentaram 79% em janeiro e fevereiro deste ano na comparação com o mesmo período de 2021.
Os sintomas da doença costumam aparecer em até doze dias após a infecção, mas a transmissão pode ocorrer antes do aparecimento dos sintomas e se estender até o quarto dia depois que surgiram as erupções na pele. Além das manchas, que são uma característica do sarampo, outros sintomas são febre, tosse, conjuntivite e coriza, além de, em casos mais graves, pneumonia, convulsões e encefalite.
A vacinação é o meio mais eficaz da prevenção contra a doença. Sua eficácia é de 97% e foi por meio dela que o Brasil se viu livre da doença até 2018. A vacina tríplice viral, que além do sarampo protege também contra caxumba e rubéola, faz parte do Calendário de Vacinação Nacional e é distribuída gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Deve ser tomada em duas doses: a primeira aos 12 meses e a segunda quando a criança tiver entre 1 ano e 3 meses e 2 anos de idade. Pessoas entre 20 e 29 anos que não tomaram a vacina na infância devem tomar as duas doses com intervalo de trinta dias entre elas. Pessoas entre 30 e 59 anos que não se vacinaram na infância podem tomar apenas uma dose.
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