Os cinquenta dias do Tempo Pascal, do dia da ressurreição ao dia de Pentecostes, são considerados como um “grande domingo”, tamanha a sua festa; assim também os oito dias que se seguem à Páscoa são celebrados como se fosse um único dia. A Igreja vive esse tempo de alegria e exultação pela ressurreição do Senhor. O Tempo Pascal é essencialmente cristológico, mas, não deixa de ser mariano também pela participação de Maria no mistério pascal de Jesus.
Historicamente, depois de ter agonizado com e experimentado também a morte de Jesus na cruz, depois da expectativa na fé do Sábado Santo, Maria viveu a imensa alegria de saber e ver que Deus Pai confirmara a doação e oferta de toda a vida do seu Filho Jesus, realidade expressa na antífona “Salve, Santa Maria, que dolorosa ao pé da cruz, suportando as dores do teu Filho, agora exultas de gozo sereno!”. Contigo, ó Maria, também nos alegramos e exultamos pela ressurreição.
A liturgia pascal é toda ela um convite à alegria: “Alegra-te, mãe da luz, Jesus, sol de justiça, vencendo as trevas do sepulcro, ilumina o mundo todo!”.
A Igreja propõe um título: a Bem-aventurada Virgem Maria na Ressurreição do Senhor, uma celebração própria para o tempo pascal. A liturgia celebra a ressurreição marcada por intensa alegria.
Deus, nosso Pai, dignou-se a alegrar o mundo com a ressurreição de seu Filho, Jesus. A ressurreição é o dia em que a morte foi vencida. É dia de luz e de explosão de vida. Maria participa plenamente dessa alegria com a plenitude de um coração de mãe.
Mesmo em meio às intensas alegrias da ressurreição, ainda assim Maria precisou acreditar: foi crendo que ela concebeu o Filho e crendo esperou a ressurreição. É crendo que nós esperamos o dia do nosso encontro de vida plena e verdadeira.
Na fé e na esperança, Maria caminha à frente de todos que seguem os passos de Jesus. O medo de que tudo termina com a morte foi superado na manhã da ressurreição: nova luz, nova esperança, imensa alegria e grande exultação brotam na manhã radiosa da Páscoa.
Foi a ressurreição que deu a Maria a força necessária para reunir os discípulos dispersos, congregá-los novamente, passar a eles confiança e continuar a missão deixada por Jesus; missão tão grande só uma mãe teria a energia suficiente para realizar. Maria é considerada modelo de esperança ativa em meio às mais adversas situações da vida. Olhando para ela, vamos caminhando com esperança em direção a um futuro melhor.
“Alegra-te, Virgem Mãe, porque Cristo ressurgiu do sepulcro, aleluia! Alegra-te, povo cristão, porque Maria nos precede e é modelo de fé e perseverança. Amém.”
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