Todos os dias, logo que acordamos, dizemos “Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém”. Com essa curta oração, afirmamos que cremos em três Pessoas distintas, que são um só Deus: o Pai, que criou o mundo e governa-o; o Filho, que veio a este mundo para nos salvar; e o Espírito Santo, cuja ação realiza o projeto de amor do Pai. Assim, com umas poucas palavras, pedimos ao Senhor, que nos sustentou com vida a noite toda, que nos dê força para amarmos o próximo como a nós mesmos.
De onde vem essa confiança toda para tratarmos o nosso Criador com tanta intimidade? Da Palavra: “O Senhor me criou, como primícias de suas obras, desde o princípio, antes do começo da terra” (Pr 8,22). Portanto, antes de criar o mundo, já estávamos no pensamento de Deus. Não de um jeito qualquer, por acaso, mas por um projeto de amor. Inúmeras outras criaturas poderiam ter sido criadas em nosso lugar, mas foi a nós que Ele escolheu para trazer à existência.
Somos muito queridos por Deus e nosso valor é tão grande que somos únicos. Nunca haverá outra pessoa em nosso lugar. Fomos criados, nada mais, nada menos, que à sua imagem. Cada um de nós recebeu dele os dons necessários para realizar o seu projeto de amar aos outros sem distinção e assim ser feliz! Se não cumprirmos esse dever, haverá no universo uma lamentável omissão.
O Senhor poderá perguntar a nós, como o fez a Caim depois de este ter matado seu próprio irmão, Abel, “Onde está teu irmão?” (Gn 4,9). Todavia, certamente terá vindo à nossa cabeça uma pergunta: “Se Deus nos ama, como se explicam tantas atrocidades, tantos sofrimentos que vêm continuamente ao nosso encontro?”. A resposta vem de Paulo quando escreve aos romanos “Nós nos gloriamos até das tribulações. Pois sabemos que a tribulação produz a paciência, a paciência prova a fidelidade e a fidelidade, comprovada, produz a esperança. E a esperança não engana. Porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado. Porque, com efeito, quando éramos ainda fracos, Cristo a seu tempo morreu pelos ímpios” (Rm 5,3-6).
Jesus morreu pelos pecadores, que somos todos nós, porque Ele quis nos justificar, convertendo-nos. Ele ama a todos e quer que nós nos convertamos e, a seu exemplo, amemos quem erra para sermos verdadeiramente felizes. É o que lemos no Evangelho. Jesus é glorificado quando nós nos arrependemos e voltamos para junto de Deus, por obra do Espírito Santo, que nos ilumina pela Palavra do Senhor.
Que o seu mês de junho seja abençoado e que a leitura desta edição da Revista Ave Maria possa se converter em frutos abundantes em sua vida e na vida dos que estão ao seu redor.
NOTAS MARIANAS
MÃE DO PERPÉTUO SOCORRO
Os padres da Congregação do Santíssimo Redentor (redentoristas) são os principais divulgadores desta devoção, que no Brasil alcança grande popularidade. A devoção está relacionada a uma pintura da Virgem do século XIII, proveniente de Creta, Grécia. Em 1866, o quadro milagroso da Virgem foi confiado aos padres redentoristas, que se encarregaram de divulgar sua devoção.
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