A Igreja Católica no Brasil celebra no mês de agosto o Mês das Vocações e uma das vocações também comemorada no mês de agosto é a vocação à paternidade. A paternidade é um dom de Deus dado ao homem e como todo dom dado por Deus a paternidade fecunda deve sempre apontar a família para o Céu. O homem chamado à vocação de esposo e pai encontra nela, se vivida na sua totalidade, sua maior e melhor realização humana.
Sempre tive uma vontade muito grande de construir uma família e ter filhos. Uma vez um amigo padre me falou que os filhos são “empréstimos que Deus faz para nós” e que deveríamos cuidar deles como um tesouro valiosíssimo que precisaremos devolver ao dono. Na época eu não era pai, era noivo da minha esposa, e não entendi muito bem aquela frase, achei um pouco impactante e ao mesmo tempo uma responsabilidade muito grande. Isso não tirou minha vontade de ter filhos, mas, fez-me refletir sobre quão importante seria esse papel de pai. Hoje, estudando um pouco sobre isso, vejo que é realmente isso que a Igreja nos instruiu: os filhos não são propriedades dos pais. Eles são um dom de Deus (cf. Catecismo da Igreja Católica, 2378).
Há um ano Deus me emprestou Maria Cecília e hoje posso dizer com minha pouca experiência que estou aprendendo a ser pai. Depois disso, minhas prioridades e preocupações mudaram muito e acredito que seja assim com a maioria dos pais. Hoje me pego pensando sobre o futuro da Maria Cecília, sobre o que o mundo vai oferecer a ela, sobre enfermidades, sobre suas escolhas, sobre sua educação etc. Tudo em nós se transforma e pude concluir que não nascemos sabendo ser pais, a paternidade se desenvolve em nós com a prática e com a graça de Deus.
Percebo nessa primeira aventura como pai que os filhos têm em nós uma referência, um exemplo a ser seguido, sejam nossos atos bons ou ruins. Um exemplo disso é que, quando brinco com a minha filha, na inocência ela imita tudo que faço, bate palmas pisca, fala algumas sílabas que falo. Aí me pego pensando sobre nosso mundo atual: será que vivemos uma crise de pessoas boas, honestas e justas por falta de uma referência dentro de casa?
Por falar em referência, quero terminar deixando uma dica valiosa de referência para os pais: falo de um amigo chamado São José. Muito do que tento ensinar à Maria Cecília hoje peço ajuda a ele, que é meu maior espelho de homem, pai e esposo.
Que São José nos ajude a sermos pais fiéis na missão que Deus nos confiou e nos ajude a guiar nossos filhos para o Céu.
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