“Fazei tudo o que Ele vos disser.” (Jo 2,5)
“Maria é a mãe que está sempre conosco, a mãe presente, a mãe que está ao nosso lado,
a mãe que compreende, a mãe que ajuda.” (Papa Francisco)
Neste mês de outubro, a Igreja no Brasil comemora a festa de Nossa Senhora Aparecida. Diariamente, em milhares de lares brasileiros, fiéis se ajoelham diante de uma representação da Virgem de Nazaré para elevar suas preces, seja para agradecer por uma dádiva recebida, pedir uma graça ou simplesmente buscar a proteção daquela que é tão humana e divina, que nos conecta com a humanidade e a divindade. Assim, sob a intercessão da mãe, seguimos o conselho dela: “Fazei o que Ele vos disser” (Jo 2,5).
Destaco a importância dessa festa para o povo brasileiro. Olhar a imagem de Aparecida ou ainda uma recordação trazida por algum romeiro da “Casa da Mãe” gera um nós uma ligação, um sentimento de pertencer, de ter a presença de Nossa Senhora em nossas casas, em nossos corações.
A ordem dada pela mãe de Deus aos servos nas bodas de Caná, conforme relatado no Evangelho de João, mantém sua força nos tempos atuais.
A situação em Israel nos tempos de Maria não era muito diferente da nossa, o povo buscava a esperança, esperava a instauração do reino de Israel e que o Salvador transformaria a realidade, mas, os planos de Deus eram diferentes e Ele escolheu uma jovem da periferia do mundo para manifestar a salvação, demonstrando sua preferência pelos simples e humildes.
O cântico do Magnificat (Lc 1, 46-56), proferido por Maria, expressa a situação de sofrimento do povo, mas, também, é a esperança personificada. Deus ouviu as súplicas dos humildes e voltou-se para aquela realidade. As palavras da camponesa Maria também refletem as experiências de muitas mulheres em todo o Brasil: mães que anseiam por uma educação de qualidade para seus filhos, por assistência médica adequada e por moradias dignas, mulheres que dedicam suas vidas incansavelmente aos cuidados de seus filhos e que diariamente pedem a ajuda da mãe de todas as mães para acompanhá-las nessa jornada. A cada adversidade superada, essas mães se alegram, reconhecendo que Deus olhou para a fragilidade de seu povo e fez morada entre eles.
Que as celebrações deste mês nos ajudem a compreender que não caminhamos sozinhos. A Virgem Mãe de Deus caminha ao nosso lado, conhece nossas condições e dores humanas. Ela foi pobre, pequena e estrangeira. Experimentou as dificuldades da existência, mas, manteve-se firme na esperança e fiel ao cumprimento da promessa de Deus.
Que a Virgem de Aparecida nos ensine a seguirmos os passos do seu Filho. Ela também é peregrina, viveu aqui na Terra. Conhece nossas dores e alegria. Peçamos a ela que leve nossas preces até Jesus. Como canta Padre Zezinho, “Porque de levar a Jesus, ela entende mais”. Sigamos com fé e esperança.
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