As enfermidades crônicas não contagiosas representam uma preocupação global devido ao seu potencial para causar um elevado número de óbitos, levando a Organização Mundial da Saúde (OMS) a priorizar a prevenção dessas condições. Felizmente, o estilo de vida desempenha um papel crucial tanto na prevenção quanto no desenvolvimento dessas doenças, sugerindo que alterações comportamentais podem reduzir seu risco.
Nesse cenário, a informação emerge como uma poderosa ferramenta de prevenção, enfatizando a importância de entender o que são essas doenças e como preveni-las. A seguir, exploraremos essas informações essenciais, que devem ser discutidas nas organizações como parte das estratégias de promoção da saúde.
DEFINIÇÃO DE DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS (DCNTS)
As doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs) são aquelas que não são passadas de uma pessoa para outra. Elas frequentemente surgem devido a práticas prejudiciais como falta de atividade física, consumo elevado de alimentos ricos em gorduras, tabagismo e consumo excessivo de álcool.
Entre as doenças crônicas não transmissíveis encontram-se:
Essas enfermidades atingem ambos os sexos em níveis similares e muitas vezes não têm origem genética. Isso indica que adotar um estilo de vida saudável pode significativamente reduzir o risco de desenvolver doenças crônicas não transmissíveis.
Estudos indicam que até 80% dos casos prematuros de doenças cardíacas, derrames cerebrais e diabetes tipo 2 podem ser prevenidos.
Que mudanças de hábito são necessárias para evitar as doenças crônicas não transmissíveis? Vejamos a seguir.
A prevenção, a promoção da saúde, a vigilância e a assistência são fundamentais nas diretrizes para o cuidado de doenças crônicas não transmissíveis, conforme aponta a Organização Mundial da Saúde. Fatores de risco como tabagismo, consumo excessivo de álcool, dietas inadequadas e falta de atividade física são responsáveis por 51% das mortes por doenças crônicas não transmissíveis, sendo que o estilo de vida tem um papel crucial nesse quadro. Além disso, 23% dessas mortes estão relacionadas a fatores biológicos, 19% a fatores ambientais e 10% à falta de assistência médica.
Anete Abdo, da área técnica de saúde das pessoas com doenças crônicas não transmissíveis, enfatiza a importância de mudar hábitos de vida para evitar tais doenças, citando os prejuízos específicos causados por tabagismo, uso nocivo de álcool, sedentarismo e alimentação não saudável.
Para promover uma vida mais saudável é recomendado adotar uma alimentação balanceada, reduzindo o consumo de açúcares, sal, frituras e alimentos industrializados e aumentando a ingestão de produtos in natura. A prática regular de atividades físicas, sugerida em 150 minutos semanais, é destacada como suficiente para manter a saúde, não necessitando ser exercícios de alta intensidade, mas sim atividades leves a moderadas.
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) segue as diretrizes do Ministério da Saúde, enfocando a adoção de hábitos saudáveis, com ênfase na alimentação e na atividade física como parte de uma estratégia ampla que inclui o combate à obesidade e ao sobrepeso, considerados fatores de risco para várias doenças crônicas não transmissíveis e problemas de saúde de ordem tanto individual quanto populacional.
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