Todos os novos textos valorizam amplamente as parábolas, não como simples citação ou um lembrete facultativo ou um exemplo, mas como parte integrante do texto. E não só nos textos para crianças mas também nos textos para jovens e adultos.
A catequese pós-conciliar, na verdade, é profundamente bíblica e, portanto, não pode deixar de lado as parábolas, que revelam a identidade de Deus em Cristo, a novidade do Reino, a missão da Igreja e as características do discípulo.
A presença das parábolas nos novos textos de catequese é abundante quantitativamente e relevante qualitativamente. A escolha das parábolas não depende, em primeiro lugar, de critérios de compreensão didática, mas se efetua em relação à sua intrínseca capacidade de ilustrar o Reino como dom a ser reconhecido e como tarefa a ser realizada com empenho, já no tempo presente.
O cristão já não pode mais hoje propor o anúncio cristão integral sem ter presentes as parábolas em sua riqueza positiva. Os novos textos não exigem que o catequista seja exegeta, mas que ele saiba conjugar, cada vez mais e melhor, Palavra de Deus e catequese.
CONCLUSÃO
As parábolas são, talvez, o elemento mais característico de Jesus Cristo, tal como é transmitido nos Evangelhos.
Não se pode portanto admitir que um catequista seja capaz de desenvolver o próprio ministério (serviço), sem uma adequada familiaridade com as parábolas.
O catequista seja ajudado a meditar, interpretar e comunicar as parábolas, de acordo com alguns rigorosos critérios de exegese e de catequese. Um mínimo de familiaridade com os textos das parábolas é hoje exigido pelo respeito à Palavra de Deus, pela feitura dos novos textos de catequese e pela seriedade com que se deve viver o próprio ministério na Igreja.
Não é rigorosamente necessário analisar todas as parábolas evangélicas. Para o catequista é sobretudo importante adquirir um método orgânico de leitura das parábolas, que contenha várias dimensões:
– o conhecimento do texto bíblico;
– sua incidência na espiritualidade;
– sua contribuição para os destinatários do anúncio;
– a caracterização ou especificação do conteúdo;
– a metodologia para transmiti-lo melhor;
– sua abertura para a liturgia e para a vida.
Um curso sobre as parábolas não deveria faltar nas escolas para catequistas. O esforço que esta
pesquisa exige favorece a formação deles e valoriza o anúncio. Os frutos que daí a catequese pode tirar estimulam a fazer esta experiência.
Colaboração: Maria Helena L. de Carvalho – Novo Hamburgo
Fonte: Luiz Guglielmoni – Revista Catechesi, Itália (1983/15, pp.11-19)
Orientações gerais e indicações práticas para uso das parábolas na catequese.
R. M. O. traduziu.
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