Numa de suas mensagens em maio do ano passado, o Papa Francisco afirmou que é preciso respeitar a liberdade das pessoas e amá-las como são, não como gostaríamos que fossem. Amar não com palavras, mas com fatos, esse foi um dos pedidos de Francisco.
OUTROS AMORES
“Amar como Cristo significa dizer não a outros ‘amores’ que o mundo nos propõe: amor pelo dinheiro – quem ama o dinheiro não ama como ama Jesus –, amor pelo sucesso, pela vaidade, pelo poder”, pontuou.
Segundo o Papa, esses caminhos enganosos de “amor” nos afastam do amor do Senhor. Eles fazem com que as pessoas se tornem cada vez mais egoístas, narcisistas e prepotentes, observou.
PREPOTÊNCIA LEVA À DEGENERAÇÃO DO AMOR
O Santo Padre destacou também que a prepotência leva a uma degeneração do amor, a abusar dos outros, a fazer a pessoa amada sofrer: “Penso no amor doentio que se transforma em violência – e em quantas mulheres são vítimas disso hoje em dia, das violências. Isso não é amor”.
Amar como o Senhor nos ama, afirmou o Pontífice, significa apreciar a pessoa e respeitar sua liberdade. Amá-la como ela é, não como queremos que fosse; como é, gratuitamente, exortou.
PERMANECER NO AMOR DE DEUS
Em última análise, Francisco relembrou que Jesus pede que todos permaneçam no seu amor. Isso consiste em habitar no seu amor, não em nossas ideias, não no culto de nós mesmos.
“Sempre a olhar-se. Pede-nos para sair da pretensão de controlar e administrar os outros. Não controlar, mas servir, mas abrir o coração aos outros, isto é amor, doar-se aos outros”, afirmou o Sumo Pontífice.
O Papa sublinhou que Jesus, depois de se comparar com a videira e nós com os ramos, explica que o fruto que produzem aqueles que permanecem unidos é o amor.
Cristo retoma o verbo-chave: permanecer. Ele nos convida a permanecer em seu amor para que sua alegria esteja em nós e nossa alegria seja plena. Permanecer no amor de Jesus, frisou o Francisco.
“Nós nos perguntamos”, continuou o Papa, “qual é esse amor no qual Jesus nos diz para ficarmos para ter a sua alegria? Qual é esse amor? É o amor que tem sua origem no Pai, porque Deus é amor”. E esse amor de Deus, do Pai, explicou, é como um rio que escorre no filho Jesus e através dele chega até nós, suas criaturas.
O amor que Jesus nos dá é o mesmo amor com o qual o Pai o ama: amor puro, incondicional, amor gratuito, reafirmou: “Não se pode comprar, é gratuito. Doando-o a nós, Jesus nos trata como amigos – com esse amor –, fazendo-nos conhecer o Pai e nos envolve em sua própria missão para a vida do mundo”.
COMUNHÃO COM O PAI
“Para onde conduz esse permanecer no amor do Senhor? Para onde nos conduz?”, questionou o Santo Padre. Segundo ele, Jesus nos disse: “Para que minha alegria esteja em vós e a vossa alegria seja plena”.
De acordo com Francisco, a alegria que o Senhor possui, porque é em total comunhão com o Pai, ele quer que esteja em nós, pois estamos unidos a Ele.
“A alegria de saber que somos amados por Deus”, disse o Santo Padre, “apesar das nossas infidelidades, faz-nos enfrentar as provações da vida com fé, faz-nos atravessar as crises para sairmos melhores”.
É em viver essa alegria que consiste sermos verdadeiras testemunhas, porque a alegria é o sinal distintivo do verdadeiro cristão. “O verdadeiro cristão não é triste, sempre tem a alegria dentro, também nos momentos difíceis”, ressaltou Francisco.
O Pontífice finalizou pedindo à Virgem Maria que “nos ajude a permanecer no amor de Jesus e a crescer no amor para com todos, testemunhando a alegria do Senhor ressuscitado”.
Rezemos pelas religiosas e consagradas, agradecendo-lhes a sua missão e a sua coragem, para que continuem a encontrar novas respostas diante dos desafios do nosso tempo.
Comments0