Jesus veio ao mundo e começou uma bela, nova e definitiva etapa da história, revelando a verdadeira face de Deus, que Ele é amor e só quem ama o conhece.
Aos poucos Jesus foi atraindo pessoas de todas as condições: pobres, ricos,
enfermos, crianças, jovens, adultos, mas, sobretudo, as pessoas que queriam aprender a conhecer Deus e se encantavam com suas atitudes e palavras. Essas pessoas foram seguindo Jesus, muitas de maneira mais sincera, outras nem tanto. Com o passar do tempo, muitas delas deixaram tudo para seguir Jesus e aprender com Ele a como conhecer Deus de verdade e amá-lo. Essas pessoas se tornaram discípulas de Jesus, como se fossem seus alunos; aprendiam com Ele não numa sala de aula, mas nas ruas, estradas, campos, lagos, rios, no templo, nas casas, em todos os lugares. Tudo era motivo para Jesus ensinar e seus seguidores aprenderem.
No começo havia muito entusiasmo, a ponto de que multidões seguiam Jesus para ouvi-lo. Era algo impressionante. Esses acontecimentos produziam muitos resultados porque as pessoas sentiam que algo de novo acontecia com elas, sentiam vontade de mudar, de viver vidas melhores com coragem para amar. Foi assim que Jesus atraiu as pessoas e quer atrair também todos nós.
Só esse entusiasmo não era tudo. Era preciso que houvesse uma nova maneira de viver a vida com os ensinamentos de Jesus, uma conversão, uma mudança completa de vida. Isso deve acontecer conosco também.
Conversão é uma mudança no modo de pensar, de sentir, de agir. Se mudamos nossos pensamentos, aprendendo a verdade que Jesus ensina, mudamos também nossos sentimentos em relação a Deus, às pessoas e aos acontecimentos. Mudamos também nosso comportamento, nossas atitudes, nossas reações, nosso modo de agir com as pessoas. Como fazer isso? Jesus teve sua mãe, Maria, que adotou a todos nós como seus filhos. Ela educou Jesus e pode nos educar também para seguir seu exemplo. Ao mesmo tempo, Maria, sendo mãe, também tornou-se discípula de seu próprio filho, reconhecendo nele o mestre, o pastor, a vida.
Reúna seus familiares – pais, irmãos, parentes – e também seus amigos, colegas de escola, de trabalho, enfim, pessoas de sua convivência numa igreja ou num altar dedicado a Maria, mãe de Jesus, e decidam entregar a ela suas vidas com tudo que temos que não é amor em nós e com ela assumir de coração o compromisso de amar como ela amou, seguindo o exemplo de seu filho. Vamos assumir o compromisso sério de amar de todo o coração, inspirando nossas vidas no seu coração materno e dirigi-las a ela sempre, em cada momento, com todos os que conosco querem seguir Jesus.
Diante de Maria, façamos um pacto que envolve nossas vidas, isto é, o pacto de amarmo-nos uns aos outros. Façamos isso com os corações sinceros, puros, e depois comecemos logo a viver assim. Logo perceberemos o que Jesus disse: “Onde dois ou mais estiverem unidos no meu nome, eu estarei no meio deles” (Mt 18,20). Jesus, por meio do amor, estará sempre presente entre nós. Mesmo de maneira invisível, mas real, entre todos os que estiverem unidos em seu nome. Ele nos indicará o que devemos fazer, quais os passos a dar para ajudar o mundo a ser melhor.
Compete agora mantermos sempre viva entre nós a presença de Jesus para que nossas vidas sejam expressões do amor de Deus. A fé conduz ao amor e o amor expressa a fé. É impossível dizer que se tem fé quando não se ama. O verdadeiro amor, tal como Deus revela e ama, expressa e conduz à fé.
Esse é o primeiro passo para seguir a Jesus. Peçamos a Ele como os apóstolos pediram: “Aumenta a nossa fé” (Lc 17,5).
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