Ao realizar uma campanha sobre “Fraternidade e saúde pública”, a Igreja propõe como primeiro objetivo específico “disseminar o conceito de bem viver e sensibilizar para a prática de hábitos de vida saudável”.
O conceito de “bem viver” é inspirado na utopia dos povos indígenas do passado, que propunham uma vida em harmonia com a Mãe Terra, com o Cosmos e no respeito aos Ciclos da Vida. Por isso, no Texto Base da CF (nº 15) se afirma que “a vida saudável requer harmonia entre corpo e espírito, entre pessoa e ambiente, entre personalidade e responsabilidade”.
Uma das exigências é “articular o tema da saúde com a alimentação; a educação; o trabalho; a remuneração; a promoção da mulher, da criança, da ecologia, do meio ambiente etc”.
Entre os indicativos de ação a Campanha da Fraternidade propõe: sensibilizar as famílias para manterem o cartão de vacinas atualizado; estimular a adoção e a manutenção de padrões e estilos de vida saudáveis; abolir hábitos inadequados de vida; combater o sedentarismo com incentivo à atividade física regular; promover cursos e encontros sobre reeducação alimentar (Texto Base nº 255).
Além desses indicativos, podemos acrescentar a importância de realizar exames periódicos de saúde, evitar o uso de drogas e o excesso de bebidas alcoólicas, usar os equipamentos de proteção contra os acidentes, dirigir com cuidado, tirar tempo para o descanso e cultivar boas amizades.
O zelo para com o meio ambiente, principalmente para com a água que tomamos, os alimentos que consumimos e o ar que respiramos são condição para criar o ambiente propício onde se possa desenvolver uma vida saudável.
A soma de todas estas atitudes ajuda a prevenir as doenças, e, também por isso, são a melhor forma de fazer acontecer o lema da Campanha da Fraternidade: “Que a saúde se difunda sobre a terra”.
Convido, pois, a todos as pessoas de boa vontade, particularmente a aquelas pessoas que estão integradas em uma das nossas comunidades eclesiais, a que abracem as propostas desta campanha e usem todos os meios disponíveis para evitar que as doenças as atinjam.
As pessoas doentes devem ser tratadas e cuidadas, mas as que estão sadias, tomem cuidado para não contraírem doenças que podem ser evitadas.
Com São Paulo (1 Cor 10, 12) digo: “Aquele que julga estar em pé, tome cuidado para não cair”.
Dom Canísio Klaus
Bispo de Santa Cruz do Sul (RS)
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