Algumas dicas sobre o trabalho:
A) Com cartazes
O cartaz, na oficina catequética, não vem pronto. Ele é criado de forma participativa, dentro de um processo onde a experiência de Deus passa pela escuta, partilha, ajuda, colaboração dos membros do grupo. Assim:
– Todos participam, sobretudo em pequenos grupos;
– Não importa se nem tudo está cem por cento. Vale a experiência feita em grupo e a vivência conjunta de valores;
– Recomenda-se que haja imagens claras e poucas palavras para expressar a mensagem;
– Precisa estar de acordo com as necessidades do grupo e os objetivos que se quer alcançar;
– A imagem pode ser representada por símbolos, figuras, fotografias, desenhos, recortes de jornais e revistas, elementos da natureza…
– Usando o desenho, os participantes colocam elementos básicos, como: o espírito religioso, as emoções, os sentimentos, as motivações, que, de forma verbal, ficam inexpressivas;
– A participação deve ser privilegiada. Cada membro precisa sentir-se parte integrante e responsável do trabalho desenvolvido.
B) Com o desenho cartaz, que pode ser feito no quadro:
– Para expressar uma mensagem pode o catequista começar as primeiras linhas e, em seguida, ser continuada pelos catequizandos. Histórias, cenas, passagens, parábolas bíblicas, ainda dados da realidade, ou os compromissos assumidos;
– À medida que se desenvolve o encontro de catequese, o conteúdo, ou a mensagem pode ser ilustrado no quadro por diversos participantes;
– Ler um texto bíblico em partes e deixar os participantes desenharem de forma coletiva. Após, fazer uma reflexão para confronto ou ainda, desenhar ações concretas a serem assumidas.
C) Com foto linguagem
– Colecionar uma série de gravuras.
– O grupo escolhe as figuras adequadas para representar os diferentes aspectos que se quer abordar. Ex.: Preparar uma cruz, usando figuras de fome, sofrimento, de injustiçados;
– As figuras podem representar cenas evangélicas, trazidas para o nosso tempo. Exemplo: Representar as principais atitudes do “Bom Samaritano”, hoje:
Chegou junto do ferido.
Viu-o
Moveu-se de compaixão
Aproximou-se
Cuidou de suas feridas
Conduziu-o até a hospedaria.
Pagou as despesas
Recomendou ao hospedeiro que cuidasse dele… (Lc 10, 30-37)
– Selecionar figuras correspondentes a algum assunto;
– Convidar cada participante, e pegar uma figura e expressar o conteúdo que percebe, sente;
– Escrever as ideias no quadro e ilustrar o escrito, com as próprias figuras;
Todo cartaz pode ser feito com material de reciclável: folhas de jornal (pintada com giz ou carvão), papel de embrulho, recortado, papel de presente, folhas recicladas, etc.
Variando o trabalho com cartazes
– Num grande papel todos os catequizandos desenham o que assimilaram do conteúdo, permitindo ao catequista verificar a experiência feita e o que ficou memorizado;
– Recortar imagens simbólicas: – Corações, velas, barcos, folhas, flores, casa com portas, janelas, mãos, pés,… e escrever nas mesmas o resumo do conteúdo estudado;
– Fazer uma montagem com símbolos atuais que lembram a figura de São João (bandeirinhas, barraquinhas, fogos…);
-Ler os textos: Lc 1,57-66;3,1-20;7,24-28;Mc 6, 14-29; Mt 14; 1-12; Escrever: Quem era João Batista? Quem ele anunciava e em que forma? Quais as denúncias que fazia? Que conselhos dava ao povo? As questões podem ser respondidas em cartazes diferentes e ilustradas com símbolos.
-Pintar com tinta guache uma mão, ou um pé, ou ainda folhas diversas de árvores e estampar num cartaz e escrever, após estarem secas, palavras significativas de um conteúdo;
-Cada participante escreverá, a partir do conteúdo, uma palavra que será ilustrada com um desenho.
Esquema básico do trabalho com cartazes:
– Escolher o Tema:
Ex: Princípios educativos para uma boa convivência.
Festa de São João (Padroeiro)
Cartaz: de aniversário, boas vindas, celebração de algum sacramento.
– Discutir o assunto;
– Anotar as ideias principais do grupo de modo a formar palavras ou frases principais;
– Escolher o modo de montagem do cartaz (figuras? Desenhos? Símbolos, palavras?, frases? Algo da natureza?…);
– Avaliar: como caminhamos? Como cada um se sentiu? O que foi mais interessante, proveitoso, gostoso nesta experiência? Em que crescemos?
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