Em agosto, a Igreja celebra o Mês das Vocações. A cada domingo, trazemos a reflexão sobre um estado de vida, um modo particular de ser. No primeiro domingo, dedicamos nossas orações àqueles chamados ao ministério presbiteral; no segundo, àqueles que se unem em Matrimônio e dedicam-se à constituição de uma família; no terceiro, à vida consagrada; no quarto domingo; às vocações leigas.
Cada pessoa humana, a partir do seu chamado à vida, recebe em sua individualidade e modo de ser no mundo um convite à santidade. Esse convite, por sua vez, será experienciado de formas diversas, impulsionado pelo sopro do Espírito que oferece dons a cada ser humano.
Nesse processo de busca pela santidade, temos um modelo “(…) ser perfeitos como o vosso Pai celestial é perfeito” (Mt 5,48). O modelo de santidade é o Pai. Para nós, essa busca pela santidade vai ganhando tônicas de particularidades com base no modo de ser de cada pessoa que, em sua história, em seu contexto histórico, social e geográfico, dá testemunho do Reino.
Se muitas são as pessoas que com suas particularidades constituem a humanidade e a vida eclesial, muitos também são os dons e carismas que se presentificam nas comunidades a partir do serviço que cada um desempenha.
Ao olharmos para nossas comunidades eclesiais, podemos ver quanto essa diversidade enriquece a vida. Os presbíteros que, dentre outras funções, ministram os sacramentos, os religiosos que demonstram com sua doação a vivência do Evangelho e, não raro, cuidam das necessidades corporais do povo de Deus, como em hospitais, colégios, restaurantes populares, orfanatos e afins. Os casais que transmitem a fé aos seus filhos e renovam a comunidade e os leigos que em seu universo de vida se dedicam a levar a fé aos mais diversos segmentos da sociedade, alcançando, muitas vezes, espaços em que a Igreja institucional não consegue chegar.
Essa diversidade representa a força viva do Evangelho, que toca de modo diferente cada ser humano, convidando-o a viver os valores do Reino. O chamado do Mestre de Nazaré continua a se repetir todos os dias: “Vem e segue-me”. Em nossos afazeres cotidianos, o eco desse convite nos interpela a assumirmos a nossa vocação, o nosso convite à vida em plenitude, à santidade, tendo como espelho o nosso Pai do Céu e a vivência na comunidade de fé.
Rezemos continuamente para que a força do Evangelho nos auxilie a respondermos com fidelidade ao Mestre. Elevemos também as nossas orações por todos aqueles que, dos mais diversos modos, propagam a Palavra que faz viver. Que o Mestre que nos chamou possa nos acompanhar nessa jornada.
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