Não estamos sozinhos nesta árdua subida do Monte Carmelo: acompanha-nos a Virgem Maria, nossa Irmã e peregrina na fé, que nos anima como Mãe e Mestra.
Fazemos este caminho juntamente com os irmãos que receberam o mesmo dom e o mesmo chamamento. Fazemos este caminho juntamente com os irmãos que receberam o mesmo dom e o mesmo chamamento. Com eles tentamos construir uma comunidade inspirada na de Jerusalém, totalmente centrada na Palavra, na fracção do pão, na oração, na comunhão de bens e no serviço2 . Caminhamos na Igreja e com ela pelos caminhos do mundo.
Como Elias, tornamo-nos companheiros de viagem dos nossos contemporâneos, tentando ajudá-los a descobrir neles a presença de Deus. De facto, a imagem de Deus está presente em cada um e deve emergir com plena liberdade, mesmo quando está ofuscada pelas contradições interiores ou pelas injustiças alheias. Para este caminho nos convida a Regra, que se faz eco e espelho para nós do Evangelho e é expressão da experiência fundadora dos nossos Pais. É precisamente esta experiência fundadora que nos comunica a paixão pelo mundo, pelas suas provocações, desafios e contradições.
Os nossos Pais vinham de um ocidente em evolução, com uma forte tensão entre luta e paz, unidade e fragmentação, expansão e crise. Chegados à Terra Santa, entram em contacto com pessoas de outras religiões e culturas; de volta à Europa, optaram por se colocar como testemunhas da atenção de Deus, irmãos entre os irmãos.
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