A Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 5581, pautada para julgamento pelo Supremo Tribunal Federal (STF) nesta sexta-feira, 24 de abril, foi impetrada pela Associação Nacional das Defensoras e Defensores Públicos (Anadep) e tem como um dos pontos a possibilidade de descriminalização do aborto nos casos das mães que são infectadas pelo Zika vírus.
Para defender a vida desde a concepção, diversos setores da sociedade já se manifestaram contra a Ação. Também a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou nota em que reforça o dever de todos em valorizar o dom inviolável da vida. A nota pode ser conferida (aqui).
Nesse sentido, cientes do compromisso com a inviolabilidade da vida, a Comissão Episcopal para a Vida e a Família da CNBB propõe a todos os fiéis leigos católicos, agentes de pastoral, integrantes de movimentos e novas comunidades, bispos, padres, diáconos e seminaristas para que expressem a posição #emdefesadavida nas redes sociais. A proposta é utilizar a hashtag no Twitter e no Instagram para fazer chegar a todos os cantos do país, à imprensa e, principalmente, aos ministros do STF o compromisso com o grande dom de Deus, a vida.
A Comissão promoveu uma live, o programa Hora da Vida, no último domingo, 19, que recebeu especialistas nas áreas do Direito, da Bioética e da Saúde para tratarem sobre a ADI. Abaixo, alguns dos pontos destacados pelos especialistas e em artigos disponíveis no site da Pastoral Familiar:
“O fato de a criança poder ter uma deficiência não justifica, de forma alguma, a eugenia, isso é preconceito numa época em que os direitos da pessoa com deficiência têm sido tão levantados” – Dra. Lenise Garcia
O Congresso Nacional não se debruçou em nenhum momento sobre a legalização do aborto. “E não se debruçou porque decidiu, como representantes do povo, nas duas câmaras, não querer enfrentar esse assunto agora e não transformar isso em hipótese legal”. – Dr. Hugo Cysneiros
“Na hora que a mãe precisa que alguém a acolha, eu dou a ela um suposto ‘direito’ a uma exclusão que a marca pelo resto da vida. Então a gente já começa a entender como algo maléfico”. – Irmã Liliane Pereira
A ADI foi proposta em 2016 quando os conhecimentos sobre o Zika eram incipientes. De lá para cá, temos respostas a muitas das questões trazidas na ADI que embasavam o pedido para a liberação do aborto. – Dr. Raphael Câmara
As maiores violações aos direitos humanos têm suas raízes no não reconhecimento dos direitos do outro, da ruptura da relação de alteridade. – Dra. Maria Emília de Oliveira Schpallir Silva
Fonte: CNBB
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