A Comissão organizadora da Campanha da Fraternidade Ecumênica (CFE) 2021 divulgou o hino escolhido por meio de concurso. Composição do frei Telles Ramon com a música de Adenor Leonardo Terra, o hino é marcado pelo convite “Venham todos” em cada estrofe. A CFE 2021 tem como tema “Fraternidade e diálogo: compromisso de amor” e o lema “Cristo é a nossa paz: do que era dividido, fez uma unidade” (Ef 2, 14a).
O secretário executivo de Campanhas da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e membro da comissão organizadora articulada pelo Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (CONIC), padre Patriky Samuel Batista, chama atenção para o convite contido na música: “Venham! Em nome de Cristo que é nossa paz, sejamos fraternos, humildes e solidários. Homens e mulheres capazes de viver o diálogo como compromisso de quem ama testemunhando a unidade desejada por Cristo”.
O autor da letra, frei Telles Ramon, foi motivado pelo tema sobre a Unidade dos Cristãos, “sobre a superação de qualquer divisão e polarização presentes nas Igrejas e também na sociedade”, e decidiu iniciar as estrofes com o invitatório “Venham todos…”.
“De fato, a CFE é um grande convite às mulheres, aos homens da sociedade e das Igrejas a se unirem nas diferenças, nas particularidades, mas num único sentido e norte: Jesus Cristo e seu Evangelho”, afirmou frei Telles.
Adenor Leonardo, que compôs a música em parceria com frei Telles, espera que o hino “possa colaborar com o crescimento do movimento ecumênico e, assim, impulsionar o diálogo e o amor como atitudes concretas de conversão para o tempo da Quaresma”.
O músico também partilhou que procurou ater-se “a algumas constantes rítmicas e melódicas presentes na música brasileira, como o uso de divisões rítmicas sincopadas e do ritmo de baião, além de uma escala melódica híbrida, que mescla o modo menor com o modo dórico”.
Baixe a letra e a partitura do hino da CFE 2021.
Confira também um vídeo que ajudará as comunidades de fé a aprender o hino da CFE.
Os autores do hino da CFE 2021 comentaram da alegria de ter sua composição escolhida e contaram suas motivações e inspirações na construção da música.
Para mim é uma alegria e uma honra ter um texto meu escolhido como letra do Hino da Campanha da Fraternidade Ecumênica 2021. É a primeira vez que me acontece isso!
No dia 28 de janeiro de 2020, Irmã Selma, diretora do Colégio onde trabalho como professor e capelão, me enviou o link do edital do concurso para o Hino da CFE 2021. Li o edital, comecei a ter umas ideias, mas estava sem inspiração. Quando o concurso foi prorrogado devido à pandemia, faltando uns 20 dias para o término, voltei ao edital e comecei a meditar sobre o tema e lema da CFE 2021.
Por se tratar do tema sobre a Unidade dos Cristãos, sobre a superação de qualquer divisão e polarização presentes nas Igrejas e também na sociedade, decidi iniciar as estrofes com um invitatório (convite) “Venham todos…”. De fato, a CFE é um grande convite às mulheres, aos homens da sociedade e das Igrejas a se unirem nas diferenças, nas particularidades, mas num único sentido e norte: Jesus Cristo e seu Evangelho.
Por isso, a letra do hino ressalta valores e posturas de vida que têm como fonte a Boa Notícia do Reino, ou seja, palavras-chave que reforçam a reflexão ecumênica com toda sua carga teológica: “um só coração”, “mãos dadas”, “caminhar com o Mestre”, ser “testemunhas”, “construamos a unidade”, etc. As estrofes desenvolvem o assunto.
No refrão, como o próprio nome diz, refreia do desenvolvimento das ideias, fazendo-nos voltar à ideia, ao tema central: “Cristo é a nossa paz: do que era dividido, fez uma unidade” (cf. Ef 2,14a).
Que este texto e música possam ajudar as nossas comunidades cristãs a viverem a solidariedade e a unidade que a CFE nos propõe.
É uma satisfação, primeiramente, poder participar do concurso para o hino da Campanha da Fraternidade Ecumênica 2021 e uma alegria ainda maior saber que a proposta que fiz com Frei Telles Ramon foi escolhida.
Quando Frei Telles propôs esta parceria, aceitei-a de imediato, pois o tema do ecumenismo é muito especial para mim. Particularmente, penso que iniciativas em prol de uma mentalidade ecumênica são necessárias e deveriam ser mais constantemente promovidas pelas dioceses, igrejas e comunidades. Sobretudo num tempo onde presenciamos tantos revanchismos e radicalismos, inclusive no âmbito religioso, carecemos de iniciativas que promovam a união, o diálogo e o respeito, a partir do que é comum, que é a fé em Jesus Cristo.
Quanto à música, procurei ater-me a algumas constantes rítmicas e melódicas presentes na música brasileira, como o uso de divisões rítmicas sincopadas e do ritmo de baião, além de uma escala melódica híbrida, que mescla o modo menor com o modo dórico.
Oxalá este hino possa colaborar com o crescimento do movimento ecumênico e, assim, impulsionar o diálogo e o amor como atitudes concretas de conversão para o tempo da Quaresma.
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