Alma é o principio da vida, alma vem do latim Anima – dai dizermos que as pessoas cheias de vida são animadas. Os seres inanimados não tem alma, por exemplo, as pedras.
As plantas, como seres vivos, têm alma vegetativa – com suas manifestações próprias: alimentam-se, respiram, crescem, reproduzem-se. Há pessoas que se limitam a estas manifestações, dai a expressão “esta pessoa na vive, mas vegeta”.
Os animais já tem um grau superior de vida – possuem alma sensitiva. Além daquelas características comuns às plantas, locomovem-se e têm maior sensibilidade (possuem órgão sensitivos).
Percebem o mundo que os cerca. Há quem se limite à simples vida animal: são as pessoas que “vivem como bichos”. Tanto a alma vegetal coma a sensitiva são mortais. Aquele “principio da vida” extingue-se com a morte da planta ou do animal.
Até a criação dos animais, podemos aceitar o surgimento da vida como o produto de uma longa evolução, durante milhões de anos. Mas Deus criou o homem no momento em que, pela primeira vez, diretamente, infundiu num corpo (que poderia provir de matéria orgânica preexistente) uma alma imortal, feita à sua imagem e semelhança. Neste momento, então, Deus criou o homem.
O importante, aqui, a considerar é a criação da alma humana. Esta, sendo espiritual, não pode ser resultado da evolução da matéria. (a matéria tende a decompor-se e não a espiritualizar-se). Nossa alma é criada diretamente por Deus, no momento em que começamos a existir. E, sendo espiritual, é imortal. É por ela que – infinitamente – nos distanciamos de todos os outros animais.
Temos então o homem, com manifestações de vida vegetativa (alimenta-se, respira, etc…), de vida sensitiva (sente e locomove-se) e vida racional (tem inteligência e vontade).
Esta última característica separa-o dos outros animais. Os atos verdadeiramente humanos são inteligentes e livres. Há, no homem, então uma condensação de toda a vida, inclusive espiritual. Na criação, o homem foi o acabamento, o arremate, a síntese.
Acima do homem, existem os anjos. Os anjos não tem vida vegetativa, nem vida sensitiva, pois não tem corpo. Eles possuem vida intelectiva (não, propriamente, racional), porque sua inteligência é intuitiva, não precisa raciocinar. Possui também liberdade e participa da vida divina. Quando nós vivemos em estado de graça, possuímos a vida divina, somos “templos do Espírito Santo”
Quanto à existência de vida em outros planetas, trata-se de questão aberta, que cabe à ciência responder. Em nenhum ponto de doutrinas católica é alterado se for provada a existência de seres vivos em outros planetas. É gratuita a idéia de que o poder de Deus, gerador de vida, só na terra pudesse manifestar-se, e que para outros mundos lhe faltasse a fórmula… Não contraria, pois, a Religião, a hipótese de outras vidas além das que, atualmente conhecemos.
É admissível a existência de seres semelhantes aos homem, que se tenham mantido em estado de graça inicial (com Adão e Eva, antes do pecado) e, neste caso, serão criaturas superiores a nós; como é possível que também tenham decaído, podendo-se admitir, ainda, a mesma ou outra forma de Redenção.
No entanto, agora tornou-se evidente que, pelo menos no sistema solar, só é possível a vida em nosso planeta. Além disso, baseando-nos em comparações, é licita a hipótese de que, em todo o universo, seja a terra o único astro em que haja vida (excluindo-se, naturalmente, a Vida em Deus, nos anjos e almas de pessoas falecidas). A comparação com o plano biológico é bastante significativa: milhões de espermatozóides se perdem para que nasça um homem.
O que a Igreja e a Razão não aceitam é a geração espontânea. É simplesmente impossível a transição de uma ou várias matérias inorgânicas para um ser vivo.
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