A vocação de Maria: Exemplo de Fidelidade
08/08/2012As cores
13/08/2012As dinâmicas são instrumentos, ferramentas que estão dentro de um processo de formação e organização, que possibilitam a criação e recriação do conhecimento.
Para que servem:
– Para levantar a prática: o que pensam as pessoas, o que sentem, o que vivem e sofrem.
– Para desenvolver um caminho de teorização sobre esta prática como processo sistemático, ordenado e progressivo.
– Para retornar à prática, transformá-la, redimensioná-la.
– Para incluir novos elementos que permitem explicar e entender os processos vividos.
As técnicas participativas geram um processo de aprendizagem libertador porque permitem:
1. Desenvolver um processo coletivo de discussão e reflexão.
2. Ampliar o conhecimento individual, coletivo, enriquecendo seu potencial e conhecimento.
3. Possibilita criação, formação, transformação e conhecimento, onde os participantes são sujeitos de sua elaboração e execução.
Uma técnica por si mesma não é formativa, nem tem um caráter pedagógico. Para que uma técnica sirva como ferramenta educativa libertadora deve ser utilizada em função de temas específicos, com objetivos concretos e aplicados de acordo com os participantes com os quais esteja trabalhando.
Os elementos de uma dinâmica
Objetivos: Quem vai aplicar a dinâmica deve ter claro o que se quer alcançar.
Materiais-recursos: Que ajudem na execução e na aplicação da dinâmica (TV, vídeo, som, papel, tinta, mapas…). Outros recursos que podem ser utilizados em grupos grandes são o retroprojetor, exposições dialogadas, além de técnicas de teatro, tarjetas e cartazes.
Ambiente-clima: O local deve ser preparado de acordo, para que possibilite a aplicação da dinâmica (amplo, fechado, escuro, claro, forrado, coberto…), onde as pessoas consigam entrar no que está sendo proposto.
Tempo determinado: Deve ter um tempo aproximado, com início, meio e fim.
Passos: Deve-se ter clareza dos momentos necessários, para o seu desenvolvimento, que permitam chegar ao final de maneira gradual e clara.
Número de participantes: Ajudará a ter uma previsão do material e do tempo para o desenvolvimento da dinâmica.
Perguntas e conclusões: Que permita resgatar a experiência, avaliando: o que foi visto; os sentimentos; o que aprendeu. O momento da síntese final, dos encaminhamentos, permite atitudes avaliativas e de encaminhamentos.
Técnica quebra-gelo
– Ajuda a tirar as tensões do grupo, desinibindo as pessoas para o encontro.
– Pode ser uma brincadeira onde as pessoas se movimentam e se descontraem.
– Resgata e trabalha as experiências de criança.
– São recursos que quebram a seriedade do grupo e aproximam as pessoas.
Técnica de apresentação
– Ajuda a apresentar-se uns aos outros. Possibilitando descobrir: quem sou, de onde venho, o que faço, como e onde vivo, o que gosto, sonho, sinto e penso… Sem máscaras e subterfúgios, mas com autenticidade e sem violentar a vontade das pessoas.
Exige diálogo verdadeiro, onde partilho o que posso e quero ao novo grupo.
– São as primeiras informações da minha pessoa.
– Precisa ser desenvolvida num clima de confiança e descontração.
– O momento para a apresentação, motivação e integração. É aconselhável que sejam utilizadas dinâmicas rápidas, de curta duração.
Técnica de integração
– Permite analisar o comportamento pessoal e grupal. A partir de exercícios bem específicos, que possibilitam partilhar aspectos mais profundos das relações interpessoais do grupo.
– Trabalha a interação, comunicação, encontros e desencontros do grupo.
– Ajuda a sermos vistos pelos outros na interação grupal e como nos vemos a nós mesmos. O diálogo profundo no lugar da indiferença, discriminação, desprezo, vividos pelos participantes em suas relações.
– Os exercícios interpelam as pessoas a pensar suas atitudes e seu ser em relação.
Técnicas de animação e relaxamento
– Tem como objetivo eliminar as tensões, soltar o corpo, voltar-se para si e dar-se conta da situação em que se encontra, focalizando cansaço, ansiedade, fadigas etc. Elaborando tudo isso para um encontro mais ativo e produtivo.
– Estas técnicas facilitam um encontro entre pessoas que se conhecem pouco e quando o clima grupal é muito frio e impessoal.
– Devem ser usadas quando necessitam romper o ambiente frio e impessoal ou quando se está cansado e necessita retomar uma atividade. Não para preencher algum vazio no encontro ou tempo que sobra.
Técnica de capacitação
– Deve ser usada para trabalhar com pessoas que já possuem alguma prática de animação grupal.
– Possibilita a revisão, a comunicação e a percepção do que fazem os destinatários, a realidade que os rodeia.
– Amplia a capacidade de escutar e observar.
– Facilita e clareia as atitudes dos animadores para que orientem melhor seu trabalho grupal, de forma mais clara e livre com os grupos.
– Quando é proposto o tema/conteúdo principal da atividade, devem ser utilizadas dinâmicas que facilitem a reflexão e o aprofundamento; são, geralmente, mais demoradas.
Litúrgicas
– Possibilitam aos participantes uma vivência e uma experiência da mística, do sagrado.
– Facilitam o diálogo com as leituras bíblicas, com os participantes e com Deus.
– Ajudam a entrar no clima da verdadeira experiência e não somente a racionalização.
Observação: Outros autores ou organizações usam outra nomenclatura para definir os tipos de dinâmicas. Por exemplo, no livro “Aprendendo a ser e a conviver”, de Margarida Serrão e Maria C. Boleeiro, Editora FTD, 1999, as técnicas são divididas em Identidade, Integração, Comunicação, Grupo, Sexualidade, Cidadania, Projeto de Vida e Jogos para formação de subgrupos.
Equipe da Casa da Juventude Pe. Burnier,
CAJU, Goiânia, GO.
Artigo publicado na revista Mundo Jovem – edição 313, fevereiro de 2001, página 20.
Site: http://www.casadajuventude.org.br/
4 Comments
deserganizado
nao perdam tempo!
Gostei muito da pag. irá nos ajudar a melhorar ainda mais a catequese em nossa igreja. ABRAÇOS
Muito bom para os catequistas se manterem conectados.