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A história da doação de sangue começa em 1665 quando o médico Richard Lower realiza a primeira bem sucedida transfusão de sangue entre cachorros. Já em 1795, o médico americano Philip Syng Physick, realizou a primeira transfusão de sangue humano, contudo não publicou esta informação. Karl Landsteiner, em 1900 descobre os três primeiros grupos sanguíneos humanos, A, B e O. Seus colegas descobrem o quarto grupo o AB. Em 1915, Richard Lewisohn descobre uma forma de transformar a transfusão de sangue de direta em indireta, através da utilização do citrato de sódio como anticoagulante, embora esta técnica tenha revolucionado a transfusão de sangue, ela somente foi aceita 10 anos mais tarde. Entre 1939 e 1940, o fator RH é descoberto por Karl Landsteiner, Alex Wiener, Philip Levine e R. E. Stetson, e é reconhecido como a causa de grande parte das reações transfusionais. Em 1971, é iniciado o teste para se identificar Hepatite B. Em 1985, é licenciado e implementado nos bancos de sangue exames para se detectar o HIV. Em 1990, é introduzido exame específico para a Hepatite C.
A doação de sangue é realizada através da coleta de sangue de um doador para que ele possa ser utilizado para tratar outra pessoa.
No Brasil são coletados 3,6 milhões de bolsas de sangue por ano, o que corresponde a apenas 1,8% da população doando sangue. Embora esse percentual esteja dentro dos parâmetros da Organização Mundial da Saúde (OMS), a instituição busca aumentar esse índice reduzindo a idade mínima de 18 para 16 anos (com autorização dos responsáveis) e aumentando a idade máxima de 67 para 69 anos.
A OMS comemora, desde 2005, o dia 14 de junho como o Dia Mundial do doador de sangue, data que tem como intuito conscientizar a importância do ato e homenagear os voluntários que já praticam a doação.
* Uma única doação pode salvar até 4 vidas.
* A doação de sangue não afina nem engrossa o sangue.
* Glóbulos brancos ou leucócitos são células responsáveis pela defesa do organismo contra infecções.
* Uma unidade de sangue total doado pode ser fracionada em concentrado de hemácias, plasma, concentrado de plaquetas e crioprecipitado.
*Para o homem, após uma doação de 450 ml de sangue, o plasma é reposto em 48 a 72 horas, os glóbulos vermelhos em aproximadamente 4 semanas e o estoque de ferro em aproximadamente 8 semanas.
* Para a mulher, após uma doação de 450 ml de sangue, o plasma é reposto em 48 a 72 horas, os glóbulos vermelhos em aproximadamente 4 semanas e o estoque de ferro em aproximadamente 12 semanas.
* O volume total de sangue a ser doado não pode exceder 8 ml / kg de peso para as mulheres e 9 ml / kg de peso para os homens. O volume máximo admitido em uma doação é de 450 ml ± 50 ml, aos quais podem ser acrescidos até 30 ml para realização dos exames laboratoriais exigidos pelas leis e normas técnicas.
* Todo sangue doado é testado para seis doenças infecciosas transmissíveis pelo sangue: Hepatite B, Hepatite C, HIV, HTLV, Sífilis e doença de Chagas.
* O doador não corre risco de contrair doenças infecciosas. Não há risco de contrair AIDS ou Hepatite com a doação de sangue.
* No Brasil as mulheres representam menos de 40% dos doadores de sangue.
Igreja Católica não proíbe a transfusão de sangue. O próprio Papa João Paulo II afirmou que “a doação de sangue é um grande gesto de solidariedade”(Discurso do Santo Padre a vários grupos de peregrinos jubilares, Sábado, 21 de Outubro de 2000). Além disso, o que o Catecismo da Igreja Católica ensina a respeito do transplante de órgãos pode ser aplicado à transfusão de sangue:
2296. “O transplante de órgãos não é moralmente aceitável se o doador ou seus representantes legais não deram para isso explícito consentimento. O transplante de órgãos é conforme à moral e pode ser meritório se os perigos e os riscos físicos e psíquicos a que se expõe o doador são proporcionais ao bem que se busca no destinatário”.
Via Veritatis Splendor
Embora a ciência tenha avançado muito e feito várias descobertas na área da saúde, ainda não foi encontrado um substituto para o sangue humano. Sendo assim, quando uma pessoa necessita de uma transfusão de sangue, ela só pode contar com a colaboração de voluntários.
Existem muitas situações que uma pessoa pode necessitar de uma transfusão, como por exemplo:
* Pacientes vítimas de acidentes de carro;
* Pacientes com queimaduras;
* Pacientes anêmicos;
* Pacientes com problemas de coagulação no sangue.
As transfusões são realizadas por diversos motivos, alguns deles são:
* Aumentar a capacidade do sangue de transportar o oxigênio;
* Restaurar o volume sanguíneo do organismo;
* Melhorar a imunidade;
* Corrigir distúrbios de coagulação.
No Brasil, pessoas entre 16 e 69 anos podem doar sangue. Para os menores de 18 anos é necessário o consentimento dos responsáveis e, entre 60 e 69 anos, a pessoa só poderá doar se já o tiver feito antes dos 60 anos. Além disso, é preciso pesar, no mínimo, 50 quilos e estar em bom estado de saúde. O candidato deve estar descansado, não ter ingerido bebidas alcoólicas nas 12 horas anteriores à doação e não estar de jejum. No dia da doação, é preciso levar documento de identidade com foto.
A frequência máxima é de quatro doações anuais para o homem e de três doações anuais para a mulher. O intervalo mínimo deve ser de dois meses para os homens e de três meses para as mulheres.
Via Fundação Pró Sangue
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