“Mas quem profetiza fala aos homens: ele edifica, exorta, encoraja. Quem fala em línguas edifica a si mesmo, mas quem profetiza edifica a assembléia. Desejo que todos vós faleis em línguas, mas prefiro que profetizeis” (1Cor 14,3-5a).
No dom de línguas, estamos falando a Deus, não aos homens. Mas os homens precisam que a mensagem lhes seja anunciada. Daí a importância do que S. Paulo diz no trecho acima.
Quando Deus nos dá uma palavra de profecia, a assembléia inteira é edificada.
Às vezes, temos uma noção errada a respeito da profecia. Pensamos que se trata de adivinhar o futuro. Nada disso: profeta é aquele que fala em nome de Deus, ou melhor, é um instrumento que Deus precisa.
Profecia, ou palavra de profecia, é justamente a palavra que Deus expressa por intermédio de alguém. Nada a ver com adivinhar o futuro.
Como acontece a palavra de profecia?
Quando estamos em cima de oração, nasce em nós, em nosso coração, em nossa mente, uma palavra:
“Confiai em mim, porque eu sou o vosso Senhor. Ponde vossa confiança unicamente em mim, porque estais cercados por muitos falsos profetas, por muitas insinuações do mal. Ponde vossa confiança em mim!
Eu sou o vosso Senhor, conduzo vossas vidas, vosso presente, vosso futuro. Confiai em mim, ponde vossa total confiança em mim. Eu sou vosso Senhor, deixai-me conduzir vossas vidas, deixa-me ser vosso Senhor”.
A palavra de profecia vem dessa maneira, em primeira pessoa. Na verdade, não sou eu que estou falando. É Deus mesmo falando à assembléia.
A palavra de profecia não é empréstimo de uma frase da Bíblia. Não é repetir o que nos vem na cabeça. Quando estamos num ambiente de oração, oramos, cantamos em línguas; podem vir à nossa mente palavras da Bíblia, o que é ótimo, podem vir até palavras na primeira pessoa, como: Eu sou a Luz do mundo! Eu sou o Bom Pastor! Ótimo. Deixe palavras como estas brotarem em você, acolha-as; é Deus quem inspira. Mas profetizar não é repetir frases bíblicas.
Quando a palavra é de profecia, ela vem e é insistente. No início, quando não estamos acostumados, começamos a ter palpitações, sentimo-nos sufocados! A palavra de profecia é uma ordem imperiosa, ela quer se apresentar. Depois, quando já estivermos acostumados, não há mais palpitação, nos tornaremos mais dóceis e percebemos quando é palavra de profecia!
Na palavra de profecia, o próprio Deus nos fala, às vezes consolando, às vezes exortando, noutras repreendendo. E é interessante notar que o efeito da palavra de profecia sobre a assembléia é muito positivo. A palavra de profecia muda o ambiente do grupo de oração. O efeito da palavra de profecia faz diferença dentro de nós. Quando há palavras que não são de profecia, o ambiente fica pesado, monótono, o que prejudica a oração.
Com a palavra de profecia não é assim: nós a recebemos e sentimos “aquela sensação gostosa”. Mesmo quando é severa, percebemos que vem de Deus, e isso eleva o grupo todo, eleva a oração. Há mais unção, mais força, mais espontaneidade.
Duas ou três palavras de profecia em um grupo de oração se transforma!
Precisamos abrirmos ao dom de profecia! Precisamos cultivar o dom de profecia.
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