No Encontro anterior a catequista orienta os catequizandos para que tragam uma mochila com algumas coisas básicas para uma viagem de um dia: Um lanche, algo para beber, uma blusa de frio, enfim, o que estão acostumados levar quando vão visitar alguém que mora em outra cidade por um dia inteiro.
No dia do Encontro, a Catequista pergunta se estão todos prontos para viagem, se estão ansiosos para saber qual o destino, entre outras coisas.
A Catequista convida a todos para uma breve oração pedindo que Deus seja o Guia Turístico nesta Viagem, que Ele envie o Espírito Santos para ser o motorista e Nossa Senhora para ser a Tradutora para o caso de alguém não entender o idioma. Pede ainda para que Deus providencie seu Exército de Anjos para guardar a Excursão de qualquer ataque do inimigo, seja ele, distração, dor nas pernas, sono, etc.
Terminada a oração inicial, a catequista inicia a Viagem abrindo a porta da Igreja, e dizendo: Este é o nosso Destino Secreto. É aqui o local onde Deus realiza grandes coisas na vida do Ser Humano e onde Ele Materializa todo Seu Amor por nós, quando novamente se transforma em pão e se entrega a nós.
A porta e o átrio
Geralmente as Igrejas tem a porta principal e portas laterais, para facilitar o fluxo de pessoas.
As chaves da Igreja ficam com o padre, com os ministros, e também com as pessoas que zelam pelo espaço físico. Mas atenção: o pároco sempre deve ter o conhecimento daqueles que possuem a cópia da chave, uma vez que ali se encontra um Grande Tesouro!
Depois da Porta principal, encontramos o átrio, ou seja, um espaço vazio, um hall. Este pequeno espaço serve para separar o que está fora (no mundo) do que está dentro (o Sagrado).
Neste momento a catequista pede que todos deixem suas mochilas acomodadas ali, para que não levem peso, e aproveitando convida a todos para que deixem seus problemas, suas preocupações, suas rixas, tudo que veio de fora para deixar ali, junto com as mochilas.
Este local também serve para que não entre tanto barulho, ruído da rua para dentro da Igreja, e também para proteger da chuva, e para conversar com algum conhecido.
A nave ou lugar dos fiéis
Vamos então penetrar no interior da igreja. Antes de avançar olhem com atenção. Estamos na parte mais ampla da igreja. É um grande salão, não é?
Chama-se lugar dos fiéis, porque é aí que os fiéis estão durante a missa; também se chama nave, porque, pelo seu feitio e altura parece um grande navio ou uma grande nave.
Neste local, é preciso fazer silêncio, admirar a beleza e a grandiosidade de Deus. Convida a todos para respirarem fundo e sentirem que até mesmo a atmosfera é diferente dentro da Igreja.
Esta parte pode ter várias formas: pode ser retangular, quadrada, ou em semicírculo. Quase sempre há capelas laterais ao longo da nave, mas pode não haver. As igrejas mais antigas têm imagens de santos encravadas em pequenos nichos, espaço para oração, colocação de flores, etc.
O presbitério
Passemos agora da nave da igreja para a outra parte, menor, onde está o altar (explicar neste momento que quando se sobe os degraus não é o altar, muito fieis confundem e chamam o presbitério de altar). Chama-se a esta segunda parte da igreja de presbitério. É o espaço que num templo ou catedral que precede o altar-mor. Esta palavra vem de presbítero, que é outro nome que se dá aos padres. Assim como a nave é o lugar dos fiéis, o presbitério é o lugar dos presbíteros e de todos os ministros da liturgia, dos coroinhas, dos leitores.
Reparem que subimos um, dois ou mais degraus para chegarmos a esta parte, pois ela está num plano superior à nave dos fiéis. É como num teatro, onde o palco também está acima da plateia. Para quê? Para se ver bem o que aí se passa. Na igreja é a mesma coisa. Para se ver bem o que aí se faz, o presbitério está em plano superior à nave. Indica também respeito.
No presbitério encontra-se aí o altar, a cadeira presidencial, o ambão, o sacrário, bancos ou cadeiras para os ministros, e uma mesa, chamada credência, onde se colocam as coisas necessárias para a celebração da Missa.
A capela batismal
Algumas igrejas possuem ainda um lugar próprio para fazer os batismos. Pode ser uma capela ou uma pia batismal. As pias batismais podem ter muitos feitios: redondas, quadradas ou poligonais. As pias em formato arredondado lembram o útero materno, onde são gestados os bebês. Algumas são divididas ao meio, para de um lado ficar a água limpa que se utiliza no batismo, e no outro se deitar essa água na cabeça dos batizandos, tanto crianças como adultos. Outras não são divididas: têm apenas um espaço amplo interior. Antigamente não havia pias batismais, mas verdadeiras piscinas, onde todas as pessoas eram batizadas dentro da água.
A pia batismal é um espaço muito especial, é onde recebemos a vida nova que Deus nos dá pela água e pelo Espírito Santo. Já houve tempos em que os fiéis, quando entravam na igreja paroquial, iam sempre beijar a pia batismal.
Mezanino e espaço para corais e músicos
Muitas Igreja possuem um pequeno local onde ficam os corais, responsáveis pelos louvores e cantos da Missa.
A sacristia e outros lugares da igreja
Também fazem parte do interior do edifício da igreja a sacristia, onde se guardam as vestes litúrgicas e outras coisas necessárias às celebrações. Podem também ter salas de reunião e dependências para guardar imagens e outras coisas.
Informá-los que em momento futuro serão apresentados a eles os objetos litúrgicos. (Cumprir esta promessa ok?).
A capela do Santíssimo Sacramento ou o Sacrário
Nos primeiros tempos da Igreja o pão consagrado para as pessoas muito doentes poderem comungar, guardava-se numa caixa fechada, na Sacristia. Depois veio outro tempo em que, em cada igreja havia sempre uma capela do Santíssimo Sacramento. Era aí que, depois da missa, se guardava o pão consagrado num “cofre” fechado a chave, que se chama sacrário ou tabernáculo.
Mais tarde o sacrário começou a ser colocado no presbitério. É assim que continua a ser na maioria das igrejas. Nas Igrejas mais novas tem se construído uma capela do Santíssimo, que também serve para se rezar em silêncio, quando se entra na igreja ou em outros momentos.
Neste momento vamos parar para nos alimentar, mas de alimento espiritual. Em muito silêncio vamos nos prostrar e adorar Aquele que mais nos amou, Aquele que se entregou na cruz por nós, Aquele que cuida, zela, ampara. O Nosso Verdadeiro e Único Deus, que está bem aqui presente, próximo, para que nós possamos abraça-lo, deitar em seu colo…
Ficar em silêncio por alguns momentos e deixar o Espírito Santo passear em nosso meio.
Considerações Finais
Deixar os pais de sobreaviso que não vão sair da cidade. Mas não dar detalhes da “viagem” para não estragar a surpresa.
O catequista deve estar preparado para falar do interior da igreja, mas caso julgue necessário poderá convidar um ministro, seminarista ou até mesmo um padre para ajudá-lo, pois certamente surgirão dúvidas.
Depois, podem ir para a praça da igreja fazerem um piquenique com o lanche que levaram.
Site de apoio: Acólitos
Por Roselle Mariane Melan Medeiros
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