É interessante abrir espaços de comunhão com as famílias dos crismandos. Na família temos ainda o meio que mais influencia (e, por vezes, angustia) o jovem.
Sugerimos visitas domiciliares, momentos celebrativos específicos ou inseridos na agenda comum da comunidade, encontros dos catequistas com os pais, padrinhos (se houver) e crismandos, incluindo entrosamento, reflexão, oração e lazer.
Esse trabalho pode surtir melhor efeito se for planejado e executado em parceria com a pastoral da família.
Questões como alcoolismo, desemprego, assistência de doentes etc., que podem envolver a vida do jovem e de seus familiares, serão melhor assistidos se a equipe de catequistas trabalhar em sintonia com a comunidade.
Objetivo
Propiciar aos jovens momentos de reflexão sobre sua família e o seu lugar dentro dela. Enfatizar a família como berço da aprendizagem para realização pessoal, para comunhão, diálogo e missão. Entender o conflito entre gerações como processo natural de ajustamento entre pessoas de épocas e idades diferentes, e ver ali uma oportunidade de crescimento mútuo. Perceber que cada um dá o melhor que tem, sempre, e não há fórmula ou norma que ensine cem por cento como ser pai, mãe, irmão ou filho. Vai-se experimentando e aprendendo.
Estratégias
Cantar a música “Pais e Filhos” (Legião Urbana), analisando alguns trechos da letra. Celebrar as descobertas partilhadas no grupo. Em seguida, fazer memória do encontro anterior.
Objetivo
Buscar fatos reais, com testemunhos sobre famílias bem-estruturadas e sobre famílias em crise e com grande grau de desajustamento.
Material necessário
À escolha de cada grupo.
Desenvolvimento
1°passo – Na semana anterior ao encontro, dividir a turma em pequenos grupos, a fim de que consiga o maior número possível de testemunhos sobre a família (alegrias e frustrações). As técnicas utilizadas podem ser: entrevista, questionário, pesquisa em televisão, jornais, revistas…
2°passo – Apresentar o que foi coletado de forma criativa: vídeo, fita cassete, ilustrações, testemunho por escrito… (avisar a equipe de catequistas para que possa trazer os equipamentos necessários).
3°passo – Após as apresentações, abrir espaço para os comentários dos grupos. Levantar temas como liberdade, responsabilidade e matrimônio. Aproveitar os testemunhos vindos deles mesmos, se sentirem impelidos a tal, sem constrangimentos. No fundo, a grande pergunta é: “Como formar uma família cristã?”.
Objetivo
Analisar-se dentro da própria família.
Material necessário
Cartaz com a palavra “família”, tiras de papel, pincel atômico, cartões coloridos (branco, vermelho, azul e cinza) ou ilustrações que tenham o mesmo sentido.
Desenvolvimento
1 °passo – Apresentar a palavra “família” num cartaz. Cada um escreve numa tira de papel uma frase que demonstre como se sente dentro de sua própria família.
2°passo – O jovem deverá escolher uma cor para relacionar com sua tira de papel, de acordo com o conteúdo que escreveu: branco (calmaria), vermelho (agitação), azul (alegria) e cinza (tristeza). Essas cores podem ser substituídas por fotos ou ilustrações que tenham o mesmo sentido.
3ºpasso – Cada um poderá conversar sobre sua frase e a cor escolhida.
4°passo – É oportuno que o catequista anote discretamente nas fichas de inscrição os relatos dos crismandos, para ter um perfil mais claro das famílias que está acompanhando.
O jovem e a família
A infância é um período em que a criança se vê como uma continuidade e parte da família.
Na adolescência (dos 12 anos em diante) se inicia a busca de direcão da própria vida, na qual o indivíduo já se apresenta formado (em termos) para começar a se perguntar sobre o seu futuro e o sentido da sua existência (é forte e importante a busca mais séria por uma vocação e uma profissão).
É tempo de aprender a se assumir. Antes desse período, a família pode ter influência marcante sobre a criança, mas, agora, a sociedade e o seu meio é que vão influenciar o jovem, apresentando-lhe novos valores. Nessa fase o adolescente forma o seu grupo de amigos e se abre para o mundo e seus valores. A família não vai ter mais tanta influência. Agora é o momento em que o jovem vai confrontar os valores recebidos dos pais com os do mundo.
A grande crise chega justamente aí, pois o adolescente pode encontrar amigos que renegam os valores que ele adquiriu na família substituindo-os por contravalores (droga, abuso sexual ou outros vícios). Também pode acontecer do jovem encontrar um grupo ou uma pessoa amiga que o ajude a superar problemas causados pela família, incutindo nele novos valores. Portanto, na adolescência a família passa a dividir as influências com o meio em que o jovem vive.
O que vem a ser a família?
A família é constituída basicamente pela comunidade formada pelo casal e seus filhos, onde se busca viver um ambiente de amor e colaboração. A família representa a célula primária da sociedade, e de seu agrupamento múltiplo surgem a nação e o Estado.
Trata-se de uma comunidade natural e universal, desejada por Deus e que deixa marcas indeléveis em todos os homens. Não é possível fazer uma descrição precisa da família, pois, como tudo o que é humano, ela se encontra sempre em processo de mudança. Ainda mais em nossos países, onde podemos dizer que a família encontra-se claramente em crise em virtude das migrações em massa, do crescimento demográfico, das separações de casais… Como as vivências religiosas primárias e duradouras estão intimamente ligadas à experiência familiar, pode-se imaginar perfeitamente a importância religiosa desse problema.
(J. L. Idígoras, Vocabulário teológico para a América Latina. São Paulo, Ed. Paulinas, 1983, p. 151)
Num local apropriado, colocar um copo de água e, ao lado, um comprimido efervescente (com sabor laranja ou outro) ainda embrulhado (Sonrisal etc.).
Comparar nossa participação na família com três situações:
• o efervescente fora da água (estar ausente);
• o efervescente dentro da água, mas envolto no papel (estar parcialmente presente, às vezes a gente não se integra com o que está acontecendo em casa);
• o efervescente dissolvido na água (sem perder a identidade, participar da vida da família dando-lhe novo sabor).
Num momento de silêncio, cada um analisa sua situação e pede a Deus para abrir-se aos seus familiares. Enquanto alguém coloca o efervescente na água para dissolver, ler Efésios 6,1-4.
Citações Bíblicas
• diálogo e compreensão entre pais e filhos: Efésios 6,1-4 (livro do crismando);
• quem aceita os conselhos dos pais vive melhor: Provérbios 1,8-9; 4,1-4;
• a educação do Pai na comunidade: Hebreus 12,4-8
gostei por demais de ideais.