“Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar.”
(Jo 14,2)
“Um amigo que partiu, saudade ele deixou.
Me ensinou com seu sorriso uma lição que me tocou.
Bem antes de partir levado pela fé
disse: ‘Agora vou pro Céu e vou ver como é que é.
Diga adeus pros meus amigos e pra quem me quis em paz.
Tô voltando para quem me fez… Vou amá-lo muito mais’.”
(Padre Zezinho, Uma folha que caiu)
Neste mês em que celebramos o Dia de Finados, enquanto a Terra se cobre de saudade e o Céu se preenche de memórias, contemplamos a temática da morte sob a luz da ressurreição de Cristo, que nos oferece a promessa de vida eterna. Na tradição cristã, a Páscoa de Cristo é o alicerce de nossa fé, um farol de esperança que ilumina as sombras do luto e nos conduz ao entendimento da morte como um portal para uma vida eterna.
A morte é uma realidade inevitável da condição humana. Ela nos confronta com o desconhecido, com a separação de entes queridos e a incerteza do que está por vir; no entanto, a fé cristã nos ensina que, por meio do sacrifício de Cristo e sua ressurreição gloriosa, a morte não é o fim da jornada, mas, sim, o início de uma nova vida na presença de Deus.
A ressurreição de Jesus é o alicerce de nossa esperança na vida eterna. Ela nos revela que a morte não é o ponto final, mas, um ponto de passagem para uma realidade além da compreensão humana. O apóstolo Paulo nos assegura que, como Cristo ressuscitou dos mortos, assim também nós ressuscitaremos por sua graça. A esperança da ressurreição é a promessa da vida eterna, em que a morte não terá mais domínio nem haverá dor, lágrimas ou sofrimento.
O Dia de Finados, em que visitamos os túmulos de nossos entes queridos e recordamos suas vidas, é uma oportunidade para renovarmos nossa fé na ressurreição de Cristo e na promessa da vida eterna. É um momento para nos lembrarmos de que, mesmo diante da tristeza da separação, há uma razão para a esperança, uma razão para crer que o amor e os laços familiares não são rompidos pela morte, eles são alicerçados pela eternidade.
A morte, quando vista à luz da ressurreição de Cristo, não é um adeus definitivo, mas um até breve. Nossos entes queridos que partiram antes de nós estão, em Cristo, em um estado de paz e alegria que não podemos imaginar. Eles esperam por nós na comunhão eterna com Deus.
Nessa ocasião, lembremos não apenas da morte, mas também da esperança da vida eterna que Cristo nos oferece. A promessa da ressurreição nos inspira a viver com gratidão, amor e compaixão, sabendo que nossa vida na Terra é uma preparação para a vida eterna com Deus. A morte perde seu poder quando confiamos na promessa da ressurreição.
Assim, nesse dia de memórias e saudades, celebremos a esperança em Cristo, que transforma a morte em um caminho para a vida eterna. Que a promessa da ressurreição nos guie e nos console, trazendo luz e conforto aos nossos corações em meio à escuridão da morte.
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