Reflexão sobre o advento
11/11/2020Vamos falar sobre o tempo litúrgico?
13/11/2020A vocação do catequista representa o cumprimento objetivo da missão que Jesus Cristo nos designou: “Ide, pois, fazer discípulos entre todas as nações e batizai-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Ensinai-os a observar tudo o que vos tenho ordenado” (Mt 28,19-20). E por isso disse o Papa João Paulo II: “Eis porque entendeis preparar e formar catequistas, que deverão procurar antes de mais aprofundar e viver pessoalmente o mistério de Cristo, para depois fazer que outros dele participem”. Essa é a orientação primordial, antes de tudo, ser exemplo da vida em Jesus Cristo e aprofundar-se no estudo para ensinar e transmitir seus ensinamentos.
O livro do Atos dos Apóstolos inicia dizendo que Jesus “fez e ensinou” (At 1,1). Não por acaso, primeiro fez e depois ensinou. Ou seja, o próprio Cristo era exemplo de Seus ensinamentos e pede que façamos o mesmo. Ao ensinar as essenciais virtudes cristãs, que são o serviço e a humildade, Jesus lavou os pés de Seus discípulos e pediu que lavassem os pés uns dos outros. As palavras com que ensina são bem claras: “Dei-vos o exemplo, para que façais assim como eu fiz para vós” (Jo 13,15).
Notem a maestria da lição, Jesus lava os pés de Seus discípulos. Pedro resiste e é alertado: “Agora não entendes o que estou fazendo; mais tarde compreenderás” (Jo 13,7). Ainda assim, Pedro O questiona mais uma vez, e recebe nova explicação sobre o significado daquele ato. Só após dar exemplo e lavar os pés de todos ali, Jesus se coloca em seu lugar de mestre e pergunta: “Entendeis o que eu vos fiz?” (Jo 13,12) e prossegue com a lição que tinha que passar aos Seus discípulos. Façamos, nós, o mesmo.
O catequista deve ser exemplo
A Igreja Católica tem seus pilares em São Pedro e São Paulo. O primeiro, homem simples e humilde, que foi exemplo de vida cristã. Nas palavras do Evangelho, Pedro é muitas vezes repreendido por Jesus, porque errava, não entendia as coisas de Deus e insistia no julgamento dos homens. E então se tornou a pedra fundamental da Igreja, porque é como nós, não compreende as coisas de Deus, mas tem fé, ama e confia em Jesus, ouve o Mestre e aprende com Ele. Seja assim, catequista! Mas não é só.
Paulo, por sua vez, era um homem culto, e dedicou-se aos ensinamentos da Doutrina, ao estudo e a espalhar a Palavra. Suas cartas nos orientam até hoje, auxiliando no entendimento dos ensinamentos de Jesus. Também assim deve ser o catequista. Não só exemplo de serviço, mas de dedicação e estudo da Doutrina. Deixo uma dica: a Exortação Apostólica Catechesi Tradendae de Sua Santidade Papa João Paulo II, com o link nas referências, que certamente será de grande inspiração.
Todos nós catequistas devemos nos lembrar: primeiro fazer e depois ensinar. Ser exemplo de vida e inspiração para os catequizandos é fundamental, mas também é preciso conhecer a Palavra, a Doutrina e as diretrizes da Igreja. Confiamos em uma Igreja de mais de dois mil anos, fundada pelo próprio Cristo. Estejamos atentos às palavras do Papa, às orientações do Bispo e às lições do pároco. Que o Espírito Santo de Deus seja a chama que fortalece nossa vocação de catequistas. Que assim seja! Bons encontros!
Referências:
Link Catechesi Tradendae: http://www.vatican.va/content/john-paul-ii/pt/apost_exhortations/documents/hf_jp-ii_exh_16101979_catechesi-tradendae.html
BÍBLIA SAGRADA. Tradução da CNBB, 18 ed. Editora Canção Nova.
PAPA JOÃO PAULO II. Discurso às comunidades neocatecumenais vindas de todas as partes do mundo. Roma, 10 fev. 1983.
Por Luis Gustavo Conde, via Canção Nova