Na maioria das Comunidades, o mês de março assinala o início da catequese com as crianças e os adolescentes. E, no início dessa caminhada de fé e discernimento, nada melhor do que esses pequenos conhecerem bem a “ferramenta” de trabalho que usarão durante toda a “viagem” pela história do Povo de Deus: a Bíblia, instrumento de comunicação de um Deus amor.
Porém, quando falamos da Sagrada Escritura para esses iniciantes, a primeira ideia que se tem é que ela nasceu de uma hora para outra. Por isso, é importante ajudá-los a conhecer sua história e como ela foi escrita e por quem foi escrita.
A Bíblia não foi escrita da noite para o dia, tampouco por uma única pessoa, mas por homens e mulheres, sob a inspiração de Deus.
Primeiro, o povo viveu acontecimentos que marcaram suas vidas!
Depois, esses acontecimentos ficaram guardados na memória. Durante muitos séculos, foram sendo contados de viva voz às outras pessoas, até que, num determinado momento em que o povo viveu uma situação semelhante à do passado, esses fatos foram escritos.
Mais tarde, esses escritos foram reunidos e assim se formou a Bíblia. Dizemos que o texto sagrado foi escrito a várias mãos, isto é, por várias pessoas da comunidade.
Lâmpada para os pés
A palavra Bíblia vem do grego e significa “os livros”. No entanto, mais do que um livro, ela é uma biblioteca composta de 73 livros que narram a história e os fatos do povo de Israel, o povo escolhido, do qual nós hoje somos descendentes. Ela contém a mensagem de Deus revelada a seu povo. A Palavra de Deus torna-se para nós “lâmpada para os pés, e luz para o caminho” (Salmo 119,105).
Deus sempre se mostrou preocupado com sua criação e, através da Sagrada Escritura, ele se comunica com seu povo, como nos diz um importante documento do Concílio Vaticano II: “Nos livros sagrados, o Pai que está no céu vem amorosamente falar a seus filhos. É tão grande a força e a virtude da Palavra de Deus, que ela sustenta e dá vigor à Igreja, confirma a fé de seus filhos, alimenta a alma, jorra como fonte pura e perene da vida espiritual” (Dei Verbum, 21).
Pe. Jorge Paulo da Silva Sampaio
Santuário Nacional de
Nossa Senhora Aparecida
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