Entramos na segunda semana da 56ª Assembleia Geral (AG) da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que acontece de 10 a 20 de abril, em Aparecida (SP). Esta edição reúne 477 bispos católicos do país e tem como tema central “Diretrizes para a formação de presbíteros”.
O Prior Provincial da Província Carmelitana de Santo Elias, Frei Evaldo Xavier Gomes, O.Carm., participa da AG como assessor. Ele é o consultor canônico da CNBB e também é secretário de duas comissões específicas: para a revisão do texto dos Estatutos da entidade e para o Acordo Brasil Santa Sé. Ambas terão sessões especiais durante a AG. A sugestão para o novo texto dos estatutos está sendo avaliada pelos bispos reunidos em Aparecida e em 2018 são celebrados os 10 anos da assinatura do Acordo entre o governo brasileiro e a Santa Sé.
Ao falar com a equipe do Site Carmelitas, Frei Evaldo destacou a importância da Assembleia para a vivência da comunhão entre as dioceses do Brasil.
“Toda Assembleia Geral da CNBB é um momento muito especial de eclesialidade e demonstração da unidade da Igreja católica no Brasil. Aqui temos reunidos os bispos, administradores diocesanos, administradores apostólicos e assessores de diversas comissões. Todos reunidos para discutir a vida da Igreja no Brasil e seus principais problemas”, disse.
Sobre o tema central deste ano, o Prior Provincial vê nesta escolha a sadia preocupação dos bispos quanto a excelência na formação dos novos presbíteros em todo o território nacional.
“O tema central dessa edição demonstra o quanto é importante para a Igreja no Brasil ter um um sacerdote bem formado, seja na doutrina, seja no exercício do ministério, seja na sua integração pessoal, psicológica e vocacional”, destacou Frei Evaldo, complementando que tudo isso tem como horizonte o bem que esses presbíteros devem fazer ao povo de Deus no exercício de sua missão sacerdotal. “Com isso vemos como a Igreja está preocupada e busca cada vez mais ser fiel e dedicada à sua missão no nosso país, em favor do povo brasileiro”, concluiu.
Perguntado sobre a revisão dos estatutos da CNBB, o Prior explicou que a necessidade se dá devido às mudanças na sociedade e também na configuração da Conferência Nacional ao longo dos 17 anos passados desde a aprovação do texto que atualmente está em vigor.
“Os atuais estatutos são de 2001, portanto, de 17 anos atrás. Estão sendo revisados para melhor estarem adaptados aos tempos atuais, bem como às necessidades e à grande dimensão da CNBB, que é a maior conferência episcopal do mundo, com mais de 400 membros. Vivemos num país de dimensões continentais e os Estatutos devem atender essas necessidades de grandes proporções e grandes desafios”, explicou.
Por fim, Frei Evaldo destacou a celebração dos 10 anos da assinatura do Acordo Jurídico entre o Brasil e a Santa Sé, que será lembrado numa sessão especial durante a 56ª Assembleia Geral. O documento dá amparo aos direitos essenciais ao desenvolvimento da missão da Igreja no Brasil e trata da personalidade jurídica da Igreja Católica no país.
Vídeo e foto: Adielson Agrelos
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