O lema da edição deste ano da Semana Nacional do Migrante é: “Braços abertos sem medo de acolher”, enfatizando o discurso do Pontífice no lançamento da campanha, no mês de setembro de 2017, quando o Papa Francisco convocou a todos para caminharmos junto dos migrantes, propondo como a Igreja deve responder aos desafios atuais e urgentes quanto à acolhida dos refugiados e migrantes nos dias atuais.
No Ângelus do último domingo (17/06), o Papa Francisco fez votos de que os países que estarão envolvidos nas consultas para adotar um Pacto Mundial sobre refugiados, “cheguem a um acordo para assegurar, com responsabilidade e humanidade, assistência e proteção a quem é obrigado a deixar o próprio país”.
Sobre o Dia Mundial do Refugiado, o Pontífice também destacou o fato da data, promovida pelas Nações Unidas, ser uma oportunidade para “chamar a atenção para o que eles vivem, muitas vezes com grande ansiedade e sofrimento, os nossos irmãos forçados a fugir de suas terras devido a conflitos e perseguições. Um dia que, este ano, é o centro das consultas entre os governos para a adoção de um Pacto Mundial sobre Refugiados, que deve ser adotado em até um ano, como aquele para uma migração segura, ordeira e regular”.
O Santo Padre fez também um apelo à solidariedade a cada um de nós:
“Mas também cada um de nós é chamado a estar perto dos refugiados, a encontrar momentos de encontro com eles, a acolher e a valorizar sua contribuição, para que também eles possam se integrar melhor nas comunidades que os recebem. Neste encontro e neste recíproco apoio e respeito, está a solução de muitos problemas”.
Por meio de um tweet o Papa Francisco recordou o drama das migrações, relançando a campanha da Caritas “Share the Journey”, em favor dos migrantes: “Compartilhemos com gestos concretos de solidariedade o caminho dos migrantes e dos refugiados. #sharejourney http://journey.caritas.org/gwa18/”.
A Cáritas Brasileira promoveu, de 12 a 14 de junho, em Brasília (DF), o Seminário Internacional de Migrações e Refúgio, com o tema: “Caminhos para a cultura do encontro”.
Participaram migrantes e refugiados que vivem no Brasil, representando cerca 50 países, além do arcebispo de Manila, Filipinas, e presidente da Cáritas Internacional, Cardeal Luis Antonio Tagle, agentes Cáritas, Igrejas Cristãs, denominações religiosas, agentes de pastoral, agências de cooperação e governos, no total de 200 pessoas.
O objetivo do Seminário foi refletir sobre a realidade das pessoas migrantes e refugiadas, na perspectiva global e local, para assim oportunizar a criação e fortalecimento de redes de organizações das Igrejas, denominações religiosas, sociedade civil e governo que atuam junto aos migrantes a refugiados. A proposta é mobilizar as forças existentes na direção do que o Papa Francisco afirma como ações necessárias na garantia dos direitos e da dignidade das pessoas em situação de migração e refúgio: acolher, proteger, promover e integrar.
Fonte: Vatican News e Cáritas Brasileira
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