As hepatites virais representam um sério problema de saúde pública tanto no Brasil quanto no mundo. Essas infecções atingem o fígado, podendo causar desde alterações leves até graves. Frequentemente, as hepatites são silenciosas, ou seja, não apresentam sintomas evidentes. No entanto, quando os sintomas surgem, podem incluir cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.
No Brasil, os vírus mais comuns que causam hepatite são o A, B e C. Além desses, o vírus da hepatite D é mais frequente na região Norte do país, enquanto o vírus da hepatite E é raro no Brasil, sendo mais comum na África e na Ásia.
As infecções pelos vírus das hepatites B e C têm grande probabilidade de se tornar crônicas. Muitas vezes essas infecções são assintomáticas, levando muitas pessoas a desconhecer que estão infectadas. Isso permite que a doença progrida por décadas sem diagnóstico adequado, comprometendo o fígado e podendo causar fibrose avançada ou cirrose, que são condições que podem evoluir para câncer hepático e exigir transplante do órgão.
Essas infecções têm um impacto significativo, resultando em aproximadamente 1,4 milhões de mortes anuais no mundo, seja por infecção aguda, câncer hepático ou cirrose relacionada às hepatites. A taxa de mortalidade da hepatite C, por exemplo, é comparável à do vírus HIV e da tuberculose.
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