Todos nós somos seres da natureza e, por isso, condicionados por ela. Não podemos fugir de suas leis e, se por um lado a transcendemos porque possuímos uma dimensão espiritual, própria do ser humano, por outro, não podemos fugir dela, porque somos seres naturais.
Sendo assim, precisamos de condições naturais para viver. Se nos falta o respiro, perecemos (cf. SI 103). Precisamos de luz, água, alimento, temperatura adequada e de abrigo para nos defender de situações adversas.
A natureza foi criada por Deus como ambiente próprio para a vida, e, é claro, qualquer mudança que ela sofra repercute no ser humano. Estamos presenciando manifestações na natureza indicativas da mudança que estamos atravessando, a qual ocorre naturalmente, mas é agravada pela ação humana. Essa mudança tem afetado a vida no nosso planeta. Deus criou um paraíso que agora está se tornando hostil, de modo que cada vez menos podemos viver em condições naturais. Os raios solares são nocivos, as chuvas provocam constantes destruições, os vendavais são devastadores e as secas impiedosas.
Por isso, a vida é afrontada. O fenômeno migratório motivado por questões climáticas aumenta a cada dia. As áreas de risco para a vida – na cidade e no campo – desencadeiam a morte prematura de muitas pessoas.
O ser humano procura evitar cada vez mais o contato com a natureza. Procura resguardar-se em ambientes fechados, climaticamente controlados, protege-se com cremes, filtros, óculos, guarda-sóis e outros aparatos que estiverem a seu alcance.
Ora, nossa fé nós diz que isso não é vontade de Deus, pois ele é o Deus da vida em abundância e quer a felicidade e o bem maior para os seus filhos e filhas.
Pe. José Adalberto Vanzella (Secretário-executivo do R. Nordeste 5)
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