Diferente da Primeira Carta de João, que não tem forma de Carta, esta tem todas as características, com a apresentação do seu autor e do seu destinatário (v. 1).
Autor
A carta é atribuída a João. No texto bíblico se declara como “Ancião” (v. 1), certamente pela função de presbítero.
Destinatários
O autor escreve para a “Senhora Eleita e seus filhos”. “Senhora Eleita” se refere a uma das Igrejas da Ásia que dele dependem, a qual não foi pontualmente identificada. João denomina de “Irmã Eleita” (v. 13) a sua própria comunidade, de onde escreve para a “Senhora Eleita”. Seguindo a tradição do Antigo Testamento, os “filhos” são os membros da comunidade.
Finalidade
Percebe-se uma preocupação com os falsos mestres, que se apresentam à comunidade com um discurso que não promove a comunhão fraterna nem a prática da justiça. A fé dos cristãos desta comunidade está sendo ameaçada pela presença de sedutores que rejeitam a Encarnação (v. 7) e não permanecem fiéis à doutrina de Cristo (v. 9). João quer prevenir os crentes contra os falsos ensinamentos: eles, que possuem o conhecimento da verdade (v. 1), devem também andar na verdade (v. 4), e amarem-se uns aos outros (v. 5), vivendo assim na luz do mandamento vindo do Pai e transmitido na Igreja desde o começo (vv. 4-6). De certa forma são temas que já foram longamente desenvolvidos na primeira Carta.
Conclusão
A atualidade tanto desta segunda Carta de João quanto da primeira é evidente: hoje como em outras épocas a fé também passa por suas crises. Os cristãos querem saber onde está a verdade da fé, procuram critérios para reconhecer o Espírito de Deus. A esses crentes, na posse do conhecimento da verdade, São João pede simplesmente que permaneçam firmes na doutrina de Jesus Cristo. E que sejam, por sua vida de amor, testemunhas de sua fé no Filho de Deus.
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