“Sim, eu sou rei. Mas o meu reino não é deste mundo” (Jo19,36.37).
“Sim, eu sou rei!” (Jo 18,37). Foi o que Jesus respondeu a Pilatos e esclareceu: “mas não como os reis deste mundo” (Jo 18,36). Jesus é rei, não rei dominador, mas rei servidor, que se faz o menor de todos: “O maior entre vocês seja como o mais novo; e quem governa, seja como aquele que serve” (Lc 22,26; Mt 23,11).
Jesus, o rei, iniciou sua pregação com estas palavras: “Esgotou-se o prazo. O Reino de Deus chegou! Mudem de vida! Acreditem nesta boa notícia!” (Mc 1,15). Anunciou a chegada do Reino. Através da sua maneira de viver e de ensinar, ele revelava o Reino presente na vida: “O Reino de Deus está no meio de vocês” (Lc 17,21).
Por meio das parábolas tirava o véu e apontava o sinais do Reino de Deus nas coisas mais comuns da vida: sal, semente, luz, caminho, festa trabalho, estrelas, sol lua, chuva. Jesus deixou o Reino entrar dentro dele mesmo. Deixou Deus reinar e tomar conta de tudo. “Eu só faço aquilo que o Pai me mostra que é para fazer” (cf. Jo 5,36; 8,28). Jesus era uma amostra do Reino.
Esta maneira tão simples de anunciar o Reino de Deus incomodou os grandes. Por isso, Jesus foi perseguido e condenado. O rei foi desautorizado pelos seus súditos como alguém que não vem de Deus (Jo 9,16), como um samaritano (Jo 8,48), que engana o povo (jo 11,12), como amigo dos pecadores (Lc 7,34), como louco (Mc 3,21; 8,48), como pecador (Jo 9,24), como possesso pelo demônio (Jo 7,20; 10,20), comilão e beberrão (Mt 11,19), que viola o sábado (Jo 5,18; 9,16).
Jesus recebeu o castigo dos criminosos e bandidos. E na cruz colocaram como título INRI: Jesus Nazarenos Rei dos Judeus. E assim morreu: ridicularizado pelos sacerdotes, pelo povo e pelo próprio ladrão ao lado dele. Cristo, nosso Rei. Graças a Deus!
Autor: Frei Carlos Mesters, O.Carm.
*Do Livro: Gente como nós – Os Santos e as santas da Bíblia para cada dia do ano.
De Frei Carlos Mesters e Francisco Orofino
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