No dia seguinte ao sepultamento de Jesus, o sepulcro onde seu corpo tinha sido depositado foi encontrado vazio, a pedra estava removida e os panos mortuários dobrados ao lado. Um morto, que aparece vivo e vai ao encontro das pessoas, confirmando sua ressurreição. O espanto fez com que o apóstolo Tomé dissesse numa profissão de fé, “Meu Senhor e meu Deus!” (20,28).
Com a morte Jesus termina sua missão, como presença física, na terra. Mas Ele preparou um grupo de pessoas para dar continuidade à ação evangelizadora. Isso continua ressoando até hoje nas palavras de fé assumidas por muitos evangelizadores. O próprio Jesus disse que estaria presença nessa ação, o que daria aos pregadores a fecundidade naquilo que realmente acreditam.
Estamos em novos tempos. O Espírito Santo prometido por Jesus à Igreja continua com a mesma força nos dias de hoje, ajudando as pessoas no testemunho da ressurreição do Senhor. Mas é uma ação que não pode ficar apenas dentro das Igrejas. O cristão deve ter a postura de Cristo em todos os lugares, principalmente no cargo de decisão, colocando no alvo o bem das pessoas.
Como entender os critérios éticos naqueles que governam e exploram nosso país. Eles também deveriam ser fieis agentes dos indicadores da Palavra de Deus! Mas parece que “tudo” tem sido feito dentro da “Lei de Gerson”, sempre tirando proveito em benefício próprio. O critério de Jesus era outro, porque o bem comum passava por cima dos atos que provocam o acúmulo de poucos.
Entendo que experimentamos um momento de ressurreição do nosso país. Muitas das suas lideranças vinham provocando sua morte, agindo como verdadeiros exploradores do bem público. Que bom que o poder judiciário e a polícia têm cumprido sua função, inclusive colocando empresários e políticos inescrupulosos na cadeia. O que tem acontecido precisa continuar com coragem.
Deus não quer a infelicidade para o povo. Mas se agimos de forma irresponsável, não levando em conta a prática da justiça social e nem a partilha dos bens que são de todos, provocamos a morte de nós mesmos. Sofremos as consequências de ter que pagar pelo mal feito. Não só o Brasil, mas o mundo está experimentando e sofrendo os resultados de ações mal feitas na humanidade.
Por Dom Paulo Mendes Peixoto – Arcebispo de Uberaba
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