A esperteza de Jacó
12/05/2011Sonhos e realidade – José parte II
13/05/2011De todos os personagens do Antigo Testamento, José do Egito é uma das figuras mais fascinantes. Sua história, marcada pêlos sonhos, é cheia de símbolos e significados. Foram ainda seus sonhos que fizeram dele rival de seus irmãos e príncipe do Egito.
Também a proteção de Deus é sentida passo a passo na vida de José. Com ele, Deus encaminha a salvação do povo hebreu. Conheça melhor a história de José, lendo em sua Bíblia o livro do Gênesis, a partir do capítulo 37.
José nasceu em Canaã, na Palestina. Era o mais novo dos 12 filhos de Jacó. Seu pai, porém, tinha por ele um amor especial, o que causava muita inveja em seus irmãos. Para eles, Jacó lhe dava exageradas atenções, poupando-o do trabalho e fazendo, inclusive, muita diferença entre todos. Por exemplo, só José foi presenteado pelo pai com uma bonita túnica.
Além disso, José costumava ter sonhos interessantes e estranhos, o que deixava seus irmãos ainda mais furiosos. A reação deles era imediata, quando José lhes contava tais sonhos e os interpretava, pois não podiam aceitar que um dia o irmão se tornasse uma autoridade e tivessem que se inclinar a seus pés. Você já conhece algum desses sonhos de José?
Vejamos, então, dois deles e suas respectivas interpretações. Certa vez, José sonhou que todas as pessoas de sua família eram feixes de trigo num campo. Seu feixe estava de pé, reto e alto. Todos os outros feixes se inclinavam para o seu.
Num outro sonho, José olhava para o céu. Sua família era o sol, a lua e as estrelas. E todos se inclinavam na frente dele.
E, dessa vez, até seu pai ficou irritado quando o ouviu. Ele disse a José:
– Que negócio de sonho é este? Pare com isso!
Seus irmãos não só se irritavam com ele, mas também chegavam até a desejar sua morte para se verem livres.
Um dia, os irmãos de José estavam bem longe de casa, no campo, cuidando dos animais, pois eram pastores de ovelhas e cabras. Jacó, preocupado com eles, mandou que José fosse procurá-los para levar-lhes comida e trazer-lhe notícias. Assim que viram José aproximar-se, seus irmãos gozaram dele, dizendo: “Aí vem o sonhador. Vamos matá-lo”. E combinaram entre eles como fazer isso, dizendo: “Vamos jogá-lo num poço qualquer; depois, falaremos que um animal feroz o devorou”.
Porém, Rúben, um de seus irmãos, ouvindo isso, procurou salvar a vida de José. Ele falou: “Não lhe tiremos a vida!” E sugeriu aos irmãos que o jogassem num poço perto daquele lugar. Era grande e estava vazio, nele não havia água. Assim sugerindo, Rúben pensava que depois ele poderia voltar, tirar José e levá-lo de novo para casa.
Logo que José chegou junto deles, seus irmãos arrancaram-lhe a túnica e rasgaram-na; depois, sujaram-na com o sangue de uma cabra e em seguida jogaram José no poço. E muito contentes, sentaram-se para saborear a comida deliciosa que o irmão lhes trouxera.
Quando Rúben voltou e não encontrou mais José, ficou muito triste e perguntou aos irmãos onde o haviam colocado e o que fizeram dele. E você sabe o que eles responderam? Veja só. Eles tiraram José do poço e o venderam aos comerciantes do Egito que passavam ali bem naquele dia. Eles transportavam mercadorias para vender. Mas, naquele tempo, era também costume vender pessoas para trabalhar como escravos em outros lugares.
Depois, os irmãos de José voltaram para casa levando sua túnica e, disfarçadamente, disseram ao pai que a haviam encontrado. E Jacó, pensando que seu rilho tivesse morrido, chorou muito.
No Egito
José tomou-se escravo de Putifar, o capitão da guarda real do Faraó. Putifar gostava tanto do trabalho de José que o nomeou chefe de todos os seus escravos. Um dia, porém, acusado injustamente pela esposa de Putifar, José foi preso. Mas ele não se desesperou… Continuou sendo bom e amigo de todos.
Foi aí que aconteceu uma das coisas mais importantes de sua vida: José começou a interpretar sonhos de seus colegas de prisão. Não errava um só deles. Por isso, sua fama chegou até o Faraó. Então, ele chamou José para explicar-lhe o significado de um sonho curioso que havia tido e que nenhum sábio dali conseguia interpretar.
Acompanhemos a narração desse sonho do Faraó. Estando às margens do rio Nilo, o Faraó viu sair das águas sete belas vacas, gordas e bem nutridas. Depois delas, surgiram outras sete, muito magras e feias, que devoravam as outras. Ele viu também sete espigas bonitas e cheias de grãos que saíam da mesma haste e, junto delas, saíam outras sete, secas e feias, que devoravam as granosas e bonitas.
José, depois de ouvir atentamente esse sonho, com a ajuda de Deus, interpretou que as imagens das vacas e das espigas tinham o mesmo significado. Assim, as sete vacas gordas e as sete espigas cheias significavam sete anos de fartura, de colheitas abundantes em todo o Egito. Haveria muita comida para todos. Porém, depois viriam sete anos de fome, não só no Egito como também nas regiões vizinhas. E a miséria seria grande para todos.
Diante disso, José sugeriu ao Faraó que escolhesse, entre os egípcios, os homens mais capacitados para armazenar em celeiros parte das colheitas do tempo de fartura. Assim, a nação estaria prevenida e o povo não sofreria tanto nos sete anos seguintes.
O Faraó, impressionado com a sabedoria de José, não teve dúvida.Seria ele e não outra a pessoa que deveria realizar essa tarefa. E, imediatamente, nomeou-o como ministro responsável para acompanhar todo o trabalho de armazenagem das colheitas. Com isso, José passou a ser uma grande autoridade no Egito.
Mas, e agora? Como fica a história de José? Afinal, o que aconteceu com o sonho do Faraó? E na terra do pai de José, houve fome? E os seus irmãos? Sem dúvida, todos esses aspectos são muito importantes, eles completam a história de José.
As respostas para estas perguntas você as encontrará no mesmo livro do Gênesis. Continue, pois, sua leitura até o capítulo 47, versículo 6. E ainda, nos capítulos seguintes, a história de José continua. Seu final é narrado em Gn 50.
Fonte: Catequisar