No dia 15 de agosto, o Frei Felisberto Caldeira, de 87 anos, celebrará 60 anos de Ordenação Sacerdotal, uma vida ofertada e doada a Deus no carisma carmelitano.
A Paróquia Nossa Senhora do Monte do Carmo, em Palmas, lançará o livro “Frei Felisberto: uma vida, um caminho no Carmelo”, como parte das comemorações ao jubileu de 60 anos de ordenação do frade carmelita.
Encomendado pela própria comunidade, organizado pelo casal de fiéis Ademir Cruz de Souza e Maria Helena Silva, o perfil biográfico foi escrito pelo jornalista Lailton Costa, com editoração do designer gráfico Henrique Rafael, e será lançado em tiragem inicial de 300 exemplares, durante um café da manhã de celebração, na sede da paróquia, localizada na alameda 2, da área institucional nº 6, da quadra Arne 13 (108 Norte).
Dividido em seções, o livro segue a ideia de José Ortega y Gasset de que “o homem é o homem e suas circunstâncias” para narrar a história pessoal do religioso enquanto aborda o contexto histórico de cada época (a exemplo da Copa do Mundo de 58, o lançamento do satélite Sputnik III, período da ditadura militar, entre outros) que circunda a vida do Frei Felisberto.
O livro traça o itinerário da Ordem Carmelita no mundo e no Brasil para contextualizar o perfil detalhado da vida de Frei Felisberto, desde seus primeiros passos na fé católica, na igreja matriz de Paracatu, em Minas Gerais, onde nasceu, sua decisão de ingressar na Ordem do Carmo, para descrever episódios marcantes da vida do frei. O perfil revela sua ascendência nobre, ligada aos Caldeiras Brant, linhagem nobre de personagens históricos na formação do país, como o famoso minerador mineiro e o político e diplomata Marquês de Barbacena, dos quais emprestou seu nome religioso ao ser ordenado em agosto de 1964.
Entre os momentos marcantes da narrativa está o surgimento do HIV, quando o frei atuava em São Paulo e precisou lidar com os infectados pelo vírus, em um cenário de desconhecimento e temor sobre a doença, demonstrando sua devoção espiritual pelo ser humano em qualquer circunstância.
Ao longo da narrativa, o livro destaca vários outros momentos-chave na vida do frei, a exemplo da recepção à Diana em sua visita ao Rio de Janeiro, quando a princesa inclui uma passagem pela obra social que ele dirigia na capital fluminense.
O livro revela não apenas seu esforço pessoal em busca de conhecimento universal e religioso, mas também seu impacto social e humano ao longo de seis décadas de serviço religioso nas comunidades de Belo Horizonte, São Paulo, Santos (SP), Rio de Janeiro e em Palmas, onde vive desde 1995.
Parte do livro é dedicada ao trabalho do frei no Tocantins, onde desempenhou um papel vital na fundação e expansão de comunidades religiosas, e aborda seu envolvimento em projetos sociais e espirituais, como a criação de creches, igrejas e um eremitério em Luzimangues, obras que refletem seu compromisso com a fé e o cuidado pastoral.
Outro ponto importante do livro é a abordagem das reflexões teológicas do frei, incluindo sua visão sobre a natureza da morte e a importância da fé na vida dos jovens. Esses temas são explorados ao longo do livro e oferecem ao leitor uma visão intimista de suas crenças e práticas religiosas.
O livro também é enriquecido com relatos de pessoas de diversas comunidades onde o frei atuou e que lhe são próximas até os dias atuais. São falas que compartilham histórias pessoais e episódios marcantes, como casamentos e cerimônias religiosas conduzidas por Felisberto Caldeira. A obra, portanto, não apenas narra a trajetória de Frei Felisberto, mas também celebra seu impacto duradouro nas comunidades nas quais serviu com tanto zelo.
Combinando pesquisa meticulosa e narrativa envolvente, o livro oferece ao leitor uma biografia que honra os 60 anos de ordenação de Frei Felisberto, mostrando-o como um exemplo de devoção, liderança, humildade e humanidade.
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