1ª LEITURA – BARUC 5,1-9
“Deus mostrará o teu esplendor.”
O Advento é tempo de esperança. O Senhor virá no Natal para recomeçarmos vida nova. Essa é a principal mensagem apresentada nesta primeira leitura. O profeta Baruc, inspirado por Deus, compara a cidade de Jerusalém, outrora arrasada por seus inimigos, a uma viúva triste e abatida por ter perdido seu marido, mas, de repente, recebe a notícia de que ele está vivo e lhe diz: “Reveste para sempre os adornos de tua glória divina. Cobre-te com o manto da justiça que vem de Deus e coloca sobre a cabeça o diadema da glória do Eterno” (vv. 1 e 2).
O profeta vê uma multidão de israelitas que voltam de seu exílio, servidos por seus antigos algozes, por estradas preparadas pelo Senhor com todo carinho: as montanhas niveladas, os vales preenchidos para lhes facilitar a marcha de volta e árvores frondosas com sombras refrescantes para não se queimarem ao sol!
Tal será em imagens lindas a situação de nossa alma quando o Menino Jesus vier no Natal para nos oferecer a libertação de nossos pecados. Se fosse somente por nossas forças, não sairíamos dessa escravidão, mas, o profeta nos garante que a poderosa graça de Deus nos será oferecida para sairmos da triste situação em que nos encontrávamos.
SALMO 125(126),1-2ABCD-3-6 (R. 3)
“Maravilhas fez conosco o Senhor, exultemos de alegria!”
2ª LEITURA – FILIPENSES 1,4-6.8-11
“Ficareis puros e sem defeito para o dia de Cristo.”
A segunda leitura, extraída da carta de São Paulo aos cristãos da cidade de Filipos, tem a mesma mensagem da primeira leitura: Deus é misericordioso, pronto para nos perdoar os pecados, contanto que nos arrependamos deles.
Como se pode verificar essa é a verdadeira e mais importante preparação para o nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo daqui a mais duas semanas, como nos escreveu o apóstolo: “E assim ficareis puros e sem defeito para o dia de Cristo” (v. 10).
É muito importante que reflitamos sobre a verdadeira preparação para o Natal; cuidar para que haja uma ceia da família, trocar presentes, envergar roupas novas e até ir à chamada Missa do Galo perderão completamente sua mensagem de alegria se, antes, não tivermos cuidado para que o Menino Jesus possa nascer no nosso coração nessa noite santa.
Aí, sim, serão verdadeiros e consistentes nossos votos de “Feliz Natal” porque estarão fundamentados num trabalho profundo e íntimo entre o Divino Menino e nós. Quando nos ajoelharmos diante do presépio do Deus Menino teremos o maior dos presentes, aquele que Ele mais deseja: nossa conversão para uma vida de doação para os irmãos.
ACLAMAÇÃO AO EVANGELHO (LC 3,4.6)
Aleluia! Aleluia! Aleluia!
“Preparai o caminho do Senhor, endireitai suas veredas.
Toda carne há de ver a salvação do nosso Deus.”
EVANGELHO – LUCAS 3,1-6
Todas as pessoas verão a salvação de Deus.
Antes que Jesus começasse a pregação pública sobre a chegada do Reino de Deus, cerca de trinta anos depois de seu nascimento na gruta de Belém, o Pai enviou à sua frente São João Batista para preparar sua chegada para todas as pessoas.
O autor cita Isaías, que nos profetiza a missão de São João Batista. Por sua vez, suas palavras repetem as do profeta Baruc, sobre as quais meditamos na primeira leitura deste domingo. Ambas falam do momento propício em que Deus nos oferece sua graça para nos converter de caminhos errados pelos quais talvez conduzamos nossas vidas.
Enquanto o profeta Baruc anunciava que Deus aterraria os vales e abateria as montanhas para facilitar a volta para a Cidade Santa, o profeta Isaías nos fala que nós é que devemos fazê-la: “Preparai o caminho do Senhor, endireitai suas veredas” (v. 4).
Não há, porém, contradição, mas complementação, porque a salvação do Senhor só nos poderá chegar se nos dispusermos a colaborar com essa imensa graça de Deus. É preciso, portanto, dar nosso “sim” sincero ao convite de São João Batista: “E ele percorreu toda a região do Jordão, pregando um Batismo de conversão para o perdão dos pecados” (v. 3).
SUGESTÃO DE REFLEXÃO
Estou me preparando para oferecer ao Menino Jesus no Natal a minha conversão? Compreendo que essa conversão consiste em me doar aos irmãos e a servi-los? Estou disposto a colaborar com a graça de Deus na construção do Reino de Deus?
LEITURAS PARA A SEGUNDA SEMANA DO ADVENTO
A sagrada liturgia permite que neste terceiro domingo do Advento, já bem próximo da chegada do Menino Jesus ao nosso coração, o presidente da celebração da santa Missa use paramentos de um roxo mais claro em vez do roxo fechado dos dois domingos anteriores. Por quê?
Antes de sabermos o motivo dessa mudança é preciso que conheçamos um pouco o livro do profeta Sofonias. Em sua primeira parte, o profeta, ao verificar a corrupção solta em volta de si, desde o rei até o povo, passando pelos sacerdotes que abandonaram o culto ao verdadeiro Deus, profetiza na maior parte de seu livro o castigo divino por tamanha infidelidade de seu povo eleito.
Mas, de repente, a partir do início de nossa leitura (cf. Sf 3,14-18a), muda completamente de tom e nos convida a nos alegrarmos porque “o Senhor revogou a condenação” (v. 15) e nos anima: “Não temas, Sião, não te deixes levar pelo desânimo. O Senhor, teu Deus, está no meio de ti” (vv. 16 e 17).
Podemos aplicar a nós essas palavras, enchendo-nos de júbilo porque o próprio Deus virá ficar conosco, salvando-nos do mal e dando-nos força para caminharmos na senda da virtude e do bem, mas é imprescindível que nos recolhamos interiormente e, no silêncio de nosso coração, conversemos com Nosso Senhor. Falemos-lhe do nosso desejo de sermos santos e que para isso precisamos de sua ajuda, pois sabemos que sem Ele nada é possível.
CÂNTICO – ISAÍAS 12,2-3.4BCD.5-6 (R. 6)
“Exultai cantando alegres, habitantes de Sião, porque é grande em vosso meio o Deus Santo de Israel!”
2ª LEITURA – FILIPENSES 4,4-7
O Senhor está próximo.
Por sua vez, São Paulo nos escreve no mesmo tom de alegria e satisfação, encorajando-nos à oração: “O Senhor está próximo! Não vos inquieteis com coisa alguma, mas apresentai as vossas necessidades a Deus em orações e súplicas, acompanhadas de ação de graças” (vv. 5 e 6).
Inquietações, quem não as tem? Nosso Senhor nos pede a fé nesses momentos de ansiedade e perplexidade que permeiam nossa existência, pois Ele veio para nos salvar e quer que sejamos felizes já neste mundo, entregando-lhe nossas preocupações terrenas e espirituais. Repitamos com Abraão, que num momento de fé heroica em situação extrema de dor, respondeu a seu filho: “Deus providenciará!” (Gn 22,8).
As adversidades terrenas, que às vezes nos limitam a alegria e a paz de nossa vida, nada se comparam ao remorso que invade nosso coração de tristeza quando pecamos. Esse sentimento de remorso já vem do Senhor, é já graça dele para nos reaproximarmos de seu coração misericordioso, pronto para nos levar de volta como ovelhas feridas para o redil seguro de seu coração. Por fim, digamos ao Senhor: “Muito obrigado!”. Agradeçamos a paz que nos aquieta o coração.
ACLAMAÇÃO AO EVANGELHO (IS 61,1 [LC 4,18])
Aleluia! Aleluia! Aleluia!
“O Espírito do Senhor sobre mim fez a sua unção;
enviou-me aos empobrecidos a fazer feliz proclamação!”
EVANGELHO – LUCAS 3,10-18
Que devemos fazer?
Coloquemo-nos também, em espírito, junto àquela multidão que ouvia São João batista proclamar: “Preparai o caminho do Senhor” (Lc 3,4). Diante dessa orientação, perguntemos a ele: “Como poderemos fazer isso?”. Ele nos responde: “Quem tem duas túnicas, dê uma a quem não tem” (v. 11), ou seja, nivelemos as “montanhas” de bens que possuímos e preenchamos os “vales” de pobreza que sofrem nossos irmãos.
Essa tarefa, contudo, não se limita somente à partilha de bens materiais, mas a toda ajuda que devemos dar aos nossos irmãos dentro de casa para depois fazê-lo fora dela. Deus nos manda viver em comunhão com nossos irmãos já em nosso lar. Assim, um simples “bom dia”, um agradecimento, um pedido de desculpas são atos de virtude que nos aproximam de nossos parentes. Não podemos nos fechar nas “montanhas” de orgulho ou da falta de perdão que nos afastam de nossos familiares, criam um ambiente “frio”, distante, muito longe da unidade querida por nosso Senhor.
Em seguida, o precursor do Messias nos aconselha a não praticarmos injustiças. Eis suas palavras: “Não cobreis mais do que foi estabelecido” (v. 13), ou seja, não pratiquemos injustiças. Por fim, ensina-nos a não nos impormos aos demais nem oprimir os mais fracos.
SUGESTÃO DE REFLEXÃO
A minha alegria pelas festas de Natal se baseia na libertação dos meus pecados trazida pelo Menino Jesus? Conforta-me saber que Jesus é o meu maior e verdadeiro amigo? Em casa, sou aberto aos outros e disposto a dialogar com todos?
LEITURAS PARA A TERCEIRA SEMANA DO ADVENTO
1ª LEITURA – MIQUEIAS 5,1-4A
“De ti há de sair aquele que dominará em Israel.”
A sagrada liturgia nos conta como se deu a decisão maravilhosa de Deus Pai, que nos enviou seu próprio Filho há mais de 2 mil anos para nos salvar. Esta leitura nos conta que o profeta Miqueias viveu numa época em que o rei de Israel dirigia mal o seu povo porque, devido a seu orgulho, oprimia-o, esquecido de que tinha sido o Senhor quem, um dia, tinha transformado Davi, de simples pastor, a rei de Israel.
Querendo governar sem o auxílio do Senhor, as consequências eram desastrosas. Por toda parte apareciam os sinais de violência: os juízes se deixavam corromper por dinheiro, os sacerdotes e os levitas só pensavam em enriquecer e um pequeno grupo sem consciência tomava as terras dos pobres e os empregava pagando-lhes salários de fome.
No meio dessa corrupção toda, Miqueias profetizou que um dominador, bem diferente daquele rei despreparado, nasceria numa pequena aldeia chamada Belém. Como sabemos, a profecia somente se realizou muitos anos depois com Jesus, que, de modo inteiramente novo, inaugurou o seu Reino de Deus: “Ele não recuará, apascentará com a força do Senhor e com a majestade do nome do Senhor seu Deus; as pessoas viverão em paz… e Ele mesmo será a Paz!” (vv. 3 e 4).
SALMO 79(80), 2AC.3B.15-16.18-19 (R. 4)
“Iluminai a vossa face sobre nós, convertei-nos para que sejamos salvos!”
2ª LEITURA – HEBREUS 10,5-10
“Eis que eu venho para fazer a tua vontade.”
O autor nos apresenta a diferença entre os sacrifícios da antiga lei e o sacrifício único e eterno que Jesus ofereceu ao Pai por nossos pecados mediante sua morte na cruz. Antes de Jesus encarnar no seio puríssimo da Virgem Maria para tomar um corpo como o nosso, os sacerdotes sacrificavam animais a Deus, cujo sangue era derramado para apagar os pecados, primeiramente deles próprios e, em seguida, do povo.
Tais sacrifícios não mais eram recebidos por Deus porque eram cultos meramente externos. Assim, lê-se no início da leitura: “Ao entrar no mundo, Cristo diz: ‘(Pai) Não quiseste sacrifício nem oblação, mas me formaste um corpo’” (v. 5). Mais abaixo, completa sua revelação, explicando-nos: “Holocaustos e sacrifícios pelo pecado não te agradam. Então eu disse: ‘Eis que venho… para fazer a tua vontade’” (vv. 8 e 9).
Tal mudança sobre a maneira de agradar a Deus deve nos alertar para o perigo de acharmos que Deus se compraz apenas com atos externos. Para serem recebidos por Ele, nossos sacrifícios espirituais devem ser acompanhados da nossa adesão à sua vontade!
ACLAMAÇÃO AO EVANGELHO (LC 1,38)
Aleluia! Aleluia! Aleluia!
“Eis a serva do Senhor; cumpra-se em mim a tua palavra!”
EVANGELHO – LUCAS 1,39-45
“Como posso merecer que a mãe do meu Senhor me venha visitar?”
Nossa Senhora, a mãe de Jesus, dá a nós um exemplo do que é confiar inteiramente na Palavra do Senhor. Ela, assim que soube pelo anjo que sua prima, Santa Isabel, estava grávida, por sua imensa fé na Palavra de Deus pôs-se logo a caminho, enfrentando uma desgastante caminhada até as montanhas onde morava sua parenta. Não teve medo da longa viagem, cheia de dificuldades, principalmente para quem também estava grávida. Fez como Abraão, que tinha confiado também na Palavra de Deus e não tinha titubeado em deixar sua terra e partir para onde Deus lhe mostraria (cf. Gn 12,1).
Quando Maria Santíssima chegou à casa de Santa Isabel, esta a recebeu exaltando sua fé nas palavras de Deus: “Bem-aventurada és tu que creste, pois se hão de cumprir as coisas que da parte do Senhor te foram ditas!” (v. 45).
Jesus nos prometeu atender aos pedidos que lhe fizéssemos com fé: “Pedi e se vos dará. Buscai e achareis. Batei e vos será aberto” (Mt 7,7). Porém, se não somos logo atendidos, podemos cair na tentação de duvidar de Nosso Senhor e passar a agir como se Ele não existisse, então, seguimos nossa cabeça e fatalmente entraremos por caminhos errados. Façamos como nossa Mãe do Céu quando não entendia o que Jesus dizia ou fazia: “Guardava todas as coisas no seu coração” (Lc 2,51).
SUGESTÃO DE REFLEXÃO
Acredito que, sem Deus, não irei pelo caminho certo e nunca experimentarei a verdadeira paz de Cristo? Aceito a vontade de Deus em minha vida, mesmo quando contraria meus desejos? Quando dirijo meus pedidos ao Senhor, confio na sua providência e espero a sua hora?
LEITURAS PARA A QUARTA SEMANA DO ADVENTO
20. SEGUNDA: Is 7,10-14 = Eis que uma virgem conceberá. Sl 23(24). Lc 1,26-38 = Eis que conceberás e darás à luz um filho. 21. TERÇA: Ct 2,8-14 = Eis o meu amado que vem saltando pelos montes. Sl 32(33). Lc 1,39-45 = Como posso merecer que a mãe do meu Senhor venha visitar-me? 22. QUARTA: 1Sm 1,24-28 = Ana dá graças pelo nascimento de Samuel. Cânt.: 1Sm 2,1.4-8abcd. Lc 1,46-56 = O Todo-Poderoso fez grandes coisas em meu favor. 23. QUINTA: Ml 3,1-4.23-24 = Eu vos enviarei o profeta Elias, antes que venha o dia do Senhor. Sl 24(25). Lc 1,57-66 = Nascimento de João Batista. 24. SEXTA: 2Sm 7,1-5.8b-12.14a.16 = O reino de Davi será estável para sempre diante do Senhor. Sl 88(89). Lc 1,67-69 = O sol que nasce do alto nos visitará. 25. SÁBADO. NATAL DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO, solenidade. Missa do dia: Is 52,7-10 = Todos os confins da Terra hão de ver a salvação que vem do nosso Deus. Sl 97(98). Hb 1,1-6 = Deus falou-nos por meio de seu Filho. Jo 1,1-18 = A Palavra se fez carne e habitou entre nós.
1ª LEITURA – ECLESIÁSTICO 3,3-7.14-17A
“Quem teme o Senhor honra seus pais.”
Acabamos de sair de uma experiência espiritual muito intensa: a chegada do Messias, enviado pelo Pai para nos salvar. Foi o Natal para o qual nos preparamos durante quatro semanas. Ontem, ainda, depositamos nos pés do Menino Jesus nossos propósitos e o desejo de voltar ao caminho de Jesus. Agora, a sagrada liturgia nos convida a meditar sobre o testemunho que Jesus nos deu na Sagrada Família.
Ele é Deus e homem. Em sua vida terrestre, quis passar por todas as etapas da vida da espécie humana, dependendo de tudo, como cada um de nós. Assim, usufruiu do ar que respiramos, sujeitando-se às várias estações do planeta Terra, e quis também depender da própria espécie, preservada no seio de uma família.
Santificou, pois, suas obrigações de acordo com sua idade, aprendeu com seus pais a falar, a rezar, acompanhando-os quando iam à sinagoga e às festas religiosas no templo de Jerusalém. São José lhe passou os conhecimentos de carpinteiro, profissão que Ele continuou a seguir após a morte de seu pai nutrício. Teve o cuidado para ajudar sua mãe nos cuidados do lar, como buscar água no poço, e seguiu-a na preparação das purificações rituais determinados pela lei de Moisés. Jesus pôs em prática, portanto, o que hoje se diz nesta leitura a respeito dos deveres dos filhos para com os pais, devotando-lhes carinho e atenção.
SALMO 127(128),1-5 (R. 1)
“Felizes os que temem o Senhor e trilham seus caminhos!”
2ª LEITURA – COLOSSENSES 3,12-21
A vida da família no Senhor.
Cabe-nos, portanto, valorizar a vida em família, principalmente depois de adultos e quando tenhamos saído de casa para seguir nossa vocação, cumprindo nossos deveres de estado. Nunca nos esqueçamos, porém, de estar ligados aos nossos pais, retribuindo-lhes com amor filial a educação que nos passaram, eles ou quem lhes fez as vezes.
Valem, portanto, os conselhos que São Paulo passou por escrito aos cristãos da Igreja de Colossos e a nós, em nossa situação familiar: “Revesti-vos de entranhada misericórdia, de bondade, humildade, doçura, paciência” (v. 12).
É necessário que peçamos a Deus a misericórdia para sabermos perdoar os pequenos desentendimentos que sempre aparecem dentro de nossas casas. Só assim será possível agir com aquela bondade que gostaríamos que nossos familiares tivessem conosco. Rezemos a Nosso Senhor para que também nos encha de humildade a fim de recebermos as correções quando errarmos. De nossa parte, se tivermos de corrigir alguém, procedamos com doçura, mas, tenhamos paciência com suas recaídas, lembrados de que também nós não nos emendamos de uma só vez de nossas falhas, e “o Senhor nos perdoou” (v. 13).
ACLAMAÇÃO AO EVANGELHO (CL 3,15A.16A)
Aleluia! Aleluia! Aleluia!
“Que a paz de Cristo reine em vossos corações
e ricamente habite em vós sua palavra!”
EVANGELHO – LUCAS 2,41-52
Jesus foi encontrado por seus pais no meio dos doutores.
Não há família que não tenha experimentado surpresas desagradáveis e passado por acontecimentos que lhes tenha obrigado a mudar seus planos iniciais. Na família de Jesus não foi diferente.
Os povos antigos viajavam em caravanas, as mulheres separadas dos homens. Os menores de idade ou viajavam com os pais ou com as mães ou ainda com os companheiros de comitiva. Quando chegava a noite, reuniam-se para descansar juntos. Qual não foi o susto da Mãe Santíssima e de São José quando constataram que o Menino Jesus tinha desaparecido. Reflitamos, agora, sobre as lições que brotam deste texto.
Ambos voltaram para procurar o Menino, como convém a um casal unido e que vive em harmonia. Depois de terem rezado para encontrar o Filho, não ficaram esperando um milagre, mas puseram mãos à obra, “andaram o caminho de um dia e o buscaram entre parentes e conhecidos” (v. 44). Não o tendo encontrado ainda, voltaram para Jerusalém, onde o foram achar, após três longos dias de busca, “sentado no meio dos doutores, ouvindo-os e interrogando-os” (v. 46).
Os filhos precisam se sentir amados e protegidos pelos pais a fim de terem um crescimento seguro que lhes dará firmeza para toda a vida. Assim, depois desse grande susto, “Jesus desceu com seus pais para Nazaré e lhes era submisso” (v. 51), ficando lá por mais de vinte anos!
SUGESTÃO DE REFLEXÃO
Se estou longe de meus pais, procuro estar sempre em contato com eles? Se estou perto, fico atento para tratá-los com carinho? Meu comportamento em casa produz harmonia e paz? Se tenho filhos, dou-lhes atenção e cuido para lhes estar próximo?
LEITURAS PARA A SEMANA DA OITAVA DO NATAL
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