PESCA E PEDRO
3º domingo da Páscoa
1ª LEITURA – ATOS 5,27B-32.40B-41
“Disso somos testemunhas, nós e o Espírito Santo.”
Jesus ressuscitado, antes de voltar para o Pai, prometeu aos apóstolos e a nós que estaria sempre conosco. Assim, podemos ler no fim do Evangelho de São Mateus: “Ensinai-as [as nações] a observar tudo o que vos prescrevi. Eis que estou convosco todos os dias até o fim do mundo” (Mt 28,20).
Esta leitura nos narra como os apóstolos discursaram para os membros do conselho judeu, afirmando corajosamente como Deus havia ressuscitado Jesus, que eles haviam mandado crucificar. Em seguida, acrescentaram uma verdade que nos inclui: “Deste fato, nós somos testemunhas, nós e o Espírito Santo que Deus deu a todos aqueles que lhe obedecem” (v. 32).
Nossa obediência a Nosso Senhor é seguir seu novo mandamento, que nos foi confiado em sua última ceia: “Dou-vos um novo mandamento: amai-vos uns aos outros. Como eu vos tenho amado, assim também vós deveis amar-vos uns aos outros. Nisso todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros” (Jo 13,34-35). Naquela mesma ocasião, Jesus lavou os pés dos discípulos para nos ensinar que amar o próximo é servi-lo!
SALMO 29(30),2.4-6.11.12A.13B (R. 2A)
“Eu vos exalto, ó Senhor, porque vós me livrastes.”
2ª LEITURA – APOCALIPSE 5,11-14
“O Cordeiro imolado é digno de receber o poder e a riqueza.”
Jesus, a Palavra de Deus, encarnou-se no seio puríssimo da Virgem Maria para nos salvar. Tornou-se um como nós e nos adotou como irmãos.
Antes, as pessoas se perguntavam por que havia tanta diferença entre elas, por que havia o sofrimento no mundo, ricos e pobres, maus e bons. Foi nosso Salvador que, aceitando morrer na cruz por nós, mostrou a nós o sentido da dor e o valor da unidade.
Entendemos, então, que formamos um só corpo místico, cuja cabeça é Ele, nosso Deus e Senhor. Dessa maneira, aprendemos a dar sentido à nossa vida, compreendendo que, ao aceitarmos sua graça e procedermos corretamente, de acordo com seus mandamentos, nossa ação beneficia a Igreja toda. Pelo contrário, se rejeitarmos a graça que por Deus nos é oferecida e cruzarmos os braços diante dos irmãos que estão sofrendo, prejudicamos a todos do corpo místico de Cristo.
Diante do poder de Deus, que se manifestou de modo tão estupendo e maravilhoso, compreendemos que no texto desta leitura se proclame que todas as criaturas que estão no Céu, na Terra, debaixo dela e no mar bradem em alta voz: “Digno é o Cordeiro imolado de receber o poder, a riqueza, a sabedoria, a força, a glória, a honra e o louvor” (vv. 12 e 13).
ACLAMAÇÃO AO EVANGELHO
Aleluia! Aleluia! Aleluia!
“Jesus Cristo ressurgiu, por quem tudo foi criado;
ele teve compaixão do gênero humano.”
EVANGELHO – JOÃO 21,1-19
“Jesus aproximou-se, tomou o pão e distribuiu-o a eles.
E fez a mesma coisa com o peixe.”
Esta narrativa visa a nos lembrar que, antes de começar cada dia, precisamos pedir a graça de Deus, pois, muitas vezes, prometemos a Nosso Senhor que vamos nos esforçar para melhorar nossa vida espiritual, achando que o podemos fazer somente com nossas forças. De certo modo é isso que o Evangelho nos ensina. Enquanto os apóstolos se afadigaram a mais não poder, o resultado foi nulo, mas, quando ouviram a Palavra de Jesus e tiveram a humildade de segui-la, sua labuta foi abençoada.
Em nossos dias, há aqueles que se cercam dos mais modernos meios de comunicação em suas programações pastorais na certeza de que terão pleno êxito, mas no fim só encontram um fracasso. Esquecem-se de que é Deus quem faz tudo. Eles apenas são instrumentos em suas mãos, portanto, rezar, conferindo com o Senhor o que pretendem fazer, pedindo-lhe sua luz e assistência, é condição indispensável para sua ação não cair apenas em ativismos infrutíferos.
Jesus ressuscitado está presente em tudo o que fazemos, pois, mesmo quando, infelizmente, abandonamos seu “aprisco” e nos perdemos no emaranhado dos vícios, Ele nos assiste com sua graça, oferecendo-nos seu perdão.
SUGESTÃO DE REFLEXÃO
Estou atento para não pensar somente em mim, mas olhar também para o próximo necessitado de ajuda? Lembro-me de que prejudico o amor em todo o corpo místico de Cristo quando me nego a ajudar a quem precisa? Rezo antes de agir?
LEITURAS PARA A TERCEIRA SEMANA DA PÁSCOA
AS OVELHAS OUVEM A VOZ DO PASTOR
4º domingo da Páscoa
1ª LEITURA – AT 13,14.43-52
“Eis que nos voltamos para os pagãos.”
Neste quarto domingo da Páscoa nos é oferecida para meditação a imagem de Jesus, nosso Bom Pastor. Somos convidados a seguir o Mestre para onde Ele for e ficarmos atentos aos seus chamados, mas, nem por isso os lobos do mal deixam de rondar o rebanho para pegar quem seguir os próprios instintos, contrários à lei de Deus.
Nesta leitura, vemos como os judeus, após terem convidado São Paulo e São Barnabé a falarem ao povo na sinagoga, “roídos” de inveja porque a mensagem dos apóstolos fora bem aceita pelo povo, tramaram contra eles e não sossegaram enquanto não os expulsaram da cidade.
Deus, Nosso Senhor, também nos fala em nossos dias por meio de seus ministros, por meio de parentes e amigos que nos aconselham a abandonar os caminhos dos vícios, tentadores a princípio, mas, depois, amargos por suas consequências desastrosas. Infelizmente, nem sempre abrimos nosso coração à luz de Cristo.
Jesus já nos preveniu: “Entrai pela porta estreita porque larga é a porta e espaçoso o caminho que conduz à perdição e numerosos são os que por aí entram” (Mt 7,13). Por outro lado, conclui nosso Salvador: “Estreita, porém, é a porta e apertado o caminho da vida e raros são os que o encontram” (Mt 7,14).
SALMO 99(100),2.3.5 (R. 3AC)
“Sabei que o Senhor, só Ele, é Deus,
nós somos seu povo e seu rebanho.”
2ª LEITURA – APOCALIPSE 7,9.14B-17
“O Cordeiro vai apascentá-los
e os conduzirá às fontes da água da vida.”
Os cuidados conosco por parte de nosso Bom Pastor nos devem encher o coração de alegria e de reconhecimento. Reza o texto sagrado desta segunda leitura, tirada do Apocalipse, que São João teve a visão de santos dos quatro cantos da Terra, tendo nas mãos a palma da vitória, que estavam de pé diante do Divino Salvador, bradando: “A salvação é obra de nosso Deus, que está assentado no trono, e do Cordeiro” (v. 9).
Essa afirmação de nossos irmãos que estão no Céu nos revela a humildade que devemos ter antes de desejarmos palmilhar pelo caminho estreito da santidade: é Deus quem age em nós, tornando-nos santos, mas, com uma condição: é necessário que abramos nosso coração à ação de sua graça divina!
Ora, isso exige de nós que conversemos com Deus, frequente e diariamente, sobre a necessidade de, antes, obtermos sua graça que nos fortalecerá se nos decidirmos a carregar nossa cruz, seguindo seus passos. Ele mesmo nos preveniu: “Se alguém quiser vir comigo, renuncie-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me” (Mt 16,24).
Só poderemos amar nosso próximo se aceitarmos renunciar ao nosso tempo, ocupações, descanso e até aos nossos planos de vida. Por isso, Nosso Senhor conclui: “Porque aquele que quiser salvar a sua vida, irá perdê-la; mas aquele que tiver sacrificado a sua vida por minha causa, irá recobrá-la” (Mt 16,25).
ACLAMAÇÃO AO EVANGELHO (JO 10,14)
Aleluia! Aleluia! Aleluia!
“‘Eu sou o Bom Pastor’, diz o Senhor;
‘Eu conheço as minhas ovelhas
e elas me conhecem a mim’.”
EVANGELHO – JOÃO 10,27-30
“Eu dou a vida eterna para minhas ovelhas.”
O povo israelita era um povo essencialmente pastoril. Não é de admirar que Jesus usasse imagens tiradas dessa vida para explicar ao povo sua doutrina. É bem conhecido o Salmo 22(23) que fala de Deus, pastor de nossas almas.
Jesus, nosso maior amigo, garante a nós sua assistência contínua e sempre solícita ao nos revelar: “Eu dou a vida eterna para minhas ovelhas; elas jamais hão de perecer e ninguém as pode arrebatar da mão de meu Pai” (v. 28). Seu amor é gratuito, ou seja, nada nos pede em troca. É tão grandioso que nossos pecados jamais poderão esgotar a sua misericórdia.
É Jesus, o Bom Pastor, quem nos chama, todavia, pertenceremos de fato ao seu rebanho não somente celebrando a santa Missa, comungando, fazendo alguma orações, mas ajudando a quem precisa de auxílio, perdoando a quem nos ofendeu, sendo sinceros e promovendo sua paz ao nosso redor.
No fim da meditação sobre a segunda leitura, Jesus se identifica com aquele a quem servirmos porque Ele nos ensinou que todas as vezes que ajudássemos a quem está passando necessidade seria a Ele próprio que ajudaríamos (cf. Mt 25,40).
SUGESTÃO DE REFLEXÃO
Compreendo que, para seguir Jesus, devo estar disposto a renunciar a mim mesmo para praticar o bem? Para pertencer ao rebanho de Jesus sigo seu novo mandamento de amar o próximo como Ele nos amou?
LEITURAS PARA A QUARTA SEMANA DA PÁSCOA
9. SEGUNDA: At 11,1-18 = Também aos pagãos Deus concedeu a conversão que leva para a vida! Sl 41(42). Jo 10,1-10 = Eu sou a porta das ovelhas. 10. TERÇA: At 11,19-26 = Fundação da Igreja em Antioquia. Sl 86(87). Jo 10,22-30 = Eu e o Pai somos um! 11. QUARTA: At 12,24–13,5a = Separai para mim Barnabé e Saulo. Sl 66(67). Jo 12,44-50 = Eu vim ao mundo como luz. 12. QUINTA: At 13,13-25 = Da descendência de Davi, Deus fez surgir para Israel um Salvador, que é Jesus. Sl 88(89). Jo 13,16-20 = Quem recebe aquele que eu enviar, me recebe a mim. 13. SEXTA. Nossa Senhora de Fátima: At 13,26-33 = A promessa que Deus fez, Ele a cumpriu quando ressuscitou Jesus. Sl 2. Jo 14,1-6 = Eu sou o caminho, a verdade e a vida. 14. SÁBADO. São Matias, apóstolo: At 1,15-17.20-26 = A sorte caiu em Matias, o qual foi juntado ao número dos onze apóstolos. Sl 112(113). Jo 15,9-17 = Não fostes vós que me escolhestes, mas eu vos escolhi.
GLORIFICAÇÃO E AMOR
5º domingo da Páscoa
1ª LEITURA – ATOS 14,21B-27
“Contaram à comunidade
tudo o que Deus tinha feito por meio deles.”
Meditamos no domingo passado sobre Jesus, o Bom Pastor, que assim se apresentava ao povo judeu para lhe ensinar o amor que o Pai tem por eles. Mas, Jesus acrescentava: “Tenho ainda outras ovelhas que não são deste aprisco. Preciso conduzi-las também e ouvirão a minha voz e haverá um só rebanho e um só pastor” (Jo 10,15).
Hoje, a sagrada liturgia nos lembra que pertencemos a uma grande comunidade de pessoas com as quais estamos vinculados pelo nosso Batismo e a toda a humanidade pela qual o Senhor derramou seu sangue na cruz. Antes de voltar a seu Pai, porém, deu a nós um novo mandamento: “Dou-vos um novo mandamento: amai-vos uns aos outros. Como eu vos tenho amado, assim também vós deveis amar-vos uns aos outros” (Jo 13,34).
Foi essa novidade que o apóstolo São Paulo, acompanhado de São Barnabé, levou aos pagãos de várias cidades da Grécia e depois a Roma, com resultados surpreendentes, porque o Divino Espírito Santo estava com eles, abençoando-lhes o trabalho. Seu distintivo era levar o Evangelho à vida, ensinando-os a amar: “Confirmavam as almas dos discípulos e exortavam-nos a perseverar na fé, dizendo que é necessário entrarmos no Reino de Deus por meio de muitas tribulações” (v. 22).
SALMO 144(145),8-13AB (R. 1)
“Bendirei o vosso nome, ó meu Deus,
meu Senhor e meu Rei para sempre.”
2ª LEITURA – APOCALIPSE 21,1-5A
“Deus enxugará toda lágrima dos seus olhos.”
Acabamos de tomar conhecimento de que São Paulo pregava aos cristãos que se convertiam do paganismo que “(…) é necessário entrarmos no reino de Deus por meio de muitas tribulações (At 14,22). Pois bem, São João, em seu Livro do Apocalipse, reforça essa realidade, dizendo-lhes “Deus habitará com eles e serão seu povo e enxugará toda a lágrima de seus olhos” (vv. 3 e 4).
Jesus, o Emanuel, que significa “Deus conosco”, ficou em nosso meio, principalmente entre os pecadores, os pobres, os doentes e até ressuscitando mortos! Inauguravam-se assim novos tempos, como diz o texto do Apocalipse: “Aquele que está sentado no trono disse: ‘Eis que faço novas todas as coisas’. Depois Ele disse: ‘Escreve, porque estas palavras são dignas de fé e verdadeiras’” (v. 5).
Para que tais palavras do Senhor sejam recebidas com fé e sejam verdadeiras para nós é preciso que as levemos para nossa vida, mas, antes de rimos para as ruas dar esmolas aos pobres é obra de misericórdia sair da indiferença em que talvez estejamos para com nosso próximo e mudarmos para a aproximação, presença, serviço atencioso para que aquela novidade de Cristo aconteça dentro de nossa casa.
ACLAMAÇÃO AO EVANGELHO (JO 13,34)
Aleluia! Aleluia! Aleluia!
“Eu vos dou novo preceito:
que uns aos outros vos ameis,
como eu vos tenho amado.”
EVANGELHO – JOÃO 13,31-33A.34-35
“Como eu vos amei,
assim também vós deveis amar-vos uns aos outros.”
Para que tenhamos força de sair de nosso egoísmo de pensar somente em nós mesmos e nos abrirmos para cada um de nossa família, dialogando, interessando-nos por suas necessidades, é indispensável pedir a Nosso Senhor que nos dê sua graça. Sim, porque não é fácil derrubar os muros que levantamos com nosso orgulho e, em contrapartida, criarmos pontes que nos levem a superar nossos ressentimentos e a reatar nossa amizade com as pessoas que estão, fisicamente, muito próximas de nós, mas que estão tão longe de nosso relacionamento.
Será muito bom relermos frequentemente no santo Evangelho as palavras do novo mandamento que Jesus nos deixou: “Dou-vos um novo mandamento: amai-vos uns aos outros. Como eu vos tenho amado, assim também vós deveis amar-vos uns aos outros. Nisso todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros” (v. 34).
A medida do amor de Jesus é incomensurável, pois Ele deu a vida por nós para que reatássemos nossa amizade com seu Pai. Assim está escrito no mesmo Evangelho de São João: “Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua vida por seus amigos” (Jo 15,13).
SUGESTÃO DE REFLEXÃO
Compreendo que as tribulações da vida me levam a entrar no Reino de Deus? Amo todos os meus parentes sem distinção? Compreendo que devo “gastar” minha vida praticando o bem?
LEITURAS PARA A QUINTA SEMANA DA PÁSCOA
16. SEGUNDA: At 14,5-18 = Anunciamos que vos convertais desses ídolos inúteis para o Deus vivo. Sl 113B(115). Jo 14,21-16 = O defensor, o Espírito Santo, que o Pai enviará, Ele vos ensinará tudo. 17. TERÇA: At 14,19-28 = Reuniram a comunidade. Contaram-lhe tudo o que Deus fizera por meio deles. Sl 144(145). Jo 14,27-31a = A minha paz vos dou. 18. QUARTA: At 15,1-6 = Concílio Apostólico de Jerusalém. Sl 121(122). Jo 15,1-8 = Aquele que permanece em mim e eu nele, esse produz muito fruto. 19. QUINTA: At 15,7-21 = O Concílio de Jerusalém pronuncia-se a favor dos pagãos convertidos. Sl 95(96). Jo 15,9-11 = Permanecei no meu amor para que a vossa alegria seja plena. 20. SEXTA: At 15,22-31 = Carta do Concílio de Jerusalém às igrejas da Síria e da Cilícia. Sl 56(57). Jo 15,12-17 = Este é o meu mandamento: amai-vos uns aos outros. 21. SÁBADO: At 16,1-10 = Vem à Macedônia e ajuda-nos! Sl 99(100). Jo 15,18-21 = Não sois do mundo porque eu vos escolhi e apartei do mundo.
ESPÍRITO SANTO E PAZ
6º domingo da Páscoa
1ª LEITURA – ATOS 15,1-2.22-29
“Decidimos, o Espírito Santo e nós, não vos impor nenhum fardo, além das coisas indispensáveis.”
Nosso Senhor se dignou vir ao nosso meio, tomando um corpo como o nosso, no seio puríssimo da Virgem Maria, a fim de nos apresentar a Palavra de Deus. Meditando-a a cada dia, vamos pouco a pouco descobrindo as linhas mestras de sua doutrina.
Refletimos no domingo anterior que o primeiro e o maior mandamento de nosso Mestre é “(…) amai-vos uns aos outros. Como eu vos tenho amado, assim também vós deveis amar-vos uns aos outros. Nisso todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros” (Jo 13,34).
Nesta primeira leitura nos é apresentado um caso concreto que havia na comunidade dos cristãos entre aqueles que tinham vindo do judaísmo e os que se tinham convertido do paganismo.
É muito importante que aprendamos como os apóstolos procederam para intermediar as duas partes, ressalvando aquele mandamento de se amarem uns aos outros. Deu-se, então, o primeiro concílio apostólico, em Jerusalém. Num ambiente de oração, o Divino Espírito Santo os iluminou e chegaram a uma conclusão que agradou a todos.
Em situações semelhantes, a primeira coisa a fazer é invocar as luzes do Divino Espírito (cf. At 15,8) e só depois dialogar, apresentando a própria opinião e (muito importante) ouvindo também a dos outros.
SALMO 66(67),2.3.5.6.8 (R.4)
“Que as nações vos glorifiquem, ó Senhor,
que todas as nações vos glorifiquem!”
2ª LEITURA – APOCALIPSE 21,10-14.22-23
“Mostrou-me a cidade santa descendo do Céu.”
Quando assim se procede – rezando antes e deixando-se as duas partes falarem e se ouvirem mutuamente, procurando a verdade e respeitando a opinião contrária – dá-se a paz de Cristo, representada nesta segunda leitura pela figura de uma maravilhosa cidade que desce do Céu.
Nela, suas portas são abertas nas quatro direções do mundo, a fim de simbolizar que a Igreja não faz acepções de pessoas e acolhe em seu seio os vários povos com alegria. Respeita cada um deles que para ela acorre, valorizando seus costumes, que trazem consigo a riqueza de suas respectivas culturas.
É revelação que nos ajuda a meditar o que se lê no versículo 22: “Não vi nela, porém, templo algum, porque o Senhor, Deus dominador, é o seu templo, assim como o Cordeiro”. Essa afirmação nos faz lembrar o que Jesus revelou à samaritana que lhe tinha perguntado onde deviam adorar o Senhor, se no monte de seu povo ou em Jerusalém: “Mulher, acredita-me, vem a hora em que não adorareis o Pai nem neste monte nem em Jerusalém” (Jo 4,21), respondeu-lhe Jesus.
Quando nos decidimos a seguir pelo caminho de Jesus somos o templo de Deus, conforme Nosso Salvador nos revelou: “Se alguém me ama, guardará a minha palavra e meu Pai o amará e nós viremos a Ele e nele faremos nossa morada” (Jo 14,23).
ACLAMAÇÃO AO EVANGELHO (JO 14,23)
Aleluia! Aleluia! Aleluia!
“Quem me ama realmente guardará minha palavra, e meu Pai o amará e a ele nós viremos.”
EVANGELHO – JOÃO 14,23-29
“O Espírito Santo vos recordará
tudo o que eu vos tenho dito.”
Recebemos o Divino Espírito Santo quando fomos batizados. A partir daí, Ele, que é o amor entre o Pai e seu Filho unigênito, Jesus, recorda-nos tudo o que Nosso Senhor nos revelou sobre a natureza de Deus.
Soubemos, então, que Deus é amor. Ele nos ama tanto que nos mandou Jesus, o qual, por amor extremo, morreu por todos as pessoas para que tivessem seus pecados perdoados e pudessem participar da vida divina.
Todos os ensinamentos de nosso Divino Salvador se resumem num só: amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos (cf. Mt 22,37.39).
Devemos, portanto, rezar todos os dias ao Divino Espírito Santo para que nos ilumine a vida e saibamos seguir pelo melhor caminho para seguir Jesus. Assim, na sequência da Missa do domingo de Pentecostes, rezamos: “Espírito de Deus, enviai dos céus um raio de luz! (…) Enchei, luz bendita, a chama que crepita, o íntimo de nós! Sem a luz que acode nada o homem pode, nenhum bem há nele”.
Jesus nos deixou sua doutrina de amor e o Divino Espírito Santo nos ilumina o coração para que saibamos aplicá-la nas diversas situações concretas de nossa vida.
SUGESTÃO DE REFLEXÃO
Na minha oração da manhã, peço ao Divino Espírito Santo que me ilumine o caminho? Compreendo que amar os outros como a mim mesmo deve ser minha luta diária contra meu egoísmo?
LEITURAS PARA A SEXTA SEMANA DA PÁSCOA
23. SEGUNDA: At 16,11-15 = O Senhor abiu o seu coração para que aceitasse as palavras de Paulo. Sl 149. Jo 15,26–16,4a = O Espírito da Verdade dará testemunho de mim. 24. TERÇA: At 16,22-34 = Crê no Senhor Jesus e sereis salvos tu e todos os de tua família. Sl 137(138). Jo 16,5-11 = Se eu não for, não virá até vós o Defensor. 25. QUARTA: At 17,15.22–18,1 = Esse Deus que vós adorais sem conhecer é exatamente aquele que eu vos anuncio. Sl 148. Jo 16,12-15 = O Espírito da Verdade vos conduzirá à plena verdade. 26. QUINTA: At 18,1-8 = Paulo passou a morar com eles; trabalhava e discutia na sinagoga. Sl 97(98). Jo 16,16-20 = Vós ficareis tristes, mas a vossa tristeza se transformará em alegria. 27. SEXTA: At 18,9-18 = Nesta cidade há um povo numeroso que me pertence. Sl 46(47). Jo 16,20-23a = Ninguém vos poderá tirar a vossa alegria. 28. SÁBADO: At 18,23-28 = Apolo demonstrava com as Escrituras que Jesus é o Messias. Sl 46(47). Jo 16,23b-28 = O Pai vos ama porque vós me amastes e acreditastes.
ESTAREI CONVOSCO TODOS OS DIAS!
Ascensão do Senhor
1ª LEITURA – ATOS 1,1-11
“Jesus foi levado aos Céus, à vista deles.”
Todos os dias começamos o nosso Terço do Rosário de Nossa Senhora, rezando o “‘Creio em Deus Pai” e, nele, renovamos a nossa fé na ascensão de Jesus ao Céu, dizendo “Creio que Jesus subiu ao Céu e está sentado à mão direita de Deus Pai”, mas sabemos também que é nosso Criador, está sempre junto de seu Pai e continua presente na vida de cada um de nós.
Além de acreditarmos que Jesus está junto de seu Pai com seu corpo ressuscitado, confessamos, na Solenidade da Ascensão do Senhor, que a Palavra de Deus também inaugurou um novo tipo de presença em nossa vida – “Eis que estou convosco todos os dias, até o fim do mundo” (Mt 28,20) –, conforme meditaremos no santo Evangelho desta celebração.
Dois anjos apareceram aos apóstolos que estavam absortos, acompanhando com seus olhares Jesus ressuscitado se afastando para o Céu, e lhes disseram: “Homens da Galileia, por que ficais a olhar para o céu?” (v. 10). Era a hora de pôr mãos à obra e começar a anunciar a todas as pessoas o Reino de Deus.
SALMO 46(47),2.3.6-9 (R. 6)
“Por entre aclamações Deus se elevou,
o Senhor subiu ao toque da trombeta.”
2ª LEITURA – EFÉSIOS 1,17-23
“E o fez sentar-se à sua direita nos Céus.”
Os apóstolos foram avisados pelos anjos que não voltassem seus olhares somente para o Céu, mas também para a realidade do dia a dia com as obrigações de Estado, compromissos e trabalhos que tinham e nós também temos.
O apóstolo São Paulo lembra aos cristãos de Éfeso que o Pai sujeitou aos pés de Cristo todas as coisas e o constituiu chefe supremo da Igreja que é o seu corpo, do qual somos membros. (cf. v. 22).
É essa união de todas as pessoas em Cristo que faz com que tanto um grande apóstolo possa oferecer a Deus todo o seu trabalho apostólico como sacrifício espiritual quanto uma pessoa enferma presa ao leito. Essa unidade com todos os cristãos em Cristo faz com que a vida lhes tenha sentido e não se esqueçam de que não têm morada definitiva neste mundo. A alma, portanto, de todo o apostolado não está nas atividades que se podem exercer, mas na oração que exala de nosso amor ao próximo.
São Paulo pede, então, a Deus que dê aos cristãos sabedoria. Não uma sabedoria humana, mas uma compreensão de que não importa o que se faça – menos o pecado –, concorre-se para o bem daqueles que amam o Senhor (cf. Rm 8,28).
ACLAMAÇÃO AO EVANGELHO (MT 28,19A.20B)
Aleluia! Aleluia! Aleluia!
“Ide ao mundo, ensinai aos povos todos;
convosco estarei todos os dias,
até o fim dos tempos, diz Jesus.”
EVANGELHO – LUCAS 24,46-53
“Enquanto os abençoava,
afastou-se deles e foi levado para o Céu.”
O texto sagrado nos anuncia que os apóstolos, depois de terem adorado Jesus que tinha ido para o Céu, “(…) voltaram para Jerusalém com grande júbilo” (v. 52). Talvez tenhamos julgado que os apóstolos tivessem ficado tristes porque o Mestre, com quem tinham convivido durante três anos, havia ido embora e os deixado, mas, não. Ao contrário, o autor registrou que eles voltaram alegres para Jerusalém, conforme Jesus lhes tinha ordenado. Por quê? Porque Ele não havia ficado morto como seus inimigos achavam que ficaria, mas havia ressuscitado no terceiro dia, conforme lhes tinha prometido. Haviam compreendido que os enormes sofrimentos pelos quais tinha passado estavam no plano de Deus. Estavam assim fortificados para enfrentarem os fracassos pelos quais passassem quando fossem pregar a penitência e a remissão dos pecados a todas as nações (cf. v. 47).
A própria morte não lhes meteria mais medo porque Jesus a tinha transformado no início de uma nova vida por toda a eternidade. Por outro lado, a certeza de que Ele, então ressuscitado, estava presente em suas vidas a cada momento os enchia de segurança e júbilo.
Não deixemos que o medo tome conta de nós. As dificuldades pelas quais poderemos passar não nos devem tirar a segurança, pois cremos firmemente na divina providência!
SUGESTÃO DE REFLEXÃO
Meu comportamento indica que estou anunciando o Reino de Deus? Rezo para que Jesus ressuscitado abençoe meu apostolado? Compreendo que as dificuldades da vida fazem parte dos planos de Deus?
LEITURAS PARA A SÉTIMA SEMANA DA PÁSCOA
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