Olá pessoas amadas de Deus! Espero que estejam todas muito bem na graça do Senhor!
Como vocês viram na postagem anterior, no último domingo dia 25/03/2012 tive mais um aula da Escola Catequética Diocesa “Caminho para Emaús”, desta vez na cidade de Turvo/SC. Esta escola foi criada ano passado em nossa Diocese, idealizada pelo nosso Bispo Dom Jacinto, alguns padres e demais colaboradores. Estar participando dessa escola tem sido motivo de muita alegria para mim, pois além de amar a catequese, também amo estudar, aprender, trocar experiências, aumentar meu ciclo de amizades, enfim… tudo isso que faz nós seres humanos, cada vez mais humanos!
Mas de nada adianta eu falar o quanto foi bom, mostrar fotinhos e não trazer pelo menos um pouquinho do conteúdo que nos foi passado, não é mesmo?! Então… segue para vocês a apostila que recebemos na primeira aula deste ano! – vou dividí-la em três ou mais partes, para a postagem não ficar muito longa. Portanto, esteja atento(a) pra não perder nadinha ….rs… Abraços fraternos meus queridos e irmãos e irmãs em Cristo!
O tema do encontro O desenvolvimento psicológico na infância e na adolescência já é conhecido de muitos, eu até já postei aqui alguma coisa parecida, mas não é o mesmo texto não hein!
O desenvolvimento psicológico na infância e na adolescência
Será que é importante para nós Catequistas, conhecer sobre a criança e o adolescente?
conhecendo sobre o desenvolvimento psicológico é mais fácil lidar com os catequizandos?
Será que com mais entendimento, podemos ser mais pacientes no processo de evangelização?
Sim, com certeza a resposta é sim.
Claro que isso tudo não nos livra do enfrentamento de problemas, não nos poupa de passar por situações difíceis e de pouco rendimento. Mas nos permite ter um suporte maior neste processo, fazendo com que o encontro com a criança e o adolescente seja mais rico e proveitoso.
O objetivo da catequese para a criança é permitir que ela se relacione com Deus, um Deus de amor, e que O encontre no dia a dia. Ajudar os pais na educação da fé e proporcionar à criança e ao adolescente a esperança de uma vida mais humana e fraterna.
Para cumprir com este objetivo, o (a) catequista precisa estar preparado, possuindo:
Conhecimento sobre a criança e seu desenvolvimento;
Conhecimento sobre o adolescente e sua dúvidas;
Atitudes adequadas que promovam o desenvolvimento do ser humano na fé.
Vamos estudar a seguir as fases de desenvolvimento que uma pessoa passa desde o seu nascimento até sua adolescência:
O Desenvolvimento Psicossocial nos Três Primeiros Anos (0 – 3)
“Eu sou como uma criança, tentando fazer tudo, dizer tudo e ser tudo, tudo ao mesmo tempo.” John Hartford
Nesta época a criança vive a descoberta do seu próprio corpo, de que é capaz de articular as palavras, ou seja, de falar, adquire noção do espaço e começa a ter vontade própria.
Algumas características deste período:
Egocentrismo
Necessidade de carinho e amor
Necessidade de movimento e dinamismo
Esta fase é a idade das primeiras descobertas. A criança descobre o mundo que a rodeia. O nascimento é logo o primeiro passo para a autonomia. Durante os primeiros tempos a criança identifica-se com as coisas e as pessoas. Ela e a mãe são a mesma coisa. Em meados dos 4 meses, começa a observar as coisas, a tocar e pegar. Descobre primeiro o seu próprio corpo, morde os dedinhos, segura os pés. Gosta de sentir e perceber que aquele corpo lhe pertence. É por isso que quando nos aproximamos dela, imediatamente tira a sua maõzinha da boca e morde-nos com força, porque se dá conta que é diferente.
Descobre o espaço que a rodeia – começa a perceber que as pessoas se movem e que, para obter algo, terá de se deslocar. E faz a experiência: quando consegue pela primeira vez chegar sozinha onde quer, ainda nem pegou o objeto e já olha para trás sorrindo, como que a dizer “cheguei onde queria e imaginava”.
Descobre ainda que é capaz de articular palavras: experimenta mexendo a língua, emitindo sons. No dis em que consegue dizer uma palavra igual a ue a mãe disse, vai repetí-la muitas vezes. Normalmente a criança inicia a fala por volta dos 15 meses.
Aos 3 anos faz a grande descoberta: descobre que tem uma vontade e vai mostrar que fez a “descoberta” contrariando as pessoas crescidas. Não é teimosia, é uma característica própria da criança desta idade, ela quer ter uma opinião também.
Não devemos ir contra a criança completamente para provocá-la, mas nem deixar que a criança faça tudo o que ela quer. Ela precisa encontrar “obstáculo” e desafios â sua vontade para se afirmar e desenvolver.
Sobre as principais características da criança nesta idade:
Egocentrismo: a criança pensa mais em si do que nos outros. Só compreende o que se relaciona consigo, “é meu”, “dá pra mim”… não é defeito, é a característica de desenvolvimento. Se vê como o centro do mundo e das atenções. E, quando não consegue chamar a atenção por bem, vai fazer um barulho para o conseguir.
Necessidade de afeto e carinho: da falta de carinho, resultam perturbações graves que vão afetar a pessoa, talvez para a vida toda. Quantas pessoas existem tremendamente marcadas por isto? Quantas vidas desfeitas? Quantos jovens carentes? Não está na base de tudo isso uma falta de carinho? Todas as necessidades próprias de uma criança, quando esta não as satisfez na devida altura, vai procurar satisfazê-las na primeira oportunidade que tiver, e jamais se sentirá satisfeita. Porque a não-aceitação de um irmão que nasce? Porque esse irmãos lhe vem tirar um lugar que era dela. Então vem as birras e tudo o mais que contribua para chamar a atenção para quem “se sente” substituído. A criança prefere que lhe deem uma “sova”, do que não lhe deem importância: “já que não me amam, pelo menos hão de odiar-me”… é a mario carência do nosso tempo.
Os pais não tem tempo para os filhos, para os ouvir, para brincar com eles, para “estar” com eles. Depois aparecem as queixas e lamentações. Só recolheremos o que tivermos semeado. A criança deixa-se moldar como a cera, diz alguém, mas só se deixa moldar quando se sente amada. E quem ama, educa.
Necessidade de movimento e dinamismo: a criança não pode estar sossegada muito tempo. Ele tem de se mexer, de pegar, de partir, de fazer. Há pessoas traumatizadas, que não são capazes de nada só porque quando criança, tiveram uma mãe ou educadora que continuamente dizia: “sai daí, anda por aqui, não mexa, não pegue, não suje…” . A criança tem necessidade de movimentos livres, de espaço para brincar, de coisas que possa manejar à vontade.
Ligada a esta necessidade vital de movimento está p que nós chamamos: “valor relativo do tempo”. O tempo para a criança não tem a mesma duração que para o adulto. Uma hora para ela é o mesmo que três ou mais horas para mim. Ela vive mais intensamente nessa hora do que eu em 3 ou 4 horas.
* próximo post: O desenvolvimento psicossocial na segunda infência (4 – 6 anos)
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