Ao chegar o mês de dezembro, nossos corações começam a bater mais acelerados, pois as festas natalinas logo virão. É bem verdade que, junto com a preparação para o Natal, também vivemos outros elementos que contribuem para o clima de festa: a chegada do verão, as férias escolares e, em grande parte, as férias dos trabalhadores. No que diz respeito à liturgia, ela nos conduz a uma reflexão sobre o fim dos tempos, especialmente nas duas primeiras semanas e, a partir do dia 17 de dezembro, acompanhamos os fatos históricos narrados pelos evangelhos de Mateus e Lucas. Por esse motivo, podemos dizer que o Tempo do Advento é um misto de projeção do futuro e de alegria pela chegada do Messias. Cada pessoa ou família vai se preparando de diferentes formas: novenas, encontros de famílias, organização do ambiente, presépio, presentes e, especialmente, a meditação e a contemplação sobre o mistério da redenção. Nas quatro semanas do Advento, as profecias nos orientam, porém, a personagem sempre presente em todo esse tempo é Maria.
No dia 8 de dezembro, celebramos a Solenidade da Imaculada Conceição, o dogma da concepção de Maria sem a mancha do pecado original; ela dá o tom mariano a todo o tempo da alegre expectativa da vinda do Messias.
A presença de Maria vai aparecendo com mais intensidade no fim do tempo do Advento e, em especial, a partir do dia 17 de dezembro, quando a liturgia contempla o aspecto histórico da chegada do Messias.
Maria se faz presente em nossa memória e em nossos corações como a mulher grávida que espera o dia de dar à luz o Menino anunciado. A maternidade humana de Maria, pela ação do Espírito Santo, é um fato histórico, mas, envolto em um grande mistério, que se manifesta desde a anunciação até a sua maternidade, abrangendo o povo de Deus marcado com o sinal da fé. Assim, participamos do evento sempre novo do Natal. Da mesma forma que de Maria nasceu Jesus, pela ação do Espírito Santo, assim também da Igreja nascem os novos filhos pela ação deste último. Consequentemente, a celebração do Natal do Senhor se torna, ao mesmo tempo, celebração do nascimento de cada cristão na fé.
O Natal é a expressão do amor de Deus pela humanidade e esse amor passa ou tem a intermediação de Maria, daí que o Natal é uma solenidade muito mais profunda do que a simples celebração do nascimento físico de Jesus. Por esse motivo, a preparação para a celebração do nascimento do Menino Deus deve ser muito bem-preparada. O desafio é ir além da superficialidade e usufruir da profundeza espiritual que a data proporciona.
Feliz e abençoado Natal do Senhor!
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