Em seguida Francisco disse: “Vocês nasceram em um contexto que é definido como ‘secularizado’, ou seja, onde a cultura não é dominada pela dimensão do sagrado, mas pelas realidades do mundo. Entretanto, no coração humano, – continou – a sede pelo infinito nunca é saciada, mesmo dentro de vocês, crescidos com a tecnologia da informação, surgem as grandes questões de todos os tempos: de onde viemos? O que está na origem de tudo? Qual é o significado da minha existência? Por que há tanto sofrimento? Deus ama muito as perguntas; de certa forma, Ele as ama mais do que as respostas”, porém, disse completando “antes de dar respostas, Jesus ensina uma pergunta essencial”:
“O que estou procurando?” Se alguém faz esta pergunta, ele é jovem, mesmo que tenha oitenta anos. E se não perguntar, é velho, mesmo que tenha vinte anos. Vocês concordam?”
Em seguida o Papa falou sobre sua experiência no Canadá:
“Na semana passada estive no Canadá e conheci os povos indígenas, cujos antepassados habitavam essas terras antes da colonização. Eles são guardiões de valores e tradições ancestrais, mas vivem em um país muito moderno e muito secularizado. Agora, olhando para vocês, eu estava pensando na juventude desses povos indígenas. Tão diferente de vocês, mas tão semelhante, eu diria mais: tão igual”. E explicou: “Igual no sentido da humanidade, do que qualifica nosso ser humano, ou seja, nosso relacionamento com Deus, com os outros, com a criação e com nós mesmos em liberdade, em gratuidade, no dom de si”.
“Esta relação expressa uma ‘incompletude’, um desejo de plenitude, de plenitude de vida, de alegria, de sentido. Aqui, Jesus Cristo é a plenitude”
Ao falar sobre o nome do acampamento “Alpha”, explicou que é como o método de evangelização pelo qual é inspirado. “Alpha é sinônimo de nascimento, – disse – com o início, com a aurora da vida… Cristo é ‘alfa’, isto é, o início, e ele também é ‘ômega’, isto é, o fim, o cumprimento, a plenitude. Assim, com Cristo, este microcosmo que é o ser humano pode ser resgatado do abismo da morte e do negativo e pode entrar na atração de Deus, da vida, do amor”.
“Unidos a Jesus, cada um de nós se torna uma semente destinada a brotar, crescer e dar frutos”
Recomendando sobre este ponto: “Devemos segui-lo! Digam não ao egoísmo, ao egocentrismo, a aparecer mais do que somos. Não. Ser eu mesmo, não se ensoberbecer, nem mesmo se abaixar, reconhecer-se pelo que se é, isto é verdadeira humildade”.
Por fim o Papa cita o Beato Carlo Acutis, ao recordar que o jovem dizia: “Deus não quer fotocópias, apenas originais. Um jovem (…) deste tempo, um entusiasta do computador, sobretudo apaixonado por Jesus, pela Eucaristia, que que chamava “autoestrada para o céu”. “A vida terrena de Carlo foi breve, muito breve, mas foi plena. Foi como uma corrida, uma corrida para o céu. Ele tomou o caminho desde o dia de sua Primeira Comunhão, quando encontrou Jesus em seu Corpo e Sangue. Sim, porque Jesus não é uma ideia, ou uma regra moral, não, Jesus é uma pessoa, um amigo, um companheiro de viagem.
O Papa concluiu, “queridos jovens deixo-vos com esta esperança: que Jesus se torne seu grande Amigo, Companheiro de Estrada de todos vocês”
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