“As peregrinações evocam nossa caminhada pela terra em direção ao céu. São tradicionalmente tempos fortes de renovação da oração. Os santuários são para os peregrinos, em busca de suas fontes vivas, lugares excepcionais para viver ‘como Igreja’ as formas da oração cristã”. (Catecismo da Igreja nº 2.691
A Igreja, conhecedora do mistério de Cristo e sinal da graça de Deus, sempre incentivou a prática das peregrinações aos lugares santos. Essa atitude de colocar-se a caminho como o Mestre é fundamentada na Sagrada Escritura. Desde Adão, passando pelos patriarcas, por Moisés e os profetas, o povo fez seu êxodo em busca da comunhão com o Deus vivo.
O cristão se associa ao peregrinar de Jesus de Nazaré, envolve-se com sua missão redentora até o fim dos tempos. Nesse sentido, a Igreja também está em contínua caminhada rumo à cidade futura e eterna. Cristo é o Caminho, a Verdade e a Vida que conduz a Igreja à plenitude da comunhão com Deus.
“A peregrinação simboliza a experiência do homo viator que, apenas saído do seio materno, empreende o caminho do tempo e do espaço da sua existência; a experiência fundamental de Israel, que está em marcha rumo à terra prometida da salvação e da liberdade plena; a experiência de Cristo, que da terra de Jerusalém sobe até ao céu, abrindo o percurso em direção do Pai; a experiência da Igreja, que procede na história rumo à Jerusalém celeste; a experiência de toda a humanidade, que se protende para a esperança e a plenitude” (A peregrinação no Grande Jubileu do ano 2000, nº 43).
Qualquer peregrinação é válida, desde que motivada por uma busca séria de Deus e uma mudança de vida. A Igreja mãe e mestra sempre incentivará seus filhos a colocarem-se a caminho do Altíssimo.
Pe. Nilton César Boni, cmf
Texto adaptado da edição de agosto. Para ler os conteúdos na íntegra, clique aqui e assine a Revista Ave Maria.
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